Don Pablito

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“_Diga o que quer saber Tenente.
_Muito bem. Seu pai trabalhava pra nós. Portanto, como Kate me falou, você tem os mesmos valores de seu pai. Não deve sentir vergonha ou desprezo por ele. Olhos de Prata serviu ao Exército com honra. Ele está desaparecido, mas tem uma equipe de busca o procurando. Eu sabia que ele tinha tido um filho no México, e que teria uma filha na cidade de Ouro Negro. Kate me passou essa informação.
_Mas por que ele não falou nada pra minha mãe ? O que ele fazia no Exército ?
_Essa informação é confidencial. Assim como nossa conversa aqui. As únicas pessoas que sabem da verdadeira “vida” de Olhos de Prata, sou eu, Kate, July e a equipe de busca: Gaspar, Joe e Ernesto. Que estão com nomes falsos. Agora você sabe alguma coisa também. Ele estava no México fugindo do bando de criminosos chamado Tempestade do Deserto. Era um grupo muito forte do qual seu pai era nosso espião. Era formado por Lua Sangrenta, O Corvo, Antonie Pé, Coiote Sanguinário, e seu líder era O Máscara. O Coiote está morto, seu pai o matou na tentativa de capturá-lo. Antonie está preso em nossa base na Carolina do Norte. Lua Sangrenta e o Corvo estão foragidos e são os mais perigosos. E suspeitamos que O Máscara seja o “Fantasma”, já que era o líder do bando. Olhos de Prata fazia seus trabalhos de marginal pra conseguir a confiança dos demais bandidos. E conseguiu. O problema foi ele ser caçado como um animal pelos integrantes da Tempestade do Deserto e quase morrer. Fugiu para o México na esperança de amenizar o ânimo daqueles que o caçavam. Tanto bandido como homens da lei o caçava em todos os lugares. Por fim, ele recebeu um recado de seu parceiro, Ernesto, e teve que sair de sua casa pra não matarem sua mãe e você, caso os “caçadores” soubessem onde moravam. Seu pai voltou pra America e nos procurou. Decidimos pegar os criminosos que o perseguia. Pegamos Antonie, e pela terceira vez, quase pegamos o Lua Sangrenta. O Coiote morreu ao pedir que seu pai o duelasse numa de nossas emboscadas.
_Qual é o nome verdadeiro do meu pai ?
_Ele nunca nos disse. Queria que o chamassem de Olhos de Prata. Agora é minha vez de fazer perguntas.
_Pode Perguntar o que quiser?
_O que você fazia na Cidade de Ouro Negro? Qual era seu plano?
_Eu estava viajando a procura de trabalho. Encontrei o Senhor Jonathan ferido e sua caravana tinha sido atacada pelo Corvo, que levou sua filha Evelyn, e provavelmente sua sobrinha Camila. O Xerife Mike me contratou para ser um guarda da cidade e resgatá-las. Antes disso eu morei com os índios Cherokees e aprendi algumas coisas de sua cultura. Trabalhei no porto de Boston de carregador. Trabalhei em uma fazenda na Carolina do Sul como Cowboy. Viajei durante anos procurando saber alguma coisa de meu pai. Saí de casa com 18 anos, agora eu tenho 25.
_Por isso não encontramos você em sua casa alguns anos atrás. Parece-me que tem alguma experiência, Pablo. Vou te fazer uma proposta: Quer fazer parte da Força Especial Do Exército Americano ? É arriscado e só os bravos conseguem sobreviver.
_Bem... Meu pai não foi tão bravo assim.
_Não blasfeme. Ninguém tem noticia da morte de seu pai. Mas também ninguém sabe onde ele está. Enquanto não tivermos essa confirmação ele continua vivo. Nunca mais diga uma coisa dessas. Ele salvou minha vida duas vezes, e também de alguns dos soldados que aqui estão. Devo muito a ele.
_Já que é assim, eu aceito. Mas vou querer um colete daqueles que a Kate estava usando.
O Tenente Makenze sorriu e se levantou.
_Agora você faz parte do Exercito Americano, e quando estiver revigorado vamos acertar os papeis. Até logo.
_Sim Senhor Tenente.
Ele saiu andando e se retirou da tenda. Durante os três minutos que fiquei sozinho refleti na minha nova profissão. O que viria pela frente? O que eu deveria fazer? Kate e July entraram na tenda junto da enfermeira. Elas sorriam. E eu ainda sentia dores. Não estava muito feliz, mas estava aliviado por saber quem era meu pai de verdade.
_E agora Cowboy... Você será nosso parceiro.
_O Tenente Makenze nos disse que aceitou o fardo de ser do Exército.
_Não fale assim July, ou o cowboy irá desistir.
_Não disse nada mais que a pura verdade. Ou você acha que é agradável ficar o tempo todo escondida sem poder se divertir, comprar roupas, tomar banho...
_É verdade.
_Sorte sua Kate. Vai ficar do lado do bonitão aí o tempo todo.
_Não me deixe envergonhada.
_Eu gostaria de descansar um pouco. _falei interrompendo as mulheres_ Estou com o corpo doendo. Vou dormir um pouco.
_Está bem cowboy. Precisando de alguma coisa me fala.
Kate mandou um beijo pra mim e saiu da tenda com a July. Me virei de lado na cama e pensei mais um pouco até dormir.”


To Be Continued...
 
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Estou sem tempo de escrever mais e sem tempo de logar aqui.
Mas vai mais uma parte da história:

“Acordei de noite, minha cabeça doía menos e senti um cheiro de comida. Era a enfermeira com um prato nas mãos me oferecendo a colher cheia do ensopado. Me inclinei e vi que Pancho estava sentado ali perto.
_Hora da bóia, Pablo.
Ele também estava se alimentando.
_Parece que você se deu bem hein...
_Por que fala isso, Pancho ?
_Kate está alegre o dia todo. Acho que ela está te querendo. Você devia ter visto como ela ficou arrasada esses dias todos que você estava desacordado. Triste e inquieta. Quase não saiu desta tenda até hoje. Arrasando corações companheiro.
_Acho que não estou com clima de tentar um relacionamento agora. Meu coração pertenceu à outra mulher, Chieny. Ainda penso nela.
_Bem... Então vai da sua cabeça. Mas ainda acho que ela está te querendo. E é bonita.
_Coma sua comida e depois vamos até o Tenente.
Eu já consegui me sentar. Depois de ter me alimentado, arrisquei alguns passos pela tenda. Pancho ficou do meu lado para não me deixar cair. Mas consegui andar. Quando a enfermeira trocou meu curativo do peito, pude ver ferida de bala que eu tinha levado. Como meu tio dizia: ”Uma cicatriz é um troféu. Você se lembrará o que aconteceu sempre que olhar pra ela.” . Ele não estava enganado. Ainda me lembro da pancada do tiro. Como queimou minha pele. Logo eu estaria novo, pronto pra revanche. Depois de feito o novo curativo, eu coloquei minha roupa com o buraco de bala, meu colete, e meu chapéu que estavam em uma mesa do lado da cama. Sai da tenda e vi que a cidade estava iluminada por tochas e muitos soldados rondavam por ali. Outros estavam perto da fogueira. Muitas tendas armadas, e uma que estava meu cavalo e havia mais dois próximos a entrada de uma tenda, onde dois soldados montavam guarda. Perguntei a Pancho se era ali a tenda do Tenente. Confirmou e me levou até lá. Os soldados me barraram a três passos da entrada.
_Vim falar com o Tenente Makenze.
Então veio uma voz lá de dentro.
_Deixem-no passar.
Os soldados se afastaram. Entrei e Pancho ficou do lado de fora. Lá dentro estava um senhor de barbas bancas e quepe de sargento, segurando uma prancheta e escrevendo algo. Sentado em um barril pequeno atrás de um caixote grande estava o Tenente Makenze. Sem chapéu, sem farda, somente com uma camisa branca e um suspensório preto segurando as calças do uniforme.
_Vejo que já pode andar. Sargento, mande chamar a enfermeira que estava cuidando de Pablo, e chame também Kate e July.
_Sim senhor tenente.
O Sargento bateu continência e foi pra fora da tenda. Makenze se levantou e colocou o barril de lado.
_Sente-se aqui Pablo Rodrigues. Está preparado pra assinar os papeis? Pode ler antes.
Eram três páginas que eu teria de assinar. Elas falavam do meu dever como soldado, da entrada nas Forças Especiais e uma carta que seria entregue ao Presidente. Estava terminado de ler a última quando a enfermeira chegou.
_Então Maria... O seu paciente já está liberado?
_Creio que em dois dias estará. Agora ele tem que se recuperar.
_Está dispensada.
_Com licença.
Kate entrou logo em seguida, acompanhada de July.
_Patrulha de reconhecimento se apresentando senhor. _ falou July batendo continência junto de Kate.
_Descansar. À vontade. _ ordenou o tenente. _O Pablo será parceiro de vocês nessa busca. Daqui a dois dias estarão partindo pra cidadela de Vale da Cicatriz. Suas missões serão de localizar o Lua Sangrenta. Descobrir alguma coisa sobre o “Fantasma”, sobre o Paradeiro de Olhos de Prata e onde se encontra o Corvo. Nada pode ligá-los ao Exército ou sobre seu trabalho de espionagem. Todo cuidado é pouco perto desses bandidos. Além dessa missão de localizar e identificar o alvo, vocês terão que achar trazer sã e salva as duas garotas seqüestradas. Como o Lua Sangrenta já sabe quem é Kate e Pablo, recomendo que July fique mais a vista. Alguma pergunta.
_Senhor, já que eu vou ficar dentro da cidadela, gostaria que mais alguém fosse comigo.
_Já estou providenciando alguém. Irá um mensageiro com vocês e um senhor de minha confiança está pra chegar.
_Teremos cobertura Tenente? _ perguntou Kate.
_Estaremos por perto. Vamos levantar acampamento quando partirem e iremmos ao seu encontro mais afastado da cidadela. Há suspeitas de que o Cicatriz deva ser o fantasma, mas é um pouco provável. Mesmo assim, toda suspeita deve ser levada a sério.
_Vamos sair preparados não é Tenente Makenze? _ falou Pablo.
_Sim, claro. Todo material que precisar. Vocês devem fazer uma lista e me entregar até amanhã. Mais alguma coisa?
_Por enquanto não.
_Então estão dispensados. Podem descansar ou fazer o que quiserem. Estão de folga até segunda ordem.
_Sim senhor.
Nós três saímos da tenta do Comandante e conversamos um pouco.
_Parece que vamos ter muito trabalho pela frente. _ começou July.
_É... Vamos esperar o Cowboy melhorar e vamos mostrar pra ele os nossos equipamentos.
Acho que vai gostar.
_Eu usando aquele colete que te salvou Kate, vou ficar mais tranqüilo.
_Tem outras coisas também. _ continuou Kate _ Tem um rifle que é a sua cara.
_Não vamos fazer mistério. Venha Pablo.”


To Be Continued...
 

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"July pegou minha mão e saiu me puxando pelo acampamento. Paramos de frente pra uma tenda marrom. La dentro havia um senhor careca usando um óculos de armação redonda mexendo em uns papeis. Entramos e vi também um outro rapaz usando uma espécie de capacete com algumas lentes dependuradas, e um jaleco manchado de graxa, ou algo parecido. Ele manuseava um martelo pequeno e batia em uma engenhoca em cima de uma das mesas. Varias armas presas em suportes e uma lona tampando metade da tenda fazia parte da “decoração”. O senhor logo olhou pra mim quando entrei.
_Esse é o rapaz que sobreviveu milagrosamente ?
_O nome dele é Pablo Rodrigues. _disse July antes que eu pudesse falar alguma coisa.
_Agora o Cowboy faz parte da nossa equipe. Mostre a ele aquele winchester e a remington.
_Está aqui. Esse winchester é uma das minhas melhores obras.
Me passou o rifle. Tinha o cano mais longo e com um calibre maior que o normal. Uma mira de dois pontos, um na frente do cano e outra regulável próxima a cartucheira. Era um mais pesada que o normal. Ele continuou falando enquanto eu observava a arma.
_Ela tem um alcance preciso a 900 metros. Cabem 15 munições em seu reservatório e pode colocar esse apoio no cano pra poder atirar deitado. Nesse caso pode acertar o alvo parado a 1100 metros. Essa munição é especial, eu que criei. A cápsula tem um tamanho maior e chumbo é mais comprido também. Veja bem...
Mostrou-me a bala e como funcionava o rifle. Tirando os detalhes era uma arma normal. Então, enquanto eu analisava a winchester, ele pegou a Remington.
_Essa é uma arma que eu combinei com outras. Cano da Remington, tambor da Smith & Wesson e coronha da Colt. Calibre 38. Capacidade de 8 tiros. Tem um balanço equilibrado e bem mais leve que uma Colt.
Fiquei ali observando as armas e reparei que o velho tinha uma pistola Schofield dourada em sua cintura. O cano dela ultrapassava muito a fenda do coldre. Não resisti e fui perguntar.
_Essa sua arma é de ouro?
_Essa é minha obra prima. Fiz pra um soldado que me deu muitas pepitas de ouro a algum tempo atrás. O suficiente pra minha família viver mais duas gerações e eu poder continuar com meus projetos. Ela é feita de uma liga de ouro, prata e aço, um pouco pesada pra arma. Infelizmente eu não o vi novamente pra eu poder entregar o presente. Por isso fico com ela na cinta, pra quando o encontrar mostrar um pouco da minha gratidão entregando a ele.
O velho senhor ficou me olhando por um tempo como se estivesse me avaliando. Kate logo puxou assunto:
_Foi o velho Jack que arrumou minhas armas, adorei. Não sei o que ele faz, mas as 44 não dão muito tranco na hora de atirar.
_Se eu parar pra te explicar vai demorar um pouco.Agora, se não se importam, eu gostaria de voltar a trabalhar.
_Tudo bem _ falou July _Não viemos te incomodar, só queríamos saber se essas duas armas, o winchester e a Remington já têm usuário.
_Que eu saiba, ainda não apareceu ninguém disposto a carregar esse winchester nos ombros. A Remington eu terminei a dois dias. Você quer usá-las July?
_Não é pra mim, é pro Pablo.
_Será uma honra pra mim se alguém usar os meus inventos e ficar satisfeitos. Por sorte o rifle está todo regulado. Já teve alguns soldados que o usaram antes, mas nunca levaram pro longe de mim. A pistola ainda não está totalmente em ordem. Só meu assistente que a usou. Se você, Pablo, prometer testá-la antes, eu passo pra você as duas.
_OK. Vou testar agora.
_Vamos lá pra fora cowboy, e preparar um alvo.
Peguei a pistola e fui com a Kate e a July procurar um alvo pra testar a arma. Afastamos um pouco do acampamento e July pegou três garrafas vazias que estavam espalhadas pelo chão e colocou em cima de uma cerca danificada. Mirei e atirei acertando duas garrafas e estraçalhando a viga da cerca. Atirei novamente na garrafa que caiu. Pelo menos foi um erro meu acertar a cerca, a arma estava em ordem. Voltei e expliquei ao velho o que aconteceu e ele sorriu. Pediu a arma e falou que me entregava quando fosse partir na missão. Voltei pra tenda da enfermaria e contei para o Pancho o que tinha acontecido comigo naquele dia. Percebi que ele estava meio grogue. Devia ser a tequila. Deitei pra continuar meu repouso por ordens médicas e mais um dia se passou. Não via a hora de poder partir em busca das meninas que estavam desaparecidas. Além de ter entrado pro Exército, tinha meu dever com o Xerife Mick."


To Be Continued...
 

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Quatro dias se passaram tranqüilamente, eu me recuperava com rapidez e sempre tinha uma boa companhia. Pancho, July, Kate, o tenente me visitou todos os dias pra saber da minha recuperação, a Maria que cuidava de mim como se fosse minha mãe. Que saudades de minha mãe Juana. Meu tio Miguelito deve estar com seus amigos bebendo pelos cantos e azucrinando as rameiras. Saudades dos Cherokees que me ensinaram muito sobre as coisas naturais e espirituais. E de Chieny. O que será que ela está fazendo agora? Bem... Tenho que me focar no que estou pra fazer agora. Nada de ficar pensando no passado. Um futuro sinistro está pra vir.
Eu não sentia mais dores e me sentia bem normal e descansado. Fui falar com o Tenente Mackenzie em sua tenda.
_Com licença Tenente.
_Bom dia Pablo, vejo que está com uma cara boa hoje.
_Sim, e é por esse motivo que eu estou aqui. Vim pra falar e passar a panos limpos toda a missão que iremos fazer.
_A Maria já te liberou?
_Ela falou que era pra esperar até amanhã. Mas talvez amanhã seja tarde demais. Posso chamar a Kate e a July?
_Pode deixar que eu mando chamar. Soldado. Chame minhas meninas aqui.
_Se puder, eu gostaria que chamasse o meu cunhado também, o Pancho.
_Você falou pra ele o que iria fazer?
_Não senhor. Era confidencial.
_Muito bem. Acho que posso confiar em você como confio em seu pai. Soldado, chame também o mexicano Pancho.
_Sim senhor.
_Por que quer que seu amigo participe também da missão.
_Estive pensando o que poderíamos fazer e ele pode ser de grande ajuda.
_Vocês é quem sabe. Mas tome bastante cuidado. Quero que voltem todos vivos.
Nisso chegou os três que faltavam. Eram 5:40 da manhã, vinte minutos pra alvorada. Pela cara deles, acho que estavam dormindo ainda.
_Bom dia senhor. Aconteceu alguma coisa. _ falou July.
_Bom dia para todos. Estamos aqui reunidos para esclarecer a missão de vocês.
_Que missão? _ perguntou Pancho.
_Pra você é novidade meu caro. Mas pro restante não é. Escute com atenção.
O Tenente, Kate, July e eu explicamos tudo para o nosso companheiro. Ele concordou em ajudar. O corneteiro dava o chamado da alvorada quando saímos e fomos pegar nosso equipamento e nossos cavalos. Estávamos indo pra tenda do senhor Jack e vimos que ele estava na entrada dela com alguns soldados rasos, carregando algumas coisas e colocando em cima de uma caixa grande de frente a tenda. Era nosso equipamento. Tinha 3 coletes de aço, ”meu“ novo rifle, a pistola toda modificada, duas pás, corda de 20 metros, 3 cantis, uma lanterna de querosene e seu combustível em uma garrafa, um saco com 200 dólares em moedas de ouro, dois barris de pólvora, uma caixa pequena com as iniciais TNT, caixas de munição e uma espécie de foguete de artifício. July me explicou que se tratava de um sinalizador. Dividimos as coisas e precisou de mais um colete pro nosso “novo” integrante. Arrumamos nossos cavalos e preparamos para partir. O sol começava a apontar no céu vermelho. O Tenente Makenze acenou pra nós e então tomamos o rumo para o Vale da Cicatriz.


To Be Continued...
 

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OPAAA...
Tô vivo ainda... Só estou sem o PC pra poder digitar a continuação.
Que bom que estão gostando da Historinha. Pretendo terminar ela com um final tipo THE END. Enquanto estiver com "To Be Continued...", ela não acabou.
Pode deixar que eu já até mudei a assinatura.
hehehehehe...
Estou escrevendo algumas coisas no papel e tentando lembrar o que eu tinha arquivado, num bloco de notas do pc, o que eu queria colocar no decorrer desta história.
Mas segunda-feira, ou no domingo, vou continuar com um bom pedaço dela. Talves caberá em dois post's.

PS.: Essa fonte de informação que falaram que eu morri ou fui sequestrado, é "furada". hahaha :D

No mais, tenham um pouco mais de paciência, um dia eu concigo terminar essa história.
Pra adiantá-la um pouco:
#Ainda falta eles chegarem no Vale da Cicatriz(se nada atrapalhar no caminho);
#Encontrar as meninas que estão com o Corvo(se elas já não estiverem mortas);
#Tem uma surpresa que está por vir(ou duas, ou três...);
#Mais Personagens irão aparecer;
:rolleyes:

Abraços
E continuem a comentar, criticar, elogiar, falar mal... mas leiam.
Semana que vem eu volto com a continuação. Sem falta.
:cool:
 

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Desculpem pela demora.
Estava sem computador em casa.
Tive que copiar tudo novamente e continuar a escrever.
Aí vai a continuação, e desta vez vai continuar até o final.


"Passou 2 dias de jornada pelo terreno inóspito e desértico, seguindo uma trilha feita por ferraduras nos cascos dos cavalos que passaram por ali velozes, a mais de uma semana. Pelo que Pancho disse, eram 7 cavalos, e eu confirmei, devido minha experiência com os índios. Estávamos descansando em um lugar onde havia sido um acampamento. Tinha vestígios de uma fogueira e uma garrafa de whisky vazia no chão. Provavelmente era o Lua Sangrenta com seus guarda-costas. Eu carregava dois winchesters, uma modificada nos braços, e a outra que era de Jony estava num coldre na sela, um revolver modificado e minha velha pistola. Cavalgávamos com mais 4 cavalos extras, cada um com um levando mantimentos e equipamentos pra empreitada.sentamos em volta da fogueira para repassar a missão.
_Provavelmente Lua Sangrenta já chegou em Vale da Cicatriz. O jeito vai ser July entrar na cidade, já que ela não foi vista. E Pancho está mais barbudo. Talvez pensassem que esteja morto e não o reconheçam. Kate e eu daremos apoio de longe com esse novo rifle do Jack.
_Vai ser arriscado. _falou Pancho _Tenho que mudar minhas roupas e usar um disfarce pra isso.
_Eu tenho alguma coisa aqui comigo que pode ajudar. _ disse July _Uma peruca ou um bigode falso devem ajudar.
_Estamos em acordo?
Concordaram comigo. O plano parecia bom. Só restava chegar no nosso destino. Dormimos por ali fazendo a ronda como de costume. No dia seguinte tomamos o café da manhã, alimentamos os cavalos e partimos rumo a noroeste, por onde iam as marcas no chão.
Quase anoitecendo escutamos tiros ao longe e a nossa frente. Deveria ser os homens de Lua sangrenta ou poderia ser outra coisa. Não mudamos nosso caminho, mas ficamos mais atentos com as armas em punho. Cavalgamos um pouco mais separados, caso precisasse trocar tiros com alguém. Já com o céu estrelado, vimos uma silhueta de um cavaleiro adiante com mais uma montaria sem seu guia. Pancho se prontificou a ver quem era. Pegou sua escopeta e deixou sua carga comigo. Kate o acompanhou. Desmontei do Vento do Oeste e preparei meu novo winchester apoiando-o na algibeira do cavalo que levava minha carga. July segurava as rédeas no caso do animal se assustar com o tiro. Eu tinha somente uma chance para acertar e não poderia cometer erros, ou meus amigos poderiam perecer antes da hora.
A pessoa que estava distante desmontou do cavalo quando avistou os dois se aproximando. Tinha outra pessoa em sua garupa, e parece que a ajudou a desmontar. Kate levantou o braço fazendo um sinal pros desconhecidos e falou alguma coisa. Um deles respondeu algo. Era a voz de um homem. Parecia que estavam amistosos. Mesmo assim não tirei o sujeito da mira. Meus companheiros se aproximaram e ficaram um tempo por lá conversando.
_Pablo, vamos nos aproximar. Parece que não há perigo.
Concordei com July e recolhi o rifle. Montamos e fomos na direção dos outros. Chegando mais perto pude perceber a farda de um deles. Eram soldados do Exército. E um estava deitado no chão com um ferimento. Kate falou:
_Estes são batedores da 4ª Cia. Estava seguindo o Lua Sangrenta. Mas foram descobertos e houve troca de tiro com os bandidos.
_Estavam a uns dois dias de viajem e sofremos uma emboscada. _ falou o soldado _Eram cinco bandidos e deitamos dois deles que nos perseguiu. Acertaram meu camarada.
_Agora restam, arg... Três. _ falou o ferido.
Fui ver o ferimento do homem e tratei com o que tinha em mãos. Os rastros eram destes dois soldados mais os cinco bandidos. Continuou o soldado que estava de pé:
_Acho que mudaram de direção. Estavam indo para o oeste.
_O Vale da Cicatriz fica ao norte. _falou Kate _Devemos chegar antes do Lua Sangrenta na cidade. Pelo jeito ele desconfiou, e viu, que estava sendo seguido.
Não falei nada, apesar de querer ir atrás do maldito que me acertou. Mas tínhamos que encontrar as garotas seqüestradas.
_Voltem para o acampamento e reportem para o Tenente. Kate e eu iremos para o Vale da Cicatriz. Pancho, você defende o perímetro de 200 metros enquanto Pablo termina de cuidar dos ferimentos do soldado.
_Vou fazer o mesmo que Pancho, July. Vou ficar paralelo a ele no perímetro.
_Tomem cuidado. Há um corpo de um dos bandidos a uma milha pro oeste. Talvez não esteja morto. O Outro eu acertei um tiro na cara com minha carabina. Lua Sangrenta fugiu com os outros dois.
Com os ferimentos cobertos pela faixa do curativo que fiz, os dois soldados partiram para o acampamento militar, então conversei com July.
_Vamos pra cidadela antes que avisem sobre o Exército.
_Sim. Não é hora de pensar em vingança, Pablo. Temos a prioridade de encontrar o “Fantasma”.
_E o Corvo. Vamos seguir caminho ou ver se o bandido está morto?
_Vamos ver se está morto mesmo. Se não estiver podemos ter alguma informação.
_Eu quero achar o bandido, quem vai comigo.
_Vá com a Kate. Ela sabe como arrancar informações. Chame-a e vão depressa. Estarei aqui com o Pancho.
Monte o Vento do Oeste e fui buscar Kate. Coloquei-a em minha garupa e partimos pro oeste a procurado do homem abatido."

To be Continued...
 

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Kate me segurava com um braço pela cintura e o outro passando em meu peito. Sentia sua respiração quente em meu pescoço. Ela me apertava com força. Sentia uma dor leve em meu ferimento à bala. Continuei pelo caminho imaginário até encontrar o tal bandido baleado. Não demorou muito. Avistamos um cavalo com um corpo deitado bem próximo a ele. Kate desmontou e sacou suas armas. Continuei montado, caso precisássemos fugir depressa. O corpo era de um dos homens que atiraram em Pancho e Kate. Ele ainda respirava e gemia, mas estava também com uma pistola na mão. Saquei a winchester e mirei no ordinário. Kate ordenou que ele soltasse a arma ou morreria antes de apontá-la para nós e que estava em nossa mira. Então ele nos olhou fixamente e disse:
_Já estou no inferno? Me lembro de vê-los morrer. Vierem levar minha alma pro Diabo?
_Ainda não morreu bastardo. Onde está Lua Sangrenta?
_Hahahahahaha... Ele ainda não chegou no inferno. E acredito que o próprio Diabo irá buscar a alma dele.
O homem estava delirando.
_Porque ainda sinto dor? Será os pecados que cometi quando estava vivo?
_Você não morreu, seu cretino.
Então Kate se aproximou.
_Saia de perto de mim alma penada.
Ele apontou a arma em direção dela. Mas Kate deu um tiro certeiro em sua mão, mandando a arma pra longe. Ele gritou de dor novamente.
_Minha mão! Estou sangrando.
_Pra você vê que não morreu ainda. Ou acha que iria sangrar no inferno?
Continuei sem dizer uma palavra e não o tirei da minha mira.
_Diga pra onde foi o Lua Sangrenta.
_Minha mão! Sua vaca. Vai pagar caro por isso.
_Você não pode fazer nada. Estou morta.
O homem então se calou e arregalou os olhos. Arrumou o corpo tentando ficar sentado. Segurando a mão que sangrava, e parecia estar horrorizado, murmurou alguma coisa. Kate estava perdendo a paciência.
_Fale agora, ou não terei piedade de sua alma.
Ele balançava o corpo pra frente e para trás, murmurando consigo mesmo. Parecia ter ficado enlouquecido. Desmontei e fui pra mais perto apontando a arma. Kate perdeu a paciência. Foi pra trás do homem e deu-lhe uma coronhada na cabeça. O sujeito não sabia o que fazer. Então, com muito esforço, se levantou e foi se afastando. Nos deu as costas e cutucou a perna. Sacou uma pistola pequena.
_Largue essa arma! _gritou Kate.
Mas o sujeito parecia que não se importar conosco. Sem olhar pra nós, apontou a arma pra sua cabeça com muita rapidez, e atirou. O louco se suicidou. Nem tivemos tempo de reagir contra aquele ato. Só vimos a bala sair pelo outro lado e a fumaça do cano de sua pistola subir aos céus. Kate baixou a arma e virou o rosto pro lado. Baixei também o rifle e caminhei em direção do suicida. Seu corpo ainda tremia em espasmos pós mortum. Recolhi suas armas e munições e coloquei no cavalo. Não havia nada em seus bolsos, e só restava deixar sua carcaça para os animais comerem.
Kate levou sua montaria para nos acompanhar na viajem, e ainda não vasculhamos se tinha algo no bornal ou na pequena algibeira que estavam na sela. Chegamos onde estavam nossos dois companheiros a nossa espera. Falamos o que tinha ocorrido e Pancho fez o sinal da cruz. Resolvemos continuar mais ao norte, ainda estávamos descansados. Quando paramos pra descansar, olhamos na algibeira. Tinha algumas moedas de ouro, uma pequena garrafa com um resto de whisky, munição de 42(a arma do bandido), um papel com alguns nomes anotados, e um rascunho de um mapa. A lista continha os nomes:
Corvo – Thiruana
Antonie – Idaho
Olhos de Prata - ?
E dois nomes riscados:
Jonathan – Rancho Eldorado
Julio – Novo México
O mapa rascunhado dava a direção de Montana ou as regiões ali perto, porque tinha uma grande área de floresta. E tinha a palavra “fria”. Mas não tínhamos idéia do que seria. Talvez um esconderijo, ou um mapa do tesouro, ou um alvo dos bandidos, ou outra coisa. Os nomes foram fáceis de identificar. O John, que, pelo jeito, era o alvo deles, o Corvo, meu pai, e Antonie, um conhecido de July. Um figurão de uma cidade, conhecida como “a cidade do futuro”, perto do Fort Laramie. Julio era uma incógnita pra nós. July ficou com um ar de preocupação pelo que poderia acontecer com Antonie. Eu queria ter ido atrás do Corvo. Mas tínhamos que continuar a nossa caminhada ao Vale da Cicatriz. Não devíamos nos desviar, ou poderia ser tarde demais.


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