A escolher...

  • Iniciador do tópico inocente13
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Eu vivia numa pequena cidade littlegrek com o meu pai, a minha mãe tinha morrido já eu tinha 3 anos mas o pouco que sabia aconchegava-me o coração meu pai sempre me dizia para ser justo e bondoso para com as pessoas mais desfavorecidas embora nos também não éramos ricos.
Ele fazia armas da melhor qualidade mas nunca ninguém o tinha "descoberto".Nos seus tempos livres ensinava-me a disparar, dizia que quando fosse grande me iria tornar no maior pistoleiro do oeste...
Mas um dia o sino tocou de uma forma que nunca tinha ouvido comecei a ouvir gritos, tiros, vi o meu pai, disse-me para me esconder. Fui para uma pequena abertura no guarda-fatos o meu esconderijo de eleição quando brincava com os outros rapazes. Fiquei lá escondido durante dois dias a espera do meu pai mas nunca apareceu sai dali quando o meu amigo Jorge me disse que era seguro. O Jorge contou-me que ele também se tinha escondido e que tinha visto tudo, era um grupo organizado de bandidos os "saqueadores do oeste" que tinham vindo a cidade, eram muito conhecidos principalmente pelos xerifes.
Quando fui ver o corpo do meu pai reparei que tinha uma bala no peito, certeira e mortal, o Jorge virou-se para mim:
-Quando cheguei aqui, reparei num medalhão no pescoço do teu pai, toma pertence-te.
-Obrigado amigo, pu-lo ao pescoço, o Jorge deixou-me com o corpo do meu pai, fiquei lá a chorar mas lembrei-me das palavras do meu pai para ser forte, parei e fui comer algo sentia-me fraco, acabei a dormir na cama.
Costinha um homem de trinta e dois anos foi o nosso mentor nos anos seguintes, ensinou-nos a lutar, a caçar, a sobreviver.
Nessa altura tinha onze anos agora dezoito e eu e o Jorge estamos prontos para a vingança.


Continua.
 

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Eu vivia numa pequena cidade littlegrek com o meu pai, a minha mãe tinha morrido já eu tinha 3 anos mas o pouco que sabia aconchegava-me o coração meu pai sempre me dizia para ser justo e bondoso para com as pessoas mais desfavorecidas embora nos também não éramos ricos.
Ele fazia armas da melhor qualidade mas nunca ninguém o tinha "descoberto".Nos seus tempos livres ensinava-me a disparar, dizia que quando fosse grande me iria tornar no maior pistoleiro do oeste...
Mas um dia o sino tocou de uma forma que nunca tinha ouvido comecei a ouvir gritos, tiros, vi o meu pai, disse-me para me esconder. Fui para uma pequena abertura no guarda-fatos o meu esconderijo de eleição quando brincava com os outros rapazes. Fiquei lá escondido durante dois dias a espera do meu pai mas nunca apareceu sai dali quando o meu amigo Jorge me disse que era seguro. O Jorge contou-me que ele também se tinha escondido e que tinha visto tudo, era um grupo organizado de bandidos os "saqueadores do oeste" que tinham vindo a cidade, eram muito conhecidos principalmente pelos xerifes.
Quando fui ver o corpo do meu pai reparei que tinha uma bala no peito, certeira e mortal, o Jorge virou-se para mim:
-Quando cheguei aqui, reparei num medalhão no pescoço do teu pai, toma pertence-te.
-Obrigado amigo, pu-lo ao pescoço, o Jorge deixou-me com o corpo do meu pai, fiquei lá a chorar mas lembrei-me das palavras do meu pai para ser forte, parei e fui comer algo sentia-me fraco, acabei a dormir na cama.
Costinha um homem de trinta e dois anos foi o nosso mentor nos anos seguintes, ensinou-nos a lutar, a caçar, a sobreviver.
Nessa altura tinha onze anos agora dezoito e eu e o Jorge estamos prontos para a vingança.


Continua.
boa historia!
 

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Continua

Cuntinua, pois pareces ter imaginação para fazeres uma boa história!
 

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Decidimos fazer-nos ao caminho, queríamos descobrir novos horizontes, novas pessoas e ir na aventura e sem esquecer, fazer fortuna.
Costinha tinha nos dado uma boa quantidade de latas de feijão, dois cavalos, agua, roupa, uns objectos pessoais e claro quatro revolveres e uma winchester .
E lá fui eu e o Jorge pelo caminho, cavalgamos durante horas ate que decidimos parar num pequeno acampamento e passar lá a noite e tentar arranjar algum trabalho ou aventura.

Amanha continuo.
 

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Continuaçao

Guiados pelas fogueiras apressamo-nos a chegar ao acampamento por causa do perigo da vida selvagem...Quando lá chegamos apercebemo-nos que aquele lugar estava em ruínas, destroços por todo lado, reparamos numa luzinha numa tenda e fomos lá ver se estava alguém.
Após prender os cavalos entramos com as armas na mão, mal entramos apercebemo-nos de cinco pessoas e todas a apontar-nos as armas, como não tínhamos muitas hipóteses baixamos as armas.
-Quem são vocês? -perguntou um dos homens que estavam lá.
-Apenas pessoas que procuram um local para dormir. -apressei-me a responder. Estávamos os dois parados e a espera duma resposta, olhei para o Jorge, um sinal que indicasse que iam disparar e desatávamos aos tiros. O que me parecia ser o líder falou:
-Parecem ser demasiado novos para serem homens do Cobra.
-Se fossem do cobra eram mais. -respondeu um dos homens.
-Muito bem, podem ficar.
Ambos ficamos curiosos acerca desse tal cobra mas seguimos um dos homens da tenda, por sua vez o homem guiou-nos a uma outra tenda em condições. Já aconchegados começamos a falar sobre o que íamos fazer no dia seguinte:
-Estou curioso acerca desse tal Cobra.
-Eu também Jorge, isto é muito estranho, estes homens, o Cobra...
-Amanha tiraremos as nossas duvidas -respondeu o Jorge
-Tens razão vamos mas é dormir, temos de ter forças para amanha.
No dia seguinte acordei, olhei para o lado o Jorge tinha desaparecido, apressei-me, vesti-me e peguei em dois revolveres. Sai da tenda e vi o Jorge a falar com um dos homens ele apercebeu-se de que eu estava ali e foi ter comigo, apressei-me a perguntar:
-O que estavas a fazer?
-A falar com o líder, ele explicou-me o que se passava.
-E o que se passa?
-Bem...Diantelo era um grande comerciante, mas com o dinheiro que tinha formou um pequeno exercito que vai aumentando a cada dia que passa. Contratou dos melhores homens para o servirem e seguirem as suas ordens, depois mandou-os destruir e conquistar as cidades. As mais fortes e ricas, apoderou-se e nomeou governadores que só fazem mal aos habitantes, mas estes não podem fazer nada senão vão presos ou mortos. Estes homens foram os primeiros a revoltarem-se e o líder Gambinho era um dos melhores generais do Diantelo. Revoltou-se por causa das injustiças que se fazia aos habitantes e foi o primeiro a querer acabar com o seu poder. Gambinho por sua vez reuniu um grupo de revoltados e conquistou a primeira cidade, uns meses depois conquistou outras. Ele formou a sua base numa cidade abandonada a qual fortificou e mantém escondida dos homens de Diantelo. O Cobra é o general do exército do Diantelo, mas agora dedica-se a "caçar" os seus homens e principalmente, tenta descobrir a localização da cidade.
-Muito bem, já me lembro o Costinha chegou a contar-nos sobre isso.
-Agora lembras-te?
-Vagamente, ele nunca nos contava muito sobre o que se passava no mundo.
Um dos homens aproximou-se, o Jorge fez-me um sinal a indicar que era ele, o Diantelo esperamos que falasse:
-Eu vou partir para a minha base se quiserem juntar-se a nos venham serão sempre bem vindos.
-Obrigado, mas nos ainda temos uma paragem a fazer, vamos ir a Littlegrek.
-Littlegrek?! Não foi essa a cidade que foi atacada pelos saqueadores do oeste, foi muito falada, uma cidade totalmente destruída e os habitantes mortos. Creio que fizeram ta coisa devido ao facto de serem uma grande ameaça para o bando, diz-se que os habitantes dessa cidade tinham um mira excepcional.
-Todos não, nos somos os sobreviventes. -respondeu o Jorge.
-Sobreviventes?
-Sim, os dois.
-Inacreditável, logo dois, preciso mesmo de bons homens e que saibam atirar espero que repensem a minha proposta.
-Por agora vamos à cidade depois ajudaremos.
-Sigam sempre a Norte e virem para Este em Roufrcity a próxima cidade que virem sera essa a base.
-Muito bem mas temos de ir não é Carlos?
-Claro Jorge.
-Muito bem, boa sorte para os dois.
-Obrigado -respondemos em coro.
E lá fomos, guiados pelo coração e o desejo de voltar a ver a cidade da nossa infância, finalmente íamos voltar a casa.
 

DeletedUser436

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ye!!!!!!!!!!! eu sou o maior!!!!!!!! tá fixe a história.
 

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Distante apenas uma hora de caminhada da cidade, o Bosque das Histórias sempre foi um lugar calmo, ainda que muito sombrio a noite. Seu nome não era nenhuma alusão a grandes lendas que passaram por ali ou qualquer outra coisa fantástica. Era apenas um bosque comum onde os jovens da cidade ouviam as histórias de um velho eremita que ali vivia. E isto aconteceria novamente naquela noite.

Dentre as árvores vinha Kratos com uma grande quantidade de lenha que apenas seus braços fortes, herança de seu pai e capitão da milícia Kraken, poderiam carregar. Sigman, o filho de Dart da taverna Cão Negro, praguejava tentando acender uma fogueira com a lenha que já estava empilhada. Hela, filha da costureira Jandira, pousou uma das mãos sobre ele e o afastou para conjurar fogo contra a pilha de madeira, acendendo a fogueira.

─ Acho que nunca vou me acostumar com isso ─ disse um surpreso Sigman.

─ Com isso o quê? ─ Perguntou Hela, mostrando um sorriso que fez Sigman tremer.

─ Bom, antes a minha única utilidade aqui era engabelar nossos pais com alguma conversa e depois acender a fogueira. Agora sinto que fiquei só… sei lá. Meio-útil ─ respondeu devolvendo o sorriso.

─ Ei, pelo menos você tinha alguma utilidade pra perder, antes eu era só um rostinho bonito aqui ─ disse Hela enquanto ajudava o filho do taverneiro a levantar.

─ Ah, mas rostinhos bonitos são muuuuito importantes nessas coisas, não sabia não? Eu queria ter metade desse rostinho bonito pra mim ─ disse Sigman fazendo Hela corar.

─ Talvez… quem sabe… Você pode ter ele todo ─ disse a bela jovem, ajeitando o cabelo comprido e vermelho com uma das mãos enquanto corava ainda mais. Sigman ficou sem reação um instante e então sorriu. Porém, antes que pudesse dizer alguma coisa Kratos os chamou.

─ Ei vocês dois! Acho que é Kitiara vindo com o velho. Olhem lá ─ comentou, apontando para uma luz vindo na escuridão.

E realmente era. Vinham ela, uma bela morena, e o velho eremita com seus farrapos e longas barbas e cabelos brancos. Kitiara era órfã, havia sido encontrada na floresta, distante alguns quilômetros do bosque, quando ainda era um bebê.

Foi adotada por Artos, o caçador que a encontrou chorando na floresta e cuidou dela durante alguns anos até ser morto por uma amazona vinda do continente sul, ela havia descoberto que Artos molestava a pequena Kitiara. Mesmo assim, a amazona foi presa e condenada a morte na cidade, e Kitiara foi deixada aos cuidados das clérigas no templo de Lena. As clérigas, contudo, não conseguiram domar o espírito livre da menina que sempre fugia de volta para a floresta. Aparecia na cidade raras vezes, geralmente apenas quando não conseguia caçar nada e estava enjoada de raízes, mas passou a aparecer mais depois que fez amizade com os outros três que estavam em volta da fogueira.

Do velho, por outro lado, ninguém sabia muito. Apenas que já estava ali na época da fundação da cidade, há pouco mais de trinta anos, e que contava boas histórias desde que dessem alguma comida em troca. De resto, apenas a imundície e os dentes caídos eram dignos de nota.

Chegaram à clareira alguns minutos depois, encontrando Kratos, Hela e Sigman já em seus lugares, nos troncos que circunvizinhavam a fogueira. Kitiara também pegou um lugar nos troncos, ao lado de Kratos. O velho foi para o outro lado da fogueira e, de frente para os quatro adolescentes, abriu um sorriso de dentes podres ou ausentes.

─ E então, sobre o quê querem ouvir hoje? ─ perguntou.

─ Kratos, é a sua vez de escolher, certo? ─ questionou Sigman.

─ Sim. Velho, me conte uma história de guerreiros, a melhor que tiver! ─ exclamou o jovem alto e musculoso.

─ E o que me trouxeram dessa vez, meus jovens? ─ perguntou o velho.

De imediato eles puxaram suas mochilas. Kitiara tirou algumas aves silvestres. Hela trouxe pães caseiros e Sigman uma garrafa de vinho. Todos eles jogaram os mantimentos sobre um pano estendido. Kratos, por outro lado, levantou e foi até uma grande sacola, trazendo-a para junto dos outros mantimentos. Quando a abriu, revelou um carneiro morto recentemente, deixando todos surpresos.

─ Então era isso que você estava trazendo na sacola? Eita diacho! ─ disse Sigman.

─ Como eu disse antes, a melhor história que tiver ─ disse, sorrindo, o filho do capitão.

─ Não vai se complicar por isso? ─ perguntou Kitiara, acostumada a pensar nos problemas.

─ Se deixam seus animais soltos por aí, não é minha culpa que sejam devorados pelos lobos ─ desdenhou Kratos ─ Velho, e quanto a minha história?

─ Sim, sim. A melhor história de guerreiros… Você a fez por merecer, então seria bom se sentasse e começasse a ouvir ─ disse o velho. Kratos aceitou a sugestão.

O velho eremita foi até um dos troncos e sentou-se, puxou uma pequena algibeira e de lá tirou um pó que os outros quatro não conseguiram identificar, quando o jogou sobre a fogueira, o fogo aumentou grandemente em um estalo, e o velho começou sua história.

Werra, lar de Keenn, o Deus da Guerra. Não há medo naquelas terras. Não há paz ali. Há carnificina. Há massacres. Há fortes. Há guerra. Milhões morrem todos os dias em batalhas de proporções épicas, rios de sangue escorrem das planícies de batalha. Mas nenhuma batalha iguala em grandeza, fascínio ou em qualquer outro quesito o grande Torneio do Deus Guerreiro.

De tempos em tempos, as vezes séculos, as vezes anos, os maiores guerreiros do multiverso reúnem-se no reino da guerra. Sempre, como verdadeiros guerreiros, por conta própria, tomados pelo desejo maior de tornarem-se deuses. Um Deus da Guerra.

Claro que “torneio” é apenas uma palavra afeminada usada pelos clérigos de Tanna-Toh, na verdade, tudo não passa de uma grande batalha campal em frente aos portões da Fortaleza da Fúria, a morada de Keenn, iniciada quando o Deus surge no topo das gigantescas muralhas. Todos contra todos. Até a morte. O último a ficar de pé terá a honra de enfrentar o próprio Keenn pelo título de divindade da guerra.

A guerra nunca termina em Werra, nunca há tréguas. Mas durante essa batalha todos os combatentes do reino congelam. Não de medo, mas de fascínio pelo combate que pode ser sentido em todos os cantos do plano, senão com os olhos e ouvidos, pelo menos pelos pés, que não se manterão firmes ante os tremores que o conflito de forças tão poderosas pode gerar.

Dito isto, o velho levantou e foi até a comida, antes que pudesse colocar suas mãos nela, porém, foi questionado por Kitiara.

─ Mas é só isso? Você só falou por um minuto!

─ É isso mesmo, olhe só tudo o que nós trouxe-mos! ─ completou Sigman.

O velho olhou contrariado para os adolescentes. Estava para dizer alguma coisa quando Kratos levantou e falou alto.

─ Não! É o suficiente. Só faltou uma coisa que eu quero saber ─ disse com o olhar firme no eremita ─ Quando é o próximo?

─ Mas… - começou Kitira, sendo interrompida por Sigman.

─ Deixe. Hoje é a vez dele, e foi ele que trouxe a maior parte da comida também. É direito dele ─ disse o filho do taverneiro.

Enquanto isso, o eremita alisava sua barba em movimentos vagarosos e repetitivos.

─ Três anos ─ disse finalmente. Então puxou o pano em volta da comida, formando uma grande sacola e, com uma força incomum para alguém tão velho, saiu dali tranquilamente, carregando tudo nas costas.

─ Por que fez isso, Kratos? ─ Perguntou Hela.

─ Por que o que ele disse era tudo o que eu precisava saber ─ respondeu ele com um sorriso ─ Sig ─ chamou ─ Você não quer ir comigo para Valkaria como sempre dissemos que íamos? Agora.

─ Mas, meu pai… ─ disse o filho do taverneiro. Surpreendido com a pergunta repentina.

─ Ele consegue se virar sozinho na taverna. E talvez seja sua chance de vingar-se daquele inútil do seu irmão vadio, não é mesmo? ─ argumentou Kratos. Sigman sorriu e fechou os olhos.

─ Sig…? ─ disse Hela apreensivamente.

─ Hela ─ começou Sigman ─ Eu vou.

─ Mas… - começou ela hesitante.

─ Por que não vem com a gente? Sua mãe não disse que o seu pai era de Valkaria? Pois vamos todos! ─ disse Kratos, com entusiasmo ─ Você também Kitiara, não quer vir com a gente? ─ A morena selvagem aquiesceu. Hela, por outro lado, decidiu rápido.

─ Eu também vou ─ disse.

Todos olharam para Kitiara, que por fim deu um longo suspiro e falou em tom jocoso.

─ Parece que tenho que ir, senão quem é que vai cuidar de vocês?

Naquela noite ainda, todas partiram. Sigman levou consigo a velha espada curta de seu pai, além da besta que comprara de curiosidade na feira e aprendera a usar, já Kratos envergava a armadura e a espada de seu avó, um valente colono que fundou a cidade pouco antes de morrer. Hela e Kitiara não levavam muita coisa, apenas o que sempre carregavam e o necessário para a viagem. Kratos levava também um sonho. O Deus da Guerra que o aguardasse, ele chegaria lá.

Longe dali o velho eremita encarava melancolicamente um velho disco de metal. De sua caverna no alto do morro ele podia ver os jovens saindo em sua viagem ─ Espero que consiga, garoto. Eu realmente espero que consiga ─ disse. Morreu de velhice naquela noite. Semanas mais tarde um grupo de jovens encontrou seu corpo e o velho disco de metal. Nele estavam gravados um machado, uma espada e um martelo de batalha.
 

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Havia no fundo da sala um relógio de parede que respirava segundos.
Três mil segundos. (É o tempo que dura esta história.)
Um rapaz está deitado no sofá. Não sabemos há quanto tempo, mas está.
O rapaz permanece deitado.
Aparentemente para sempre. Eternamente. Até ao fim do mundo. Mas na verdade não, porque esta história só dura três mil segundos.
Durante este tempo (equivalente a cinquenta minutos) o rapaz não adormece. Os olhos dele estão abertos para uma outra dimensão, não seguem os ponteiros do relógio.
Também não fuma, não lê, não come. Tem aliás as mãos presas atrás da nuca, os cotovelos apontados para o tecto. E para que conste, também não fala nem assobia nem tosse.
Perguntam-me: Esse rapaz está triste? Profundamente triste? Irremediavelmente triste? E eu digo: Não, não está.
(Mas também não está alegre.)
O rapaz está. Só isso.
Está.
No final dos três mil segundos, o rapaz ainda está assim. Deitado.
Perguntam-me: O que estará ele a fazer? E eu digo: Nada. O rapaz não faz nada, rigorosamente nada. Digo mais ainda: Se uma mosca passasse, ele não olharia para ela. E se ela pousasse no seu nariz, ele não a sacudiria.
Nenhuma mosca passa, é claro. Mas se passasse, aconteceria o que vos digo.
E tudo porque o rapaz está deitado no sofá. De cotovelos apontados para o tecto. É essa a sua prioridade. O seu objectivo.
E vendo bem os factos, temos de confessar o seguinte: estar deitado é uma ocupação como qualquer outra.
Um pouco menos querida, é certo. Menos badalada. Menos perfeita.
Mas nem por isso diferente das restantes.
É aliás, se me permitem, uma ocupação mais elevada do que outras. Por ser mais digna. Mais útil. E verdadeira.
É, por exemplo, mais útil estar deitado do que escrever sobre alguém que está deitado. Do que ler sobre alguém que está deitado. Do que não estar deitado.
Deixemos portanto o rapaz.
 

DeletedUser436

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uma única questão: porque é que escreve no tópico do inocente13?
 

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é verdade

é verdade, por que escreve no topico dos outros.
 

DeletedUser436

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o inocente nunca mais voltou e agora o outro rapaz apareceu a escrever outra historia que não esta e agora não há história para ninguém!

pergunta: Em que é que ficamos??
 

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Capitulo III – Cicatrizes do passado

Cavalgamos vários dias e por fim ao subir a grande colina vislumbramos a cidade. Ficamos ambos espantados, as casas todas reconstruídas, pessoas a fazer o seu dia a dia, quatro crianças passaram por nos, apressamo-nos a chegar a aldeia.
Era praticamente igual como a sete anos mas com alguns edifícios novos e casas. Separei-me do Jorge para cobrirmos melhor a região, deixei o cavalo preso a um poste e fui a pé. Estava tão distraído que me espetei com uma mulher:
-Desculpe –, apressei-me eu a dizer.
A mulher virou a cara para mim, pareceu-me reconhece-la mas continuei o meu caminho, disse para mim:
-Eu já vi aquela mulher em algum lado sei quem é mas ao mesmo tempo não sei, que confusão, arhg….É melhor ir ver onde é que o Jorge se meteu.
Enquanto caminhava reparei numa casa abandonada no fundo da rua parei, quer dizer tudo no meu corpo parou, aquela era a casa da minha infância. Fui até lá a passo lento, uma pequena casa de madeira um bocado podre e a cair, sinal dos anos que tinham passado. Empurrei a porta, rangeu e entrei, pareceu-me voltar ao passado, via-me a correr, o meu pai como sempre a trabalhar mas a certa altura começaram a tocar os sinos. Ele pegou no seu revolver de prata e mandou-me esconder cheguei a vê-lo a dar uns tiros mas apressei-me a esconder.
Despertei, tinha-me lembrado do revolver, será que o meu pai teria chegado a esconde-la para, mim? Comecei a procurar pela casa passei uns vinte minutos à procura mas não encontrei nada, enervei-me e dei um pontapé na parede da cozinha. Fiz um buraco e reparei que era um fundo falso, abri mais o buraco mas com cuidado pois podia conter alguma coisa valiosa. Vi um saco com moedas, uma foto comigo em pequeno o meu pai e a minha mãe, guardei-a no bolso e encontrei o que mais desejava a pistola juntamente com um papel, dizia o seguinte.
Carlos encontraste-a, espero que faças um bom uso dela e nunca desistas de lutar.
Guardei o papel também no bolso e peguei na arma, era uma boa arma e deslizava bem na minha mão o que me permitia fazer vários truques com ela.Guardei-a num dos meus bolsos para por as armas, no de trás, assim não ficava tão à vista.
 

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Continuaçao do capitulo

Sai da casa e comecei a ouvir gritos na direcção da taberna corri para lá e vi o Jorge com duas dançarinas pareceu-me estar bem divertido. Ele reparou em mim e disse às meninas para se irem embora e foi ter comigo:
-Descobriste algo Carlos?
-Uma das melhores armas que tu já deves ter visto mas mostro-te noutro sítio com poucas pessoas.
-E tu Jorge, mal chegas à cidade vais logo para o divertimento.
-Não sei o que se passou ate parece que fui atraído!
-Isso acontece sempre que estas com mulheres bonitas!
-Tens razão, anda dai, reservei um quarto para nos, no hotel, é o 17, vai buscar o teu cavalo encontramo-nos lá daqui a uma hora.
-Esta bem ate daqui a uma hora.
O Jorge deu-me a chave e lá fui eu pelo caminho com que tinha vindo, quando virei por uma casa uma mulher detêm-me.
-Não se lembra de mim?
Olhei fixamente para a cara dela o seu cabelo castanho encaracolado, escondido por um chapéu de cowboy e os seus lindos olhos castanhos.
-Ma….Ma…Maria!?
-Mais viva do que nunca.
-Tens um sentido de humor…
-Não me esqueci das tardes que passávamos antes do ataque.
-E como Maria como e que tu sobreviveste?
-É simples, o ajudante do xerife salvou-me a mim, aos meus pais e a outros tantos, nunca contamos a ninguém que éramos de littlegrek por causa do perigo que significava. Esperamos alguns meses e voltamos para a cidade juntamente com alguns colonos e comerciantes. Estive sempre a espera deste dia, o dia em que te iria ver.
-Eu também mas senti-me na obrigação de esquecer de esquecer isso para apaziguar a dor. Estes anos foram muito maus para ti.
-Ah…porque Carlos?
-Ficaste mais feia!
-Parvo.
Fui com a Maria buscar o meu cavalo quando lá chegamos ela perguntou-me como é que o cavalo se chamava:
-Vento do deserto-Vento do deserto era um cavalo castanho-escuro, forte e veloz como o vento.
-Não tens muito jeito para dar nomes aos cavalos.
-Porque não gostas?
-Eu não disse isso.
-Vai haver uma festa na taberna esperarei por ti.
-Conta comigo.
Subi para o cavalo e fui direito ao hotel, deixei o cavalo a comer e fui descansar um bocado.
Olhei para o relógio marcava dezasseis e vinte minutos, eram horas de ir ter com o Jorge. Levantei-me rapidamente e fui à entrada, algum tempo depois apareceu todo suado e cansado:
-O que se passou Jorge?
-Estive a dançar, nem imaginas como cansa.
-Olha lembraste da Maria?
-A Maria de littlegrek, aquela que tu tinhas uma paixoneta?
-Sim e fecha mas é essa boca.
-Porque perguntas? Espera ai não me digas que a viste?
-Esta bem não te digo.
-Fala Carlos.
-Bem, parece que foi salva e que depois ela e mais outros voltaram para cá e fizeram casa.
-Sorte para ela, eu vou tomar um banho e tu?
-Bem precisas, eu vou ficar por aqui e já agora estás interessado em ir a uma festa na taberna logo à noite?
-Sempre!
-Muito bem, talvez vá comprar um fato para mim, afinal tenho de estar apresentável quando estiver com a Maria.
-Escolhe bem Carlos.
 
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