Os forasteiros

  • Iniciador do tópico Johny Black
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Capítulo VIII





Tom fitava o portão atentamente. Estava sentado de joelhos com os olhos esbugalhados e o cabelo desgrenhado. Tinha a mão no queixo e o cotovelo assente no chão. Cheirava-lhe imensamente mal, às notas que quase apodreciam de à tanto que lá estavam, os restos da sua comida que já tinha acabado e fumo pois acabara de fumar um cigarro para ver se afastava o tédio que lhe rondava à volta da cabeça. Olhava para os lados amedrontado e ao menor movimento ou som levantava-se e corria para um canto onde cobria a cara com os braços e o corpo com as pernas. Não havia janelas lá dentro e o oxigénio era pouco, às vezes ouviam-se vozes de fora do cofre e quando isso acontecia Tom encostava o ouvido ao grande portão de metal e escutava como uma forma de entretimento. Estava ali apenas à duas semanas e já estava a enlouquecer... bem, apenas como quem diz, mas os outros só o vinham buscar cinco dias depois. Os mantimentos escasseavam e no ar havia um intenso cheiro a ferrugem pois a sua espingarda não tinha sido lavada durante todos aqueles dias. Tom, esfomeado, arrastou-se até à caixa. Encontrou um osso. Roeu-o à procura de algum alimento, mas não encontrou nada. Cheirava mal e estava todo sujo, não se lavava desde que ali entrara e a sua roupa fedia a suor... mas as suas outras roupas estavam rasgadas, portanto, mesmo que limpas, aquela era a melhor que tinha. Tom distraiu-se do terror que estava a passar e perdeu-se nas suas boas memórias...
" - Pai! O Mr.Gordon ensinou-me a escrever e a ler! " - gritava Sophie excitada enquanto corria para dar um abraço a Tom.
" - Hoje vais ser tu a ler-me uma história! " - respondeu Tom com um grande sorriso na cara enquanto abraçava a mulher.
" - Mas hoje vais para o Kansas com o exército... " - murmurou a rapariga tristemente.
" - Oh, esqueci-me... Não te preocupes, quando voltar lês-me a história. " - respondeu Tom sorridente.
" - A Mary diz que tu podes não voltar... " - disse Sophie com uma lágrima no canto do olho.
" - Ela tem razão filha, mas o pai volta. " - disse Sophie que continha as lágrimas.
" - Exacto! " - exclamou Tom enquanto se ajoelhava à frente da filha. - " Prometo que volto, mas se não voltar podes-te lembrar de mim com as coisas que te vou dar... "
Tom levou a filha até dentro de casa. Entraram no quarto dos pais e Tom pegou num velho livro que estava numa prateleira poeirenta. Soprou para tirar o pó que o livro tinha e entregou-o a Sophie.
" - Não o leias já... " - murmurou Tom. - " Abre-o apenas quando precisares. "
Tom pegou também numa pulseira de marfim e colocou-a no pulso da filha.
" - Lê o que aí diz. " - disse-lhe Tom com um pequeno sorriso na cara.
" - S... S... So... Sop... Sophi... e! " - exclamou a rapariga encantada e ao mesmo tempo espantada. " - Mas é o meu nome! "
" - Exacto, com isso lembrar-te-ás de mim sempre... "

Tom esfregou os olhos com a mão direita e deitou-se com as pernas esticadas para um lado e os braços para o outro. Deu um suspiro e tentou levantar-se com a ajuda de um armário carregado de dinheiro. Agarrou numa das " pernas " mas a sua mão não aguentou. A mão de Tom bateu no chão e ficou imóvel. Tom fechou os olhos e o corpo dele ficou ali, no chão imóvel.

*****

Frank e James entraram no banco mais cedo do que o costume para começarem a trabalhar. O dono do banco já os esperava sentado numa velha cadeira à espera do momento certo para a abrir o estabelecimento. O homem sorria perante os seus dois bons trabalhadores, mas Frank e James não lhe davam um único sorriso. Entraram dentro da sala para se equiparem sem uma palavra e o homem achou aquele comportamento um pouco estranho, porém, o que lhe podia acontecer? O homem esperou que os dois saíssem da sala. Os dois saíram mas já com as espingardas na mão. O homem fitou Frank amedrontado mas logo levou com o cano da espingarda de James na nuca. Caiu ao chão e desmaiou. Outros dois funcionários viram o que os dois tinham feito por detrás duma porta. Frank e James entraram dentro de uma sala com o homem acorrentado e quando fecharam a porta os dois funcionários saíram de detrás da porta. Pegaram em espingardas e aproximaram-se do quarto onde o refém estava. Um deles abriu a porta de rompante mas James, que já estava a espera, acertou-lhe com a espingarda na cabeça e este caiu para à frente. Frank disparou e acertou na barriga do outro que caiu para trás cheio de sangue. Acorrentaram os dois funcionários e prepararam-se para continuar.
O dono do banco abriu os olhos lentamente. Viu a cara de Frank e voltou a fecha-los. Abriu-os e fechou-os várias vezes até que por fim abriu-os definitivamente. Tentou levantar-se da cadeira para cumprimentar os seguranças mas não conseguia pois as cordas que o atavam não o permitiam. Tentou revoltar-se. Balançou a cadeira de um lado para o outro mas as cordas nem se mexiam. James aproximou a cabeça do homem que ainda não estava completamente consciente e este, como para mostrar o que sentia, deu-lhe uma cabeçada. James agarrou a cabeça que sangrava e recuou alguns passos. Frank mandou um murro no nariz do dono do estabelecimento e este encostou-se novamente à cadeira e parou durante alguns segundos. Depois, quando pôde, começou aos berros.
- Cala-te! - gritou James após lhe dar um estalo. - Para quieto ou morres!
O homem calou-se. Bufava seguidamente e tinha os punhos cerrados. Deu um último berro a ver se se aliviava e abriu os olhos que estavam cerrados tanto de dor como de ódio e raiva.
- O que querem? - perguntou ele enquanto cerrava os dentes.
- Caso ainda não tenhas percebido isto é um assalto! - exclamou Frank enquanto lhe apontava uma pistola.
O homem olhou para o corpo que se esvaía em sangue do empregado e para o outro que estava inconsciente com o pescoço torcido inclinado para o lado direito.
- Alvejaram um funcionário meu! - gritou o homem. - Que Deus não tenha misericórdia.
Frank deu-lhe um murro na cara.
- Não queremos matar ninguém! - disse. - Se ajudar tiramos o dinheiro e vamo-nos embora sem mais feridos nem mortos!
O homem acenou com a cabeça enquanto continuava a bufar.
- Ok, agora que está mais calmo vamos começar. - disse James enquanto fazia um movimento com as mãos.
- Digam lá o que querem... - murmurou o homem que deixou a calma de lado. - Eu dou-vos o que querem e vão embora sem feridos.
- Isso mesmo. - disse Frank. - Queremos a combinação do cofre.
- Do cofre?! - perguntou o homem enquanto olhava para os lados rapidamente. - Pensava que queria a minha carteira ou assim! O cofre contém um milhão de dólares!
- Disse que nos dava tudo o que queríamos! - gritou James zangado. - Não gosto de mentirosos...
- Mas o cofre não! - gritou o homem. - Por favor, o cofre não.
James pegou na arma e apertou o gatilho. Disparou e acertou no dedo polegar do pé do dono do banco. O homem deu um grito abafado e apontou a cabeça para cima com os olhos fechados e os dentes cerrados para acalmar a dor. Frank deu dois murros no homem, mas este continuou a recusar. James pegou num facalhão que fervia e cortou o dedo indicador do homem que começou a gritar tão alto que um homem em Washington era capaz de o ouvir.
- Estou a ver que ele dá a vida pelo dinheiro. - disse Frank. - Mas será que conseguirá viver com a culpa da morte de outrem?
- Não! Não! - gritou o homem que se tentava soltar da cadeira ao ver que James estava a pegar num dos seus funcionários.
James agarrou no funcionário e Frank apertou o gatilho. Estava pronto para disparar e aproximou o seu dedo da arma.
- Eu digo! - exclamou o dono do banco enquanto chorava. - 9-1-2-4-5-6-7-4-3...
James e Frank olharam um para o outro contentes e prepararam-se para a segunda parte do plano.

CONTINUA...
 

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Comentem :)
O assalto ainda vai demorar mais dois ou três capítulos.
Espero que continuem a ler a história à medida, faço o próximo amanhã se não fizer hoje.
 

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Obrigado :)

Desculpem a minha indisponibilidade.
Amanhã de manhã faço mais um capítulo.
 

DeletedUser8159

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de manhã de preferência que só entro às 13:30 e depois só saio às 18:30 :p
 

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Capítulo IX:





James correu até ao cofre enquanto Frank apontava a arma ao refém. Encostou o ouvido ao cofre. Não se ouvia nada, não havia sinais de Tom. Pôs a mão na manivela e arrastou a manivela até ao nove. Depois, com muito esforço, arrastou-a até ao um. Depois, já cansado, arrastou a manivela até ao dois. Continuou a arrastar a manivela pela ordem e, por fim, o grande portão de metal abriu-se. James deparou-se com Tom desmaiado no meio da sala. Entrou e correu para o amigo, mas algo o afastou, um cheiro terrível que parecia veneno. James saiu e voltou a fechar o cofre antes que o veneno lhe chegasse.
- Frank! - gritou James. - Quase desmaiei, está um cheiro esquisito lá dentro! E o Tom está no chão inconsciente.
- Bolas, já esperava... - murmurou Frank enquanto levava a mão à testa. - O cheiro de suor misturado com o cheiro das substâncias que as notas têm forma um veneno que pode matar...
- Então o Tom pode estar morto?! - perguntou James incrédulo.
- É possível, tudo depende de à quanto tempo desmaiou. - respondeu Frank enquanto mordia os lábios.
- Como vamos entrar lá? - perguntou James sem saber o que fazer.
- Faz o que eu digo. - respondeu Frank. - Abre o cofre com a combinação e depois espera que eu te diga mais coisas! Cuidadosamente...
James arrastou a manivela até todos os locais necessários e, por fim, o cofre abriu-se. James levou o pano até à boca para conseguir respirar e abanou as mãos numa tentativa para que o veneno se afastasse. Começou a ficar tonto. Recuou uns passos e agarrou-se até à banca, mas o veneno era mais forte. Tentou andar para a frente de modo a fechar o cofre. Deu dois passos para a frente mas o veneno cada vez era mais letal. Começou a ver manchas negras à frente dos olhos, não conseguia ver nada, estava cego. Tentou olhar para os lados em busca de qualquer coisa para se agarrar, mas como não via nada isso era impossível. Andou para a frente e, para azar dele, bateu com a cabeça na esquina de um armário com toda a força. O sangue começou a jorrar pela sua testa ferida. Caiu de costas no chão enquanto tentava respirar, mas nem isso conseguia fazer bem. Fechou os olhos que já não viam à muito e ficou imóvel no chão.
- James! - gritou Frank ao ver o irmão deitado no chão com o sangue a jorrar pela cabeça.
- O veneno vem para aqui! O veneno vem para aqui! - gritava o dono do banco aflito sem saber o que fazer. - Se ele chegar aqui morremos, solte-me, vá lá, solte-me e juntos saímos daqui...
Frank mandou dois murros no dono do banco que ficou inconsciente. Depois, antes que o veneno lá chegasse, pegou numa nota e rasgou-a até se transformar em papas. Depois juntou uma pinga de suor e outra de sangue. Pegou num bocado de petróleo e juntou à mistela. Colocou a mistela num frasco e avançou com o lenço a tapar-lhe a cara.
Bebeu um pouco da mistela mal chegou ao veneno. Depois começou a correr sem grandes problemas e avistou o seu irmão deitado no chão cheio de sangue. Correu até ele e fê-lo beber um pouco da mistela. James abriu os olhos lentamente e conseguiu ver o irmão.
- Milagre! - exclamou James. - O que fizeste?
- Aprendi isto com um índio no Missouri... - respondeu Frank. - Fiz muita coisa que tu não sabes...
- Está bem, agora vamos ajudar o Tom. - exclamou James enquanto tentava amparar o sangue que lhe jorrava pela cabeça.
Entraram dentro do cofre. Cerca de metade das notas tinham apodrecido por causa do veneno. Frank deu um pouco de mistela a Tom e depois atirou-a pelo ar. O veneno desapareceu em poucos instantes. Tom abriu os olhos.
- O que aconteceu? - perguntou.
- Já temos a combinação, pois como já viste abrimos o cofre. Agora vamos encaixotar o dinheiro. - respondeu Frank entusiasmado. - Vamos ser mais ricos que sei lá o quê!
- Mas metade do dinheiro está líquido! - exclamou Tom incrédulo.
- Encaixota o que temos, depois explicamos o que aconteceu... - respondeu Frank.
Começaram a encaixotar e prepararam-se para o resto do plano.

*****

Jack acabara de colocar os cavalos nas traseiras do banco. Dirigia-se agora até à casa do xerife para apresentar a queixa que fazia parte do plano. Pôs um ar de inocente e bateu à porta do xerife. Alguns segundos depois o homem forte e alto abriu-lhe a porta e perguntou rudemente:
- O que queres?
- Xerife! Estão três homens... três homens... - respondeu James enquanto fingia estar cansado e amedrontado.
- Vá, desembucha! E fala calmamente! - gritou o xerife impaciente.
- Estão três homens a assaltar o banco! Têm dois funcionários e o Dick Richard como reféns! - gritou Jack enquanto fingia estar aflito.
- Tens a certeza disso? - perguntou o xerife com cara de caso. - Estás a fazer uma acusação muito grave, tenho que confirmar primeiro.
- É verdade! - gritou Jack. - Pode ir verificar!
O xerife subiu as escadas da sua grande casa e vestiu-se. Colocou a estrela no peito e desatou a correr até ao banco. Escondeu-se atrás da porta e espreitou pela janela. O cofre estava aberto e os três homens a encaixotar o dinheiro. O xerife correu até ao Edifício Municipal e começou a escrever um telegrama:

Três homens armados a assaltar o banco.
Quero reforços!
Topeka.

CONTINUA...
 

DeletedUser8159

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Muito bom!!

Porque é que tenho de ser sempre eu que me acontece alguma coisa :p:eek:
 

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Personagens Principais:

Thomas Carter - pedro junior
Jack Connor - gambinho
Sarah Adams - De Fuhrer
Frank O'Neill - pirex
James O'Neill - Miguel AM

Personagens Secundárias:


John Quantrill - mlc - 14
Edward James - Chequemate
James McDonill -
Malcolm Younger -
Steve Butterfield - luckacaddie
 

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Thomas Carter - pedro junior
Jack Connor - gambinho
Sarah Adams - De Fuhrer
Frank O'Neill - pirex
James O'Neill - Miguel AM

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John Quantrill - mlc - 14
Edward James - Chequemate
James McDonill -
Malcolm Younger -
Steve Butterfield - luckacaddie

Eu sou James McDonill
 

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Personagens Principais:


Thomas Carter - pedro junior
Jack Connor - gambinho
Sarah Adams - De Fuhrer
Frank O'Neill - pirex
James O'Neill - Miguel AM

Personagens Secundárias:

John Quantrill - mlc - 14
Edward James - Chequemate
James McDonill - Caçadordasnevoas
Malcolm Younger -
Steve Butterfield - luckacaddie
 

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Capítulo X:





James espreitou pela janela enquanto os outros dois continuavam a encaixotar o dinheiro. Perto da porta, protegidos com caixas, barris e carroças estavam vários agentes federais armados à espera que eles saíssem. James engoliu a saliva que tinha na boca e tapou a janela com uma cortina branca de pano.
- São imensos! - exclamou preocupado. - Estamos feitos ao bife!
- Acalma-te! - gritou Tom. - Temos reféns, não podem disparar sobre nós...
Ouviu-se alguém a bater à porta.
- O que fazemos? - perguntou Frank com a espingarda bem assente na mão a apontar para a porta. - Deixamo-lo entrar?
- Vou lá em cima, apontem bem para à porta e se houver muito movimento disparem... - respondeu Tom que se apressou a subir um escadote.
Rapidamente chegou ao telhado. Com a espingarda bem assente na mão espreitou. Os homens que estavam lá em baixo não tinham qualquer campo de visão sobre ele e, dali de cima, eram bons alvos. Desviou a cabeça, lentamente, para o lado esquerdo e avistou o homem que tinha batido à porta. Tom inspeccionou o homem da cabeça aos pés e reparou que o homem tinha uma arma atrás das costas. Tom fez sinal e Frank disparou. O tiro trespassou a porta e acertou na barriga do homem que caiu para trás inconsciente enquanto se esvaía em sangue. Dois homens foram a correr para o ir buscar e um deles foi atingido na barriga. O outro conseguiu arrastar os dois feridos para trás duma carroça onde se esconderam.
- Isto está a ficar feio... - murmurou Tom que havia já descido as escadas.
- Estamos a dar cabo deles Tom... - disse James com um sorriso desdenhoso. - Se escaparmos com o dinheiro vamos ser os mais procurados do país...
- Temos um excelente ângulo de visão de lá de cima... - disse Tom calmamente. - Alguém vai ficar lá em cima a cobrir os que saem com os reféns. Depois esse " alguém " vai sair com o refém ferido e com a caixa de dinheiro.
- É um bom plano! - exclamou Frank contente enquanto James anuía. - Eu fico lá em cima.
Frank subiu as escadas e verificou que os cavalos estavam nas traseiras do banco. O plano estava a correr como planeado e estavam todos bem e ilesos. Olhou para baixo e apontou, com a sua espingarda, para um dos homens que se escondia atrás duns barris. A porta abriu-se. Tom tinha o dono de banco aflito encostado a si mesmo. Os braços de Tom passavam por baixo dos ombros do refém e, em cada uma das mãos, Tom tinha uma arma. Uma das armas estava encostada ao peito do refém e a outra estava a apontar para os agentes federais. Um dos agentes disparou e a bala passou rente ao ombro de Tom. Logo a seguir outro agente disse para não dispararem. James fez o mesmo que Tom e foram os dois para as traseiras onde os agentes os perderam de vista.
Frank continuava em cima do telhado a apontar para os homens. Sentiu uma espingarda a encostar-se à sua cabeça. Voltou-se para trás. Um agente federal estava-lhe a apontar a arma, outro agente deu-lhe com o cano de uma espingarda na cabeça e Frank, quase inconsciente, não tentou resistir. Cerca de vinte agentes federais estavam em cima dos telhados dos edifícios e prepararam-se para atacar Tom e James, que esperavam Frank em cima dos cavalos com os reféns. Frank nunca mais chegava, mas eles continuavam em cima dos cavalos sempre atentos a todos os lados pois, ao mínimo som, matavam os reféns.
Frank aproveitou a distracção do agente que o agarrava e deu-lhe um murro. Soltou-se e gritou do alto do edifício:
- Emboscada!
James olhou para cima. Rapidamente foi atingido na anca e caiu para trás aflito. Os agentes abriram fogo cerrado em cima dos ladrões. Tom agarrou no braço de James e arrastou-o para dentro de um edifício onde se esconderam. Frank continuava a esmurrar um dos agentes. Outro que estava por trás disparou. Frank levou com o tiro no meio das costas e caiu do edifício abaixo. Bateu com a cabeça no chão e esta, junto com as suas costas, começou a esvair-se em sangue.
- Frank! - gritava James que tentava sair do edifício mas Tom não deixava para que não fossem os dois mortos a tiro.
- Acalma-te James! - gritou Tom. - Se fores para lá morres, e não me parece que isso valha a pena visto que o teu irmão está morto de certeza.
James desobedeceu e começou a correr debaixo de fogo. Foi atingido no ombro e no joelho, porém continuou a correr e puxou o sei irmão para dentro de casa.
- Consegui... - murmurou James enquanto abraçava o corpo imóvel do irmão e continha as suas dores. - Frank, não morras...

CONTINUA...
 
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