Os forasteiros

  • Iniciador do tópico Johny Black
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DeletedUser4971

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Capítulo I:





Nos arredores do Arizona perto de Tucson um rapaz alto com os seus vinte anos cavalgava sobre os desertos rochosos da região. Estava imenso calor e o Sol queimava as peles de quem por lá passava. Muita parte da população daquele Estado era de origem Mexicana, e muitos bandidos passavam por aquele deserto em busca de alguém para roubar. O rapaz, Thomas Carter, andava sempre à espreita e avançava com cuidado, ao menor barulho sacava da pistola ou pegava na espingarda que estava muito bem agarrada à beira das bolsas que o cavalo transportava.
Thomas suava como um burro de carga e fazia, de vez em quando, pausas breves para comer ou beber alguma coisa e para dormir. Entrava muitas vezes em cavernas, mas sempre à espreita, pois tanto podia encontrar um Coiote, como um Mexicano ou um Índio pois os Creek andavam por aquelas bandas.
Os poucos amigos que Thomas tinha tratavam-no por Tom, mas ele já não via amigos à quase um ano. Tinha saído de casa à já uns bons meses e cavalgava por aqui e por ali sem um destino, sem um sítio para onde ir... As pessoas que assim viviam eram designadas por forasteiros e disso não faltava! Os forasteiros costumavam acampar sobre as estrelas, mas sempre à espreita pois podiam ser assaltados, cavalgavam sem uma casa por cidades e mais cidades, de vez em quando encontravam alguém e partiam com " esse alguém " em busca de algum dinheiro para poderem dormir nalguma estalagem se passassem perto de uma cidade.
Tom tinha estado em Tucson à poucos dias, divertiu-se e bebeu no saloon, porém teve que sair pois andou à bulha com um homem que estava no momento embriagado e o xerife obrigou Tom a sair da cidade. Tom até estava a pensar em ficar a viver lá, tinha gostado bastante da cidade e pensou em assentar, casar-se, e fazer casa, mas o xerife Matthew Turner, que era conhecido pela habilidade com a arma pela sua dureza e também pela corrupção, não gostou de Tom logo que o conheceu.
Do cimo duma rocha Tom avistou fumo que vinha de dentro de uma pequena gruta. Saiu do cavalo e dirigiu-se à gruta onde, de certeza, alguém estava. Sempre com a espingarda na mão foi, sorrateiramente, até dentro da gruta e viu um homem, quando ia apontar a espingarda o homem virou-se e apontou com a arma a Tom:
- Põe as mãos no ar! - gritou o homem.
Tom obedeceu, pousou a espingarda, e pôs as mãos no ar. À beira do homem estava um cavalo e, à beira da cela, estava o nome Jack Connor.
- Jack? - perguntou Tom incrédulo.
- Tom? - perguntou o homem também incrédulo.
Jack era um amigo de infância de Tom. Divertiam-se imenso juntos em pequenos e eram amigos inseparáveis, porém, um dia Jack mudou-se de casa com os pais e foi para a Califórnia tinha Tom dez anos. Uma vez tinham até pegado numa espingarda a primeira vez e, sem querer, Jack disparara e matara uma das vacas do seu pai. O pai, logo que pôde, pegou num pau de nogueira e correu atrás de Jack, Tom ajudou Jack a fugir aos açoites do pai e deixou-o dormir em sua casa... Fora assim que se haviam conhecido.
- Não te via à anos! - exclamou Jack.
- Nem eu a ti Jack! - disse Tom. - O que fazes por estas bandas?
- Nada de especial, saí de casa à dois anos e ando por aqui e por ali... - respondeu Jack. - Então e tu?
- Sai de casa à já quase um ano, desde então ando também sem fazer nada de especial... - respondeu Tom.
- Então se não tens nada que fazer podias vir comigo! - exclamou Jack felicíssimo. - Bem, um Mexicano chamado Don Pedro contratou-me para lhe ir buscar um cavalo a Phoenix e voltar até Heroica Nogales para lho entregar. Vai pagar-me quinhentos dólares por isso, podemos dividir o dinheiro.
- Por mim tudo bem, faço tudo por um punhado de dólares... - disse Tom enquanto se ria. - Para que é o fumo?
- Cacei uma lebre e pus-la a assar à algum tempo. A lebre ainda está a fumegar, serve-te!
Tom arrancou um bocado da lebre e levou a comida a boca, depois disse:
- Já não comia tão bem desde que saí de casa...
- Cacei uma lebre, foi por sorte, eu ia disparar para um cacto e a coitada da lebre passou-lhe à frente e levou com o tiro. - disse Jack e os dois riram-se à gargalhada.
Passaram a tarde em conversa pegada, relembraram-se da infância e das belas aventuras que tinham passado juntos. Contaram um ao outro o que tinham feito desde a última vez que se haviam visto e, quando já se fazia tarde, adormeceram prontos para partir para Phoenix no dia seguinte.

CONTINUA...

O primeiro ta bom mas inda n li o segundo...
 

DeletedUser

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Capítulo III:






Passados alguns dias Tom, Jack e John estavam a cinco horas de Phoenix.
Tom acordou e reparou que John não estava ali.
- " Fugiu - pensou para si mesmo ".
Pegou na arma e foi procurar John que não devia estar muito longe dali. Andou durante algum tempo e foi encontra-lo sentado em cima de uma pequena pedra a contemplar o horizonte. Tinha uma folha de papel na mão e com um pequeno lápis desenhava a paisagem rochosa, o Sol estava a nascer o que dava um belo brilho alaranjado ao céu e as nuvens pareciam amarelas vistas dali.
- Gostas de pintar? - perguntou Tom. - Pensei que tinhas fugido...
- Fugido? Não tenho para onde ir. - respondeu John. - Adoro pintar, eu era pintor até ter roubado as cabras...
- Sei como é. - disse Tom. - Basta um erro e temos a vida estragada!
- A quem o dizes! Tinha uma carreira de pintor a começar! De repente um idiota obrigou-me a roubar as vacas e... - John não quis continuar.
- Não nos apresentamos devidamente. - disse Tom. - Sou Thomas Carter de Dallas.
- Sou John White de Denver. - disse John enquanto apertava a mão a Tom.
- Vamos ter com o Jack, se ele acorda e não nos vê passa-se! E estamos a pouco tempo de Phoenix, vamos!

*****​

Passadas algumas horas chegaram os três a Phoenix. Era uma cidade enorme cheia de gente por todo o lado, perto de Tom debatiam-se dois homens com a pistola e o xerife tentava intervir. Do outro lado estavam dois homens aos murros e um delegado apontava-lhes uma espingarda para os obrigar a parar. Dentro do saloon ouvia-se gritos de uma mulher e por todo o lado reinava a agitação.
- Vou ao estábulo buscar o cavalo, encontramo-nos daqui a uma hora em frente ao edifício municipal. - disse Jack e os outros dois concordaram com um acenar de cabeça.
Tom e John foram para o saloon e Jack foi para o estábulo. Jack espreitou pela janela e viu que um homem estava a ser despedido bruscamente pelo dono do estábulo, quando o homem que foi despedido saiu Jack entrou.
- Vim buscar o cavalo de Don Pedro. - disse Jack.
- Don Pedro? Don Pedro morreu à dois meses meu caro... - respondeu-lhe o homem do estábulo.
- Como assim morreu?! - perguntou Jack incrédulo. - Tanto tempo e trabalho a viajar e diz-me isso?!
- Mas está em todos os jornais! - exclamou o dono do estábulo.
- Como morreu ele? - perguntou Jack.
- Foi assassinado por um bandido que lhe queria o dinheiro. - respondeu o dono do estábulo.
- A viagem tem que valer alguma coisa! Por quanto me vende o cavalo?
- Quinhentos dólares.
- Quinhentos dólares?! Não há nada que possa fazer para pagar o animal? - perguntou Jack.
- Não. - respondeu-lhe o homem.
- Não acredito que fiz isto tudo para nada... -disse Jack e dizendo isto saiu pela porta.

*****​

Entretanto Tom e John estavam no saloon a beber e a divertirem-se. De rompante a porta abriu-se e entrou uma rapariga muito bonita e alta, tinha cabelos loiros e olhos azuis claros. Mal ela entrou todos os homens do saloon deliraram mas quando viram que ela estava armada viraram-se para outro lado à excepção de Tom que ficou a olhar para ela. A mulher, sempre carrancuda e sem sorriso na cara, sentou-se ao lado de Tom e pediu bruscamente:
- Quero uma cerveja...
Tom olhava fixamente para ela e quando esta reparou perguntou:
- Para onde estás a olhar?
- Posso saber o teu nome? - perguntou Tom.
- Sarah Adams, porquê? - respondeu com o mesmo ar do costume.
- Sou Tom Carter, este é o meu amigo John White. - disse Tom delirado.
- O que é que isso interessa? - perguntou Sarah.
- Pensei que quisesses saber... - respondeu Tom.
- A única coisa que interessa neste momento é apanhar o imbecil do Charles Brooks! O xerife de El Paso oferece mil dólares a quem capturar o patife vivo ou morto... - disse a rapariga.
- Ele anda por estas bandas? - perguntou Tom.
- Creio que sim, tive acesso a alguns documentos confidenciais e parece que ele apanhou um comboio para Scottsdale por isso deve andar por aqui. - respondeu Sarah.
- Por acaso não precisas de ajuda para o apanhar? Aqui o meu amigo John e o meu amigo Jack que não está aqui de momento são bons com a arma e teríamos muito gosto em ajudar-te. - disse Tom.
- Se calhar até me dava jeito uma ajudinha... - respondeu Sarah. - Tenho tudo em mente.
Sarah contou o plano a Tom e a John e estes foram contar a Jack. Jack contou-lhes também o que tinha acontecido a Don Pedro e, como não tinham nada a fazer e mil dólares lhes davam jeito, partiram em busca do tal Charles Brooks que era tão procurado.

CONTINUA...
 

DeletedUser436

Guest
muito fixe

fiquei mesmo irritado atão que é isso vender-me o cavalo por 500 dólares ora essa! :mad::p:D
 

DeletedUser

Guest
Capítulo IV:





Passadas algumas semanas Tom, John, Jack e Sarah apanharam um comboio para Austin no Texas pois o tal Charles Brooks havia feito o mesmo à algum tempo e, apesar de todos saberem que Charles não passava mais do que algumas horas no mesmo sítio, no edifício municipal podiam ter acesso ao cadastro dele o que lhes poderia dar muito jeito.
- Ok, como fazemos? - perguntou Jack.
- Descansem, não é nada que cinquenta dólares não resolvam. - disse Sarah muito descontraída.
- Alguém tem que ficar cá fora a vigiar de forma a que não vejam que os estamos a subornar. - acrescentou Tom.
- Eu faço isso. - disse John. - Vá lá, entrem.
Os outros três entraram e John ficou lá fora com a arma carregada e à mão.
- Queremos ver o cadastro de Charles Brooks. - disse Sarah.
- Pensam que é assim? Pensam que vos vou dar o cada...
Sarah pegou em cinquenta dólares e o homem calou-se. O homem fitou Sarah com os seus olhos verdes e com um ar de tentação mas também com ar de responsabilidade. Depois levou a mão à testa e como que num suspiro pegou nos cinquenta dólares e foi mexer numas gavetas. Abriu a primeira gaveta e tirou de lá um envelope amarelo que foi entregar a Sarah.
- Quero mais que cinquenta dólares, ou mando-vos prender. - disse o mayor.
Jack e John mexeram nos bolsos à procura de alguma coisa.
- Nada... - afirmaram os dois em uníssono.
- Acho que tenho algum ali no banco! - disse Sarah desesperada.
Largaram o cadastro e foram a correr até ao banco que ficava do outro lado da cidade, John ficou à beira do Edifício Municipal para garantir que os homens não fugiam com o cadastro e com os cinquenta dólares.

*****​

Algum tempo depois John ainda esperava os companheiros à porta do Edifício Municipal.
Um homem moreno com dois coldres e duas armas chegou à cidade e logo toda a agitação parou. Deixou de se ouvir vozes e pessoas a trabalhar. John logo que o avistou conseguiu perceber que era Charles Brooks, pois já o tinha visto numa foto. O Sol batia intensamente nos olhos de John e ele sabia que nunca iria conseguir ganhar a Charles, mas os outros estavam do outro lado da cidade e poderiam nunca mais ter outra oportunidade, então John aproximou-se do bandido e perguntou:
- Sabias que dão mil dólares pela tua cabeça?
- Sim sabia, não me digas que os queres... - disse Charles enquanto ria.
- Estou disposto a fazer um duelo justo contigo pelo dinheiro. - afirmou John que tentava esconder o seu medo.
- Não tenho tempo para parvoíces! - exclamou Charles.
- Porquê? Tens medo? - perguntou John enquanto ria.
Charles saiu do cavalo e os dois puseram-se frente a frente com uma multidão a lançar os seus olhares. Todos observavam os dois homens que se iam confrontar, começaram a fazer apostas mas só uma pequena parte das pessoas, que quase nem existia, apostou em John.

CONTINUA...
 

DeletedUser436

Guest
muito fixe

aiaiai lá se vai o john. ó pirex não vás gastar dinheiro à toa xD
 

DeletedUser

Guest
Obrigado a todos :)

Em principio faço outro hoje.
Agora tenho que ir :)
Xau :D
 
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