Os forasteiros

  • Iniciador do tópico Johny Black
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DeletedUser

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Concordo com o gambinho é com o Pirex heheh
Ta fixe a historia & previsivel
 

DeletedUser

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Capítulo VIII:





O Doutor McNeill acordou mais cedo do que o costume e, enquanto os outros dormiam, sentou-se no parapeito da janela do seu quarto a ler o jornal. Ouviu um cavalo a relinchar e olhou para baixo, estavam lá cinco homens fortes e armados parados à frente da casa. McNeill foi à dispensa buscar a espingarda e desceu as escadas lentamente, olhou atentamente pela janela da sala de jantar e reparou que um dos homens tinha uma tocha a arder na mão.
- O que querem? - perguntou McNeill com a velha e ferrugenta espingarda a apontar para um dos homens.
- É aqui que estão hospedados Thomas Carter, Jack Connor e Sarah Adams? - perguntou um dos homens.
- Sim, querem falar com eles? - perguntou o médico com um olhar desconfiado.
Os homens cavalgaram lentamente para a frente de McNeill e um deles cravou-lhe uma faca nas costas. Um fio de sangue foi escorrendo pelas costas do médico que caiu devastado e de joelhos no chão. Depois, quando ia disparar a espingarda outro homem deu-lhe um pontapé na cara e McNeill caiu morto no chão.
- Queima a casa. - ordenou um dos homens.
O homem que tinha a tocha na mão atirou-a para dentro da casa. As chamas começaram-se a espalhar por toda a casa que começou a dar sinal de que ia ruir. Os homens deram um grito e cavalgaram para longe dali.

*****​

Tom acordou com o piso cheio de chamas à volta. Pegou na arma e espreitou pela janela, reparou que já longe estava Matthew Turner o xerife de Tucson, os seus delegados e mais à frente estava Charles que acenou a rir para Tom. Tom debruçou-se na janela pronto a disparar para Charles quando uma chama o atirou pela janela. Tom agarrou-se a um tijolo que estava um pouco solto e deu um salto para o quarto de Sarah.
- Sarah? - perguntou ele enquanto a procurava.
Por fim encontrou-a no chão inconsciente. Pegou nela e transportou-a nos ombros até à porta, depois desceu as escadas e quando ia abrir a porta uma chama cresceu e cobriu a porta e as janelas não deixando local para sair. Tom pegou na espingarda e dois tiros na parede, depois começou a bater com a ponta da espingarda e a parede abriu um buraco por onde saiu. Deitou Sarah à beira de uma rocha e, nesse preciso momento, Jack caiu da janela por entre estilhaços e vidros partidos.
- Céus, estás bem?! - perguntou Tom preocupado.
Jack não respondeu, Tom foi ter com ele e reparou que Jack tinha um grande pedaço de vidro espetado no meio das costas. Da ferida jorrava imenso sangue, Tom pegou num lenço que tinha no bolso e pôs em volta da ferida de Jack de forma a parar a hemorragia.
- O John está la dentro... - murmurou Jack com as forças que lhe restavam.
Tom entrou pelo buraco que tinha feito na parede e desatou a correr pelas escadas, quando chegou ao último degrau as escadas ruíram e Tom caiu para trás com pedras por cima da sua perna esquerda. Tom tentou tirar a pedra de cima da perna e, por fim, conseguiu. Saltou e agarrou-se ao pedaço que restava das escadas, fez força com os braços e conseguiu chegar ao piso de cima. Entrou no quarto de John e encontrou o amigo a tossir poeira e fumo.
- John, estás bem? - perguntou Tom.
- Sim... - murmurou John tão baixo que Tom quase nem ouviu.
Tom pegou em John e como viram que a porta estava em chamas partiram o vidro e atiraram-se da janela a baixo com as esperanças que lhes restavam.
Foram ter com Sarah e Jack que estavam inconscientes e não se mexiam quando a casa começou a abanar. John pegou em Jack e Tom pegou em Sarah, fugiram para trás duma árvore e, nesse preciso momento, a casa desfez-se em pedaços.
- Como é que isto aconteceu? - perguntou John exausto.
- Foi o Charles e tenho a certeza que vi o xerife de Tucson, Matthew Turner, junto com os delegados. - respondeu Tom.
- Oh meu Deus! - gritou John quando viu o corpo do Doutor McNeill no chão.
- Mataram o McNeill! - exclamou Tom. - Vão pagar por isto, ele ajudou-nos imenso!
- Há mais médicos na cidade? - perguntou John.
- Não... - respondeu Tom. - Mas parece que o Jack vai sobreviver e a Sarah nem está ferida, apenas inspirou fumo a mais.

*****

Algumas horas depois Sarah já tinha acordado e Jack já conseguia andar embora cheio de dores. Foram até ao saloon e contaram o que se tinha sucedido ao dono do estabelecimento.
- O McNeill morreu? - perguntou o homem desesperado. - Agora quem é que vai tratar dos doentes?
- Isso não sei... - respondeu Tom. - Mas explique-nos como é que eu vi Charles que já devia ter sido enforcado e Matthew Turner o xerife de Tucson?!
- Disparate! O Charles ainda está na cadeia, foi impressão tua. - disse o homem. - Quanto ao Matthew Turner é fácil, ele fugiu de Tucson pois tinham um mandado para o prender por corrupção e dês de então que anda a fugir às autoridades junto com os seus delegados Bob Scott, James Austin e William Evans.
- O Charles fugiu! - gritou um homem que entrou de rompante no saloon. - O xerife e os sentinelas estão mortos e ele não está na cadeia!
- Então já está tudo explicado... - disse John. - Foi para se vingarem.
- Vamos apanhá-los! Mataram o McNeill! - gritou Sarah que não conseguia conter a sua enorme fúria.
- Apanha-los é pouco! Vamos matá-los! - gritou Tom. - Mataram uma pessoa que nos ajudou muito e ainda por cima mataram o xerife e sentinelas da cidade, para além de que nos queimaram a casa e...
- Pronto já se percebeu Tom... - disse Jack.
Os quatro pegaram nas coisas e saíram do saloon.

CONTINUA...
 

DeletedUser436

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muito fixe e cheio de acção eheheh

bem que grande queda que dei xD
 

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Obrigado :)

Quero mais comentários.

Próximo capítulo entra o Quintino2
 

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Hoje acho que não dá mais que vou passar a tarde fora...
Só se fizer outro hoje de manhã mas só se houver mais comentários para não fazer com que os que ainda não comentaram tenham que ler dois seguidos :/
 

DeletedUser436

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Hoje acho que não dá mais que vou passar a tarde fora...
Só se fizer outro hoje de manhã mas só se houver mais comentários para não fazer com que os que ainda não comentaram tenham que ler dois seguidos :/

ok paciencia não há problema
 

DeletedUser

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Capítulo IX:





Matthew Turner cavalgava à frente dos seus quatro companheiros. Charles estava a serviço de Matt pois este lhe tinha salvo a vida e os três ex-delegados cavalgavam sempre às ordens destes dois magníficos pistoleiros.
- Obrigado por me teres salvo. - disse Charles que passava a vida a dizer isto. - E obrigado por teres morto aqueles quatro imbecis.
- Achas mesmo que morreram? - perguntou Matt com um leve sorriso de gozo na cara. - Eles sobreviveram e vêm atrás de nós.
- Como sabes? - perguntou Charles. - De certeza que estão mortos, não me parece que tenham sobrevivido aquele incêndio...
- Garanto-te que eles vêm atrás de nós e não vai ser fácil vence-los. - respondeu Matt. - A rapariga, Sarah Adams, consegue facilmente documentos e informações confidenciais, por isso não vamos andar de comboio nem ser vistos por ninguém, vamos andar sempre a cavalo apesar de demorar imenso tempo.
- E vamos para onde? - perguntou Charles.
- Vamos para Tombstone no Arizona. - respondeu Matt.
- Vamos ter que passar o Novo México inteiro e perto da fronteira Mexicana! - gritou Charles. - Vai demorar pelo menos um mês de viagem cansativa e vamos ser atacados bastante vezes...
- Cala-te! - interrompeu Matt. - Salvei-te a vida, agora fazes o que eu mandar... Para além disso, tenho boas ligações com o governo e vamos virar tudo contra aqueles quatro estupores.

*****​

Duas semanas depois os quatro forasteiros apanharam um comboio para El Paso e John, Jack e Tom esperavam por Sarah no saloon enquanto conversavam.
- Acham que o rapaz vai dar as informações à Sarah? - perguntou Jack.
- Não me parece... - respondeu Tom. - E não me parece que a Sarah o ameasse visto que são amigos.
Nesse mesmo instante Sarah entrou no saloon e foi-se sentar à beira dos amigos.
- Vão para Tombstone! - disse Sarah. - Partimos amanhã.
- Boa! Vamos apanhá-los! - disse John.
- Lembrem-se que isto tem que ser secreto... - disse Tom. - Eles merecem morrer, mas não os podemos entregar pois o Matt tem ligações com o governo. Se os matarmos ninguém pode saber e a única recompensa será paz para nós.
- Mas podíamos ganhar mais de dez mil dólares! - exclamou Jack.
- Não... - disse Tom. - Como já disse enforcavam-nos por termos matado o Matt apesar de na lei dizer que o podemos matar.
Dez homens bem armados entraram de rompante no saloon. Cada um deles tinha uma baioneta na espingarda e uma espada embainhada na cintura, levavam as fardas das forças armadas e o homem que estava mais à frente disse com o queixo levantado:
- Temos um mandato de captura para Sarah Adams, Jack Connor, Thomas Carter e John White. Serão enforcados amanhã de manhã cedo.
- Mas não fizemos nada! - gritou Jack. - O que estão a fazer?
Os dez homens apontaram com as espingardas para os quatro forasteiros e de repente apareceram outros seis por trás que os amarraram a umas extensas cordas e os levaram para a cadeia.
- De que somos acusados?! - perguntou Tom enquanto observava as grades que o cercavam.
- De assaltarem cinco bancos, assassinarem dois homens e insultarem agentes da lei. - respondeu um dos soldados que abriu a porta e saiu deixando um sentinela armado à frente dos prisioneiros.
Quando todos os outros saíram o sentinela que estava a frente deles começou a falar:
- Complicações do governo... São todos corruptos, foi Matthew Turner que vos acusou disto, ele continua a ter boas ligações com o governo... Eu sei que vocês não merecem morrer amanhã...
- Então tira-nos daqui! - gritou Sarah.
- Não é assim tão fácil, lá fora estão vários sentinelas... - respondeu o sentinela.
- Posso saber o teu nome? - perguntou Tom.
- Benjamin Taylor. - respondeu o sentinela. - Tratem-me por Ben.
- Ok, Ben, vamos arranjar um plano, depois de nos libertares podes vir connosco até Tombstone para nos vingarmos do Matt e dos companheiros. - disse Tom.
- Feito, eu liberto-vos, vamos lá arranjar um plano. - disse Ben.

CONTINUA...
 
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