Don Pablito

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"Caminhando pelos vastos campos do oeste, percebo minha aguniante jornada pelo por do sol. Solitário, avisto um homem sentado à sombra de uma arvore com uma winchester nas mãos. Tinha uma barba grizalha e parecia um senhor de uns 40 e poucos anos. Me aproximo com reseio de ser um procurado da lei mas sem titubear e nem deixando de colocar a mão em meu coldre, o chamo:
_Olá companheiro! Descansando depois de uma jornada ?
Ele se levanta com muita rapidez e me aponta sua arma.
_Parado aí cowboy. Não se aproxime de mim.
Percebi que tinha uma mancha vermelha em sua barriga e pelo visto ele sangrava, pois ainda havia um certo brilho nela.
_Calma companeiro. Estou apenas de passagem a procura de trabalho.
Então suas pernas enfraqueceram e se ajoelhou ao pé da arvore. Corri para ajuda-lo a se erguer do solo.
_Estou morrendo_ disse ele_ Malditos bandidos. Atacaram minha caravana, mataram meus empregados, levaram tudo, até o que é mais precioso pra mim: minha filha Evelyn.
Disse para o Homem se deitar que eu iria preparar um ungento que aprendi com os indios sherokee. Procuro em minha mochila os ingredientes e quando começo a preparar a pasta, o senhor resmunga algo:
_Meu cavalo está a alguns kilometros ao sul. É um lindo Mustang malhado. Pegue minha winchester e tenho alguma coisa na mochila que pode te servir para algo. Vá atraz do Corvo, aquele bandido miseravel, e salve minha filha.
_Fique com sua arma meu senhor. Vocâ ainda vai precisar dela.
_Não me insulte negando meu presente Cowboy, ou eu te mato.
E abriu um sorriso de canto de boca, seguido de um gemido.
Você é o único que pode salva-la nesse momento. Tome. É uma foto que eu tenho dela. Eles foram pro oeste.
Eu tentando salvar o Homem, mas ele ficava inquieto.
_Vá para a próxima cidade e procure o xerife Mick. Está a algumas milhas daqui.
_Não diga mais nada senhor, eu vou leva-lo a salvo pra lá.
_Idiota. O tempo está passando. E o meu já acabou.
Novamento o sorriso no canto da boca.
_Você me parece familiar. Arg... Você... é filho... cof... cof... do... arrrr.
O velho morreu em meus braços sem terminar sua frase."


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"Vendo o corpo imovel do senhor, que nem sabia o meu nome e eu não sabia o seu, somente de seua filha sequestrada, coloquei o homem nas costas e o carreguei até onde estava supostamente o Mustang. O sol exalstivo me castigava ainda mais com aquele peso extra, mas eu tinha adiquirido uma dívida, mesmo sem saber ao certo o que eu estava fazendo. Mas algo em meu coração dizia que era o certo a fazer.
Caminhei por horas durante a tarde, e no fim do dia, enguanto o céu crepusculava, avistei ao longe uma figura quadrupede. 'Será o cavalo?', falei pra eu mesmo. Me aproximando do cavalo que estava pastando, ele levantou a cabeça e olhou pra mim. era o mustang malhado que o senhor tinha me falado. Com uma bonita sela em seu dorso, crina branca e longa e um belo rabo, o mustang era bem tratado pelo visto. Um relinchar ecoou no silêncio. A poucos metros dele eu coloquei o senhor no chão e logo o mustang veio em minha direção e cheirou o corpo do homem, pasando o fucinho em sua face.
Esses animais tem uma grande inteligência e tentei explicar o porquê de eu carregar seu dono. Observei que havia uma marca a ferro em sua coxa. 'RE'. Seria o nome do senhor que eu carregava, o nome de sua fazenda... Então o belo animal se volta pra mim e fica me encarando enquanto eu falava. Parecia que estava entendendo de alguma forma o que eu dizia. tomei um gole de áqua do meu cantil e o ofereci um pouco para que bebesse de minhas mãos. deu umas boas lambidas e acabou com minha água. Onde eu iria arrumar mais água agora. Procurei na sela de viagem e encontrei um saco de dormir, uma carta, saco pequeno com moedas de ouro, uma corda de 20 metros enrrolada e pendurada na sela, um cantil com áqua(ufa), duas maçãs e uma chave.
Já que o homem deitado no chão me ofereceu suas coisas, não custa nada ver o que ele tinha em seu bornal. Munição de winshester, um tipo de ração para viagem, uma pepita de ouro, um relogio de bolso de ouro com uma inscrição na parte de trás 'Para meu querido e amado esposo Jony. Com carinho, Sthefany' (pelo visto ele era rico ou coisa parecida), lenço vermelho, dois charutos, pederneira e um um outra carta aberta com o nome de Mick.
Não li as cartas por não pertencerem a mim. Levaria esta para Mick e entregaria a outra para Evelyn.
Coloquei o senhor 'Jony' debruçado na minha frente e o que mais achei extranho, foi o cavalo não ter me evitado. Montei e continuei o caminho para a cidade.
Já era muito tarde quando resolvi parar e acender uma fogueira. Os coiotes uivavam na noite fria e sem lua. No clarão do fogo observava a foto da bela filha de 'Jony'. E quem seria esse tal Corvo. Qual o proposito de seu ataque a caravana de 'Jony'... Seria dinheiro... Por diversão... Ou teria algo pessoal contra a familia. Quase não dormi a noite vigiando o corpo de Jony para não ser atacado pelos coiotes.
Com os olhos cerrados pude ver a aurora no horizonte. Mais um dia de viagem começava.


To Be Continued...
 

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"Me levantei sentindo o corpo cançado e estiquei os braços para o alto me espreguisando. Liberei um bocejo e renovei o ar dentro do meu peito. Aproveitei as brasas da fogueira e preparei um chá com meus utensilios que carregava desde a saida do México. A sete anos atrás.
Sinto saudades de minha mãe. Ela ficou em casa com Miquelito, meu tio.
Não conheci meu pai e sei apenas seu codnome: Olhos de Prata. Minha mãe, Juana, me disse que é por causa de seus olhos cinzas, assim como os meus. Um dia ei de encontrá-lo. Mas não sei se ele é, ou era, bandido ou mocinho. Prefiro não comentar com o povo civilizado.
Tomei meu chá e coloquei o senhor Jony no mustang malhado. Tornei a montá-lo e rumei para o oeste, em direção a cidade. Passava o meio do dia e nada de chegar em tal lugar.
Escutei barulho de cascos atrás de mim, cavalos galopando a toda velocidade.
Sem pensar duas vezes empunhei a winchester e me virei para ver o que era, ou mesmo quem eram. Cinco cavaleiros vindo em minha direção, e estavam a mais de 700 metros. Percebi as armas deles. Dois carregavam espingardas e provavelmente todos tinhas pistolas.
'Mãos firmes na arma, força de um bufalo, precisão de uma águia, esperteza de uma rapoza.' Foi o que me ensinou o velho pele vermelha Lobo da Montanha quando passei uma estadia trabalhando em sua aldeia.
Calmo eu estava por fora. Mas por dentro eu me enchia de adrenalina.
O que será que estava por vir... Desviei para o lado para passarem por mim. e nem mudaram a rota que seguiam. 'Menos mal, parece que não estão atrás de mim.' Se aproximavam e a poeira levantava atrás deles. Aumentei o trote do mustang e não baixei a guarda. A poucos metros de mim um dos cavaleiros gritou:
_Salve sua vida Compadre !!! Fuja rápido !!! Eles estão chegando !!!
'Eles quem?' Pensei comigo. Seriam os homens do Corvo?
Não queria ficar pra ver. Se cinco homens armados estavam correndo, e eu que estava sozinho, e com um peso extra, iria ficar ? Pus me a correr junto deles.
_Mas quem está vindo pra ca ? _ perguntei.
_É o bando do Black Nigth. Temos que avisar o xerife Mick.
_São muitos ?
_Sim, devem ser uns 20 a 30 bandidos. E quem é você forasteiro?
_Meu nome é Pablo Fernandes."


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"Continuei correndo com os homens e percebi que, apesar do peso do corpo de Jony, estava conceguindo acompanhá-los. A cidade estava logo a frente, após alguns minutos de correria. Passamos por uma casa modesta onde um dos homens ficou. Continuei seguindo o Rapaz de bigode ralo que me perguntou o nome. Parecia ser um mexicano com seu chapelão nas costas. Adentramos na cidade onde havia uma grande placa: Ouro Negro. Mais dois homens se desviaram pelos lados direito e esquerdo gritando:
_Bleck Nigth está chegando. Protejam-se. Peguem as armas.
Eles iriam, ou pretendiam defender sua cidade. Paramos na cadeia local, onde o xerife e seu ajudante sairam de la de dentro. Vi que era o xerife pela estrela em seu peito. O outro cavaleiro segui adiante avisando os moradores, logo, estava aquele alvoroço. O xerife, imponente, com as mãos na cintura, bigodão comprido, seu chapeu preto de cowboy, logo disse com a sua voz grossa.
_O que está avendo Pancho?
_30 Comparças do Bleck Nigth está vindo nessa direção, e bem depressa.
_Toque o sino de alerta Billy. E pegue suas armas.
_Sim senhor xerife Mick.
Eu estava no lugar certo e na hora errada.
_E você forasterio. Foi atacado por eles?
_Não senhor xerife. Estou viajando pelo oeste e encontrei este senhor ferido no caminho.
Deci do cavalo, peguei a carta com o nome dele e o integrei.
_O senhor Jony não suportou os ferimentos e tombou em minha frente. Antes, pediu que eu lhe fizesse um favor.
_Quem? Jonathan ? Traga-o aqui pra dentro meu rapaz. Rápido.
Falou num tom zangado. Percebi que ele o conhecia mesmo. Coloquei Jonathan em uma mesa que o xerife tinha limpado na hora, jogando as canecas e os pratos no chão.
_Não é possivel... Quem matou meu primo? Onde está o resto do pessoal que vinha com ele? Onde está minha sobrinha? Cadê a Evelyn? Responda forasteiro!
Mick estava desnortiado. Quase me bateu. Respondi sem titubear.
_Sua caravana foi atacada pelo Corvo. Ele rapitou a Evelyn e matou o restante da caravana. Foi o que Jonathan me falou antes de morrer.
Ele ficou em silêncio passando as mãos na cabeça de seu primo.
_Tentei ajudá-lo com o que eu tinha em mãos, mas ele se recusou. Disse pra eu trazer seu corpo pro senhor e ir atráz de Evelyn.
_Jony, seu velho teimoso.
Ficou falando olhando pro corpo de seu parente. Vi que seus olhos se encheram de lágrimas e uma gota escorreu em seu rosto.
_E minha sobrinha? A Camila. Ele falou alguma coisa? Você viu os corpos da caravana?
_Não senhor. Eu só vi o senhor Jonathan encostado em uma árvore. Mas não vi o que aconteceu de verdade com todos os outros.
Enguanto tocava o sino eu ia tirando os pertênces de valor do velho falecido e colocando em seu peito. Coloquei a winchester com a munição, o relógio, o saco de moedas, a carta, a pepita de ouro, a chave, o lenço, os charutos e a perdeneira.
_Isto estava com ele.
Pancho entra pela porta.
_Xerife! Os bandidos já foram avistados devem estar a uma milha e meia daqui. Os homens já estão se posicionando pra recebe-los.
Com um certo ódio, o xerife da um murro na mesa.
_Droga! Logo agora esses Bandidos resolveram aparecer por aqui. Você sabe atirar rapaz?
_Sim senhor.
Ele pegou a winshester com as munições e me entregou.
_Tome, venha lutar conosco.
Colocou os charutos, a carta e o relógio no bolso, a chave e a pepita colocou dentro do saco de moedas, e abriu o lenço vermelho e tampou o rosto de Jonathan.
_Temos muito o que fazer depois da luta.
E foi saindo pela porta com seu ajudante. Pancho me chamou para acompanha-lo e se separou do xerife.
_Venha comigo Pablo. Tem um ótimo lugar pra nós dois aqui no saloon. Depois eu te pago uma bebida por cada bandido que matar.
Fui atrás dele sem ao menos conhecer a cidade de Ouro Negro. Mas um saloon é um saloon. Ou não?"


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"Corremos feito loucos pelas ruas, estavam todos correndo. Uns arrastando dirigências, outros se escondendo atrás de barris, janelas se fechando, cavaleiros indo de um lado pro outro, pistoleiros subindo nos telhados. Já dava pra ver a poeira dos cavalos inimigos quando chegamos no saloon. Lá estava na porta, uma linda loira com seu vestido vermelho e bordados preto, com uma espingarda nas mãos.
_Isso é hora de beber Pancho? A cidade está pra ser atacada e vc vem pra se divertir.
Pancho para em frente a mulher e tira o chapeu cumprimentando-a.
_Querida Jill. Estou aqui para proteger-las de todo mal.
Ela dá uma risada.
_E quem é o bonitão aí do seu lado?
_Meu nome é Pablo, madame.
_Hum... Entrem rápido. As meninas já estão prontas.
_Sim senhora. Venha Pablo. Vomos ficar no segundo andar.
_Com licença senhora.
_Se me chamar de senhora novamente leva um tiro nos testículos. Pode entrar em meu estabelecimento.
E sorriu pra mim. Quando entrei havia cinco mulheres bem vestidas e com armas em punho. Uma morena segurava duas colts 44; Uma mulher de cabelos negros, olhos pequenos e puxados com uma carabina; Uma ruiva com uma calibre 22; Sentada estava uma Morena preparando alguma coisa parecida com TNT e uma Pistola em cima da messa; Uma jovem loira carregando um winshester. Pancho reverenciava todas quando passava por elas. eu atrás fazia o mesmo. O lugar era elegante. Lustre de chifres de veado, 15 mesas com forro aveludado vermelho e cartiçais prateados por cima, um canto para os músicos, no qual havia piano, um banjo e um violino pendurados em suportes, um palco para apresentações, balcão com um homen do outro lado limpando as canecas (este parecia não estar preocupado), uma escadaria que levava para o segundo andar por onde Pancho me levara. No mezanino estava uma mulher forte e vestido curto, com uma arma do exercito. Uma metralhadora. Elas parecem prontas pra guerra mesmo. Passando pelo blacão, Pancho pediu que o homem lhe service duas canecas de cerveja e continuou andando. Subimos as escadas e fomos em direção a mulher da metralhadora.
_Rapazes, me ajudem com essa arma.
_Mas é claro Nina.
Quando me apróximei da mulher, pude ver que ela não era somente forte. Era um espetáculo de mulher. Coxas grossas, seios fartos, cintura fina, lindo traseiro. Corpo escultural num vestido cinza e preto, com detalhes bracos, decote que faziam seu par de seios quase saltarem para fora, sainha tão curta que aparecia não só a cinta liga. Percebi o porquê de Pancho querer ir pro Saloon. Não poderia deixar os bandidos chegarem naquelas mulheres de forma alguma. Pegamos a metralhadora e levamos para a varanda de cima. Pasando pelo corredor, vi várias portas muito próximas umas das outras e armamos a arma no parapeito da varandinha. Já escutavam-se alguns tiros ao longe. Nina armou a metralhadora e ficou posicionada a espera dos alvos, recarreguei a winshester, e Pancho olhava pra Nina. O homen do balcão chegou com as bebidas.
_A senhorita Jill disse que essa é por conta da casa.
Pegamos o cerveja e num só gole, Pancho terminou com a sua enguanto eu dava as primeiras bicadas. Olhei para o horizonte empoeirado. Pareciam mais de 30 cavalos. A uns 15 metros da placa, eles começaram a se espalhar, circundando a cidade. Terminei minha ceveja e subi no telhado. Logo iria começar o tiroteio."


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"Lá do alto pude ter uma visão melhor do cerco. Tentei contar rapidamente quantos inimigos haviam e cheguei no 43. Sem contar a carruagem que ficou parada com uma mulher à guiando, e dois homens à cavalo dos lados. Me deitei no telhado. Tiros de todos os lados eram disparados. Concentrei nos alvos que se aproximavam do saloon pelos fundos. Consegui acertar dois. Um passou pelo meu campo de visão e foi alvejado próximo a porta. Alguma das mulheres do saloon devia está de guarda por lá ou mais de uma. Foram mais de cinco tiros disparados. Arrastei-me para a frente do saloon, e pude ver que os defensores da cidade estavam em desvantagem. Muitos estavam caidos. Acertei mais cinco ou quatro vagabundos que tentaram entrar pela rua principal. A metralhadora atirava sem parar nessa hora. Um dos bandidos recuou até a carruagem que ficara na placa. Fiz uma recontagem de bandidos e de mocinhos abatidos. 32 contra 20.
A cituação parecia estar controlada, mas o tiroteio não parava. Dois homens arrastavam o xerife para a delegacia. Ele foi atingido. Quatro bandidos vieram pega-lo. Pancho acertou dois deles e eu acertei um, o outro se jogou no chão e se esgueirou pela parede de uma das casas para não levar um tiro. Uma bala recocheteou do meu lado direito, e veio de minhas costas. voltei a tenção para o fundo do estabelecimento. Mal cheguei na beira e uma explosão ali próximo levantou muita poeira e fumaça ofuscando minha visão. Fui para a varanda.
_Pancho! Protega a retaguarda do saloon. Nina! Não pare de atirar.
Então o Mexicano entrou na 'casa' correndo e a Senhorita Jill passou pela porta reclamando.
_Agora vou ter que reformar meu Saloon. Não deixe esses malditos chegarem perto Nina. Vamos acabar com eles.
Minha ùltima contagem foi de 25 bandidos e 10 defensores. A coisa tava ficando preta. Desci pelo parapeito me segurando pra não cair de mal jeito, e fui pra delegacia. Corri em meio as balas zunindo meus ouvidos. Quando estava chegando lá, um bandido saiu de trás da parede e mirou em mim. Graças a rajada de metralhadora eu fui salvo. Rolei pelo chão até chegar na varanda do local pretendido. Me arrastei mais um pouco até chegar na porta.
_Xerife Mick! Esta tudo bem com o senhor?
_Não. Levei um tiro no braço.
Menos mal. Pude ver por baixo da portinhola que Billy estava cuidando dos ferimento dele.
_Os bandidos estão pela metade xerife. Mas a carroça ainda está parada perto da placa.
Tiros quebravam vidraças, repercutim por vários angulos, gritos de dor e desespero ecoavam pelas ruas e casas. Estava um belo tiroteio. Típico do Oeste. Olhei pra fora e vi que um dos cavalos estava baleado e morrendo no chão. O mustang estava deitado também. 'Droga. Acertaram meu cavalo'.
_Os cavalos estão morrendo xerife. Estão atirando neles.
_Pegue o Vento do Oeste e saia dai.
_Quem ???
_O mustang de Jonathan. Assovie assim: 'Fiu fi'
E o cavalo se levantou. Era magnifico mesmo o tal cavalo. Ficou de pé e entrou na delegacia.
_Estou Ferido e não posso montar. Acabe com esses bandidos Forasteiro.
Sem pensar duas vezes eu montei o Vento do Oeste. Recarreguei a winshester e sai no galope pelas ruas de Ouro Negro. Pasando pela porta do Saloon, estava a Morena com as duas colts empunhadas olhando pra mim.
_Aonde vai cowboy ?
_Vou pegar esses bandidos.
_Me leve na garupa.
E porque não? Dei o braço pra donzela e a puxei para o lombo do Vento do Oeste. Enquanto eu guiava ela atirava. Ela gritava de euforia e atirava para os lados. Direcionei o cavalo para que circulasse a cidade e coloquei a rédia entre os dentes. Com as mãos livres ficaria mais fácil atirar. Um, dois, três, quatro, cinco bandidos cairam. Meia duzia recuaram pra carroça do inimigo.
_Vamos até o Black Nigth._ falou a pistoleira_ Tenho uma conta a acertar com ele.
_Tem certeza disso mulher?
_Vamos. Não perca tempo. Ou ele irá escapar.
_Yah...
Toquei o cavalo pra correr. E corria muito rápido mesmo. A mulher atirava com os braços esticados pra frente, quase apoiando me meus ombros e me deixando surdo. Acertou três dos que corriam da cidade. Os dois que estavam perto da carroça avançaram pra nossa direção. Parei o Vento do Oeste e desci.
_Continue com o cavalo em zigue-zague. Vou tentar acert-los.
Mirei como se estivesse caçando Lobos nas pradarias do leste. Mas a mulher não fez como eu falei. Foi reto na direção da carroça. Sorte dela eu ter a mira boa pra caçar. Alvegei o da direita. O da esquerda estava atirando e a mulher da carroça se levantou sacando sua arma. Acertei o outro quese próximo na maluca vingativa. Ela deu três tiros com uma das armas e acertou a mulher que estava a guiar a carroça. Escutei um grito da frente.
_Voltem aqui seus covardes. A cidade vai ser nossa. Bando de emprestaveis.
E alguém atirou nas costas dos três que tentava fujir. Um tiro em cada. De trás da carroagem saiu um homem de barba rala e gorro na cabeça com uma pistola nas mãos. Corri em direção da amazona. Ela parou, desceu do mustang e foi andando pra cima do camarada. Assoviei chamando o Vento do Oeste. Ele logo respondeu o chamado e veio em minha direção. Pararam a uns 8 a 10 metros um do outro e ficaram se fitando. Montei e fui pra lá ver o que iria acontecer e dar assistência pra ela. Mais perto pude ouvir ela falando comigo.
_Fique aí mesmo cowboy. Este assunto é entre mim e o Black.
_Hahahahaha... Acha que pode me vencer num duelo Katy. Seu pai não teve esta sorte.
Parei e carreguei a winshester.
_Mas eu não sou meu pai. Esperei por isso a muito tempo. Hoje você morrerá.
Um dos homens que estava caido perto deles levantou a arma e mirou em Katy. Com um tiro certeiro o matei. Os dois olharam Pra mim com as armas em punho, mas viram que eu tinha acertado o bandido.
_Tem uma condição menina. Se eu te acertar vou embora e ninguem deve me seguir, ok.
E colocou a arma no coldre.
_E se eu te acertar você morre canalha.
Colocando a arma no coldre também.
_Concordo. _ eu disse apontando minha arma pra cima."


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Obrigado pelos elogios e críticas. Mas, continuando...

“Um silêncio tomou conta do lugar. Só se sentia a brisa do vento nos cabelos. Os dois se encarando e eu tenso esperando os disparos do duelo.
‘O que eu deveria fazer se Katy morresse? Matava o líder dos bandidos? Ou deixava ele partir? Se eu o matasse minha honra estaria em risco. Mas por outro lado, poderia prendê-lo. Não. Eu disse que concordava com estes termos do duelo. Droga. Devia ter atirado antes. Mas já que Katy esta se vingando da morte do pai, eu não posso fazer nada. Se fosse comigo eu também não iria gostar de intrometidos’.
Pensei enquanto decidiam a hora do ataque. Estavam concentrados e nada poderia distraí-los. Eu escuto sons de cascos vindos em nossa direção. São os moradores da cidade enfurecidos. Tenho que barrar a chegada deles. Virei o Vento do Oeste e retornei ao encontro dos cidadãos.
_Parem aí. Kate desafiou Black Nigth para um duelo. Temos que respeitar as regras.
_Qual foi o combinado entre eles? _ falou um dos homens.
_Se ela morrer, Black irá embora e não vamos segui-lo. Kate tem que matá-lo.
Então ficamos a distância apenas observando. Eu suava. Não sabia se era de nervoso ou pelo esforço do tiroteio. Passaram-se alguns minutos e então os disparos. Dois tiros ecoaram no silêncio daquela tarde. Os dois sacaram quase na mesma hora. Parecia que tinham errado. Mas num instante, Black começou a andar pro lado de Kate. Tentou colocar a arma no coldre, mas ela caiu no chão. O corpo do bandido pendeu para frente e levantou a poeira do chão quando caiu junto da arma. Ela foi mais rápida no gatilho. Kate se aproximou do corpo caído e descarregou as duas armas no homem para garantir sua morte. Soltou um urro de alivio e dor enquanto atirava. Do lado de cá um grito de alegria e chapéus ao ar. Toquei pra frente o Vento do Oeste e fui o mais rápido possível ao encontro dela. Kate se ajoelhou, e quando cheguei, ela estava chorando. Vendo que eu era o único a chegar naquele instante, ela limpou o rosto e se levantou.
_Me leve daqui cowboy. Preciso de um banho.
_Vamos, suba.
Estiquei a mão pra ela. Ela então sorriu pra mim e subiu em minha garupa. Cavalgamos até o Saloon. Enquanto passávamos pelos moradores que faziam festa ela acenava. Pude ouvir ela fungando o nariz, então acelerei mais um pouco. Passando pela delegacia se ouviam os gritos: ‘Black Nigth morreu’. O xerife Mike estava na porta com uma tipóia no braço direito.
_Quem matou o Black? Foi você forasteiro?
_Não senhor. Foi a Kate.
_Muito bem moça passe, aqui depois para conversarmos.
_Sim senhor xerife. Mas antes preciso de um banho.
_Tudo bem. E você forasteiro, temos que resolver nosso problema.
_Vou levá-la pro saloon e já venho aqui.
Fomos pro saloon, e Pancho estava na porta, com os braços em volta da cintura de Nina e da ruiva.
_Conseguiu matar o ordinário do Black Nigth, Pablo? Te pago tudo que quiser aqui do saloon. Bebidas, diversão e lindas mulheres...
_Foi a Kate quem o matou Pancho. Paga pra ela.
_Não acredito. Uma mulher matou o Black! Hahahahahaha.
As duas que estavam com ele o empurraram, e Kate fechou a cara.
_Está nos desmerecendo Pancho? _ falou a ruiva.
_Não ouse tocar em mim novamente, seu mexicano sem vergonha. _ completou Nina.
_Calma minhas meninas. Foi um jeito inusitado de ele morrer. Muitos homens tentaram. Mas uma mulher de fibra o matou. _tentou concertar o mexicano.
_Hunf... Foi bom você ter se explicado. Ou seria meu segundo duelo hoje.
O sorriso sumiu do rosto de Pancho. Kate desceu do cavalo.
_Vamos comemorar. E homenagear os mortos. Venha forasteiro. Você agiu muito bem com essa arma. Sabe usar a outra?
Falou a ruiva com um olhar sensual pra mim. Engoli seco. E tentei dar uma justificativa pra mulher.
_Madame, tenho que falar com o xerife agora. Ele está me esperando. Temos um assunto em andamento.
_Espero que ele não lhe prenda. Vou ficar chateada. Mas se ele não te prender, venha que estarei a sua espera, herói.
_Pode me esperar que eu não vou ser preso. E não sou herói. Kate é a heroína.
_Bobinho. Não demore.
_Com licença senhoritas.
_Ei Pablo. Vou com você.
_Vai nos deixar aqui Pancho? _ perguntou Nina.
_Vou ver como o xerife está, ele foi atingido.
_Oh meu Deus. Espero que ele não tenha se machucado muito.
Falei que estava tudo bem com o xerife e o assunto que iríamos tratar era pessoal. Pancho já estava com um pé no estribo e resolveu ficar por ali mesmo. Kate acenou pra mim e disse também que era pra eu voltar. Parece que minha sorte está mudando. Fui pra delegacia de Mick. Deixei o mustang o no coxo e entrei no recinto. Jonathan estava com uma coberta em seu corpo. Mike estava sentado em sua mesa com um senhor de cartola e paletó em pé a sua frente, e outro homem de chapéu-coco marrom e jaleco sentado na cadeira.
_Com licença senhores.
Fui entrando pela portinhola. Eles se viraram para mim. O xerife Mike foi falando.
_Senhor prefeito. Este é o rapaz que trouxe o corpo de meu primo. “


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“Aproximei e cumprimentei o Prefeito da cidade. O outro senhor de barba cheia e grande ficou me fitando de cima a baixo com um olhar sinistro e falou:
_ Hoje a cidade está com uma nuvem negra por cima dela. Sinto o cheiro de morte no ar.
_Mas também nos livramos daquele bandido cretino do Black Nigth. _ falou o prefeito.
_O assunto agora é outro. _ interrompeu o xerife _ Temos que resgatar Evelyn das mãos do Corvo. Billy me disse que você foi muito hábil com a arma forasteiro.
_Qual o seu nome mesmo rapaz? _ perguntou o prefeito.
_Sou o Pablo Rodrigues e estou à disposição pro que der e vier.
_Muito bem. Sou o prefeito Marcos. Estou nessa cidade há anos, desde quando ela tinha três casas e uma fazenda de exploração de carvão mineral. A mais de 35 anos atrás. Você foi valente e merece um lugar na cidade. Precisamos de homens de valor. Black nos atormentou durante muito tempo por querer a mina de carvão pra si. Alem de outros problemas em outras cidades. Você é vem de onde Pablo?
_Nasci no norte do México. Sete anos viajo pela America a procura de uma oportunidade de trabalho e não voltei pra casa desde então. Passei por muitos lugares até chegar aqui. Sudeste e nordeste americano. Convivi com índios e cacei nas pradarias. Tomei conta de cavalos selvagens nas tribos do planalto e aprendi a cultivar a terra. Aprendi a atirar com meu tio Miguelito e aperfeiçoei minhas habilidades de luta com um velho índio chamado Lodo da Montanha no norte. Não tenho irmãos ou irmãs. Sou filho único. Minha mãe Juana me ensinou a ser um homem. Gosto de assados, tequila e mulher. Ainda não achei uma pretendente pra sossegar minha vida de viajante e aventureiro.
_Histórico interessante o seu meu rapaz. Xerife, tem uma vaga pra um novo soldado?
O xerife estava escrevendo em um pedaço de papel.
_Claro que sim. Já que perdi dois hoje. Billy! Leve este telegrama pro xerife de Coper City. Avise que estamos com o Black Nigth e queremos a recompensa.
_Sim senhor xerife.
E Billy sai em disparada com seu cavalo para o sul. Entraram pela porta dois homens com uma maca e colocaram Jonathan em cima dela, tampado pelo lençol.
_Vamos ver se temos um caixão sobrando. _falou o barbudo sinistro _ Ainda bem que eu me preparo para dias como este. Sempre tem caixão sobrando em minha casa.
_E têm outros para enterrar Stheferson. Logo irei acertar com você.
Falou o xerife para o agente funerário. Mick se voltou pra mim.
_Então Pablo Rodrigues, esta pronto pra assumir seu cargo aqui na cidade?
_Sim. Mas temos que resgatar a filha do seu primo ainda.
_Hum... Pelo visto está disposto a correr esse risco pela minha família. Muito bem. Vamos por partes.
_Xerife, eu te conheço a muitos anos, e Jony fez parte de nossa ascensão e não devemos deixar uma coisa dessa acontecer. Você que tem essa obrigação de encontrar com o Corvo
_É, eu sei muito bem disso senhor prefeito. Não precisa ficar me lembrando do passado. Mas quero deixar o Pablo a par da situação.
_Mas ele é de fora e não faz parte da comunidade e nem de nossa história.
Havia um certo ar de nervosismo no local. E eu estava ficando confuso com aquele diálogo. Eles me queriam ou não na cidade? Continuou o xerife.
_Recebi uma carta de Jonathan. Estávamos nos comunicando freqüentemente nesses últimos meses. Tem alguma coisa acontecendo de errado e eu quero resolver uma situação complicada. Jonathan estava se mudando para Ouro Negro com sua gente e seu gado. Deixou o Rancho Eldorado para viver conosco após a morte por tuberculose de sua mulher Sthefany. Por coincidência, o Corvo sabia dessa viagem, já que ele tentou cortejar sua filha e foi negado por ser um bandido inescrupuloso. Deve ter sido retaliação. Mas vou mandar umas pessoas de confiança investigar. Existe uma cidade chamada Vale da Cicatriz. Onde se encontram muitos bandidos por lá. É uma cidade sem lei e muitos preferem evitá-la. Você vai pra lá pegar informações sobre o paradeiro do Corvo. Aceita sua missão soldado?
_Estou sem fazer nada mesmo. Aceito.
_Isso não está certo Mick. Você que deveria procurar o Corvo.
_Olhe meu braço Marcos. Logo o que eu uso atirar. Por hora não posso fazer muita coisa.
_Está bem. Você é quem sabe. Vou voltar pra prefeitura continuar meus afazeres. Tenham um bom dia.
Cumprimentamos-nos e foi saindo da delegacia. Mas agora eu tinha algo pra fazer e era muito importante. Resgatar a donzela.
_Xerife Mick. Estou um pouco cansado da viagem e do tiroteio. Meu corpo pede por repouso. Nem dormi a noite anterior vigiando o corpo de seu primo pros coiotes não o pegarem.
_Você merece um descanso sim soldado. Uma última coisa: Não confie em ninguém. Nem todos do Oeste querem ser seu amigo.
_Sim senhor. Vou pro saloon tomar um banho, descansar e tomar uma tequila. Mais a noite eu volto aqui.
_Vá meu rapaz, e se ver a Kate por aí diga que sua recompensa por matar Black Nigth está por vir. Tem um detalhe. Ela não é dessa cidade. Chegou a poucos dias, acho que tem uns trÊs dias que chegou aqui. Ela veio do leste.
_OK. Se me der licença, vou recuperar a energia.
_Até logo.
Rumei pro saloon exausto puxando a rédea do mustang.”


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“Andando pela rua principal até o saloon, ouvia mulheres, crianças e jovens chorando pela morte de seus entes queridos. O homem sinistro estava com um lápis e um bloco nas mãos, conversando com uma mulher, e me olhou de rabo de olho quando passei ao lado dele. Depois que eu passei, ele falou.
_Foi só você chegar que trouxe a desgraça contigo. Não é bem vindo aqui.
_Pode ficar despreocupado que irei sair da cidade.
_Bom mesmo. Mas ao menos eu tive um lucro com as mortes.
Parei um instante.
_Como pode pensar desse jeito... Seus vizinhos morreram defendendo a cidade, e morreram com honra. E você? Fez alguma coisa?
_Sim. Fiz os caixões.
_Não rende conversar com você.
_Alguém tem que enterrar os mortos. E esse alguém sou eu. É o meu serviço. Quem sabe você não passa em minha casa pra eu poder medir o seu caixão. Faço um preço justo, já que ajudou a matar os bandidos. Esses irão pra fogueira.
_Não, obrigado. Não pretendo morrer por agora.
_Nunca se sabe quando a mão da morte toca seu ombro meu amigo.
Dei as costas e fui andando. Chegou até a me dar calafrios conversar com o sujeito. De frente pro saloon ouvia o som da banda tocando uma música alegre, risos e gritinhos de euforia. Amarrei a rédea do mustang no coxo e entrei com o winchester nos ombros e o bornal de Jonathan dependurado a tiracolo. Passei pela portinhola e estava uma festa lá dentro. As mesas estavam quase todas ocupadas e as mulheres se multiplicaram de uma hora pra outra.
Jill estava no balcão observando seu estabelecimento e se virou pra mim quando entrei. Nem arrisco a adivinhar a idade dela, mas com certeza passava dos 40. Uma mulher maravilhosa pra idade que tinha. E o melhor: experiente. Veio andado com um rebolado charmoso e sem muita pressa. Passou a mão em meu colete e falou num tom de brincadeira:
_Pra quê a arma nas mãos? Os bandidos já estão mortos docinho.
_Perdão senhora... Quer dizer, madame Jill, mas não tenho o coldre desse rifle. Não iria deixar lá fora.
_Só não cause tumulto em minha casa ouviu?
_Está bem.
_Quer uma bebida? Alguma garota te agradou aos olhos? E que olhos lindos são os seus.
Essa mulher sabe esmo mexer com um homem. Comecei a corar e ela olhando profundamente meus olhos, como se quisesse ver por dentro deles.
_Her... Obrigado. Eu preciso de um quarto pra tomar banho. Não estou com um cheiro agradável.
_Isso é cheiro de homem. Mas confesso que está um pouco alem do normal. Samantha, Shirley. Venham aqui.
Duas mulheres se levantaram de onde estavam. Uma no colo de um dos homens que estavam a defender a cidade, era a ruiva, e a outra estava com uma roupa de cowboy, encostada no piano olhando o senhor tocar.
_Levem este rapaz para tomar banho e sejam educadas com ele.
_Pode deixar _ falou a linda menina com roupa de cowboy.
_Vejo que não foi preso mesmo. _ e sorriu pra mima ruiva chamada Samantha. _ Venha meu herói. Você vai ficar novo em folha.
_Te deixo nas mãos delas cowboy.
Jill piscou um olho pra mim e voltou pro balcão. O que eu mais queria? Sendo levado pra banheira por duas mulheres. Isso já compensava todo o esforço daquela semana solitária. Subimos as escadas e entramos num quarto dos fundos do corredor. Elas me ajudaram e tirar meus trajes empoeirados. Samantha falou pra outra mulher levar minhas roupas para lavar e trazer uma limpa. Sorte minha eu ter algum dinheiro comigo pra pagar pelas despesas. Fiquei apenas de ceroula. E Samanta insistiu em tirá-la. De frente pra mim e com as mãos na minha cintura, foi abaixando o corpo, e com os dedos foi tirando aquele pano que não me deixava ficar nu. Deslizou suas mãos até tocarem meus pés. Num instante me senti flutuando. Que boca maravilhosa. Ficamos ali durante alguns minutos e ela se levantou quando alguém bateu na porta. Era a outra garota com dois baldes com água quente. Pegou minha mão e me levou pra banheira que já tinha um pouco de água fria. Coloquei os pés primeiro enquanto elas derramavam um balde por vez. Esfregaram minhas costas, meu peito, minhas pernas,...
Um bom banho, por assim dizer. Quando eu percebi as duas estavam sem roupa e entraram na banheira. A água transbordava. Nunca tinha passado por aquilo antes. Só sei que foi muito bom. Passou um tempo desde então. Nos enxugamos e vestimos as roupas. Disse para elas descerem na frente. Eu ainda tinha que fazer uma coisa. Não discutiram e saíram. Me ajoelhei ou pé da cama e rezei pedindo proteção pra minha mãe e pra mim. Pus-me de pé, coloquei meu cinto com minha pistola e fui pro salão do saloon. Na porta do quarto tinha uma chave. A usei pra trancar a porta, coloquei no bolso e desci. No topo da escadaria eu pude ter uma visão geral do lugar. Logo vi Pancho sentado de costas em uma mesa perto do palco com nina e Samantha de frente pra mim. Ela o cutucou e me apontou com a cabeça, então ele se levantou e me chamou com a mão. Fui descendo e parei no balcão. Falei pro homem que me serviu a cerveja antes do tumulto:
_Quanto eu devo pelos serviços das garotas ?
_Você vai dormir aqui?
_Vou passar a noite aqui sim.
_Então depois acertamos a sua conta. Estarei de olho em você forasteiro.
_Tudo bem. Pode ficar despreocupado que não vou dar o cano em vocês.
Fez um aceno de afirmação. Kate estava sentada no balcão tomando cerveja. Aproveitei pra lhe dar o recado do xerife.”


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“Já era noite quando olhei pela janela do lado da potinhola.
_Está mais relaxada Kate?
_Aliviada seria o certo a dizer.
_O xerife enviou um telegrama pra cidade de Coper City para mandarem sua recompensa.
_Que recompensa?
_Por ter matado o Black Nigth.
_Nem sabia que tinha uma recompensa por ele. Não o matei por dinheiro. Foi por vingança pela morte de meu pai. Mas o dinheiro será bem vindo.
_O xerife me falou que você não é daqui. Você é aventureira ou estava apenas atrás desse criminoso?
_Sou da cidade de Vale Verde. Na minha busca pelo Black fiz algumas aventuras. Mas o que eu queria mesmo era encontrá-lo. Passei quatro anos procurando por ele. Enfrentei outros bandidos perigosos nesse meio tempo. Pelo menos é o que os moradores diziam. Bando de frouxo. E você cowboy... Como se chama? De onde vem e para onde vai?
_Me chamo Pablo Rodrigues. Sou de um vilarejo no norte do México. Pra onde vou é um mistério, que eu mesmo não sei onde é. Mas por enquanto estou aqui. Procuro trabalho por onde eu passo. Aqui arrumei um que vai ser muito complicado.
_Bom... Você não tem cara de mexicano. Se precisar de companhia na viajem que você nem sabe aonde é, pode me chamar. Formamos uma boa dupla hoje.
_Pra onde eu vou é muito perigoso.
_Perigo!!! Adorei esse lugar.
_Melhor mudarmos de assunto.
Senti uma mão pesada tocar meu ombro. Gelei. Ainda mais depois de escutar o agente funerário falando da morte. Mas pra meu alivio era Pancho.
_Eu vi você matando uns 12 bandidos, ou mais, Pablo. Matou mais que eu. Venha se sentar com a gente ali na frente. Te devo umas canecas de cerveja.
_Só se for tequila. _ falei
_Posso me sentar com vocês? _ pediu Kate.
Pancho a olhou e disse:
_Mas é claro. Quem mata meu inimigo é meu amigo. Ainda mais porque matou o Black. Venha também. Vocês querem me deixar pobre. Mas tudo bem. Agora é festa.
Fomos andando por entre as mesas e as pessoas nos encaravam e levantavam seus copos. Era o reconhecimento pelo que foi feito à tarde. As duas mulheres que já estavam por lá se levantaram. Samantha me beijou na boca e falou:
_Agora vamos fazer uma apresentação para os heróis do dia. Vamos Nina.
Saíram saltitando para uma porta ao lado do palco. Outras garotas também entraram. A música continuava a alegrar o saloon. Pancho levantou o braço chamando uma garçonete.
_Traga três copos e uma garrafa de tequila. Está gostando de Ouro Negro, Pablo?
_Aqui parece ser bem agradável, quando não tem tiroteio.
_E você Kate?
_É... Parece ser bom morar por aqui.
_Aí é que vocês se enganam. Estou nessa cidade a três anos. E esse povo ainda me considera um estranho. É tudo fachada. Os bons dias, como vai, até logo... Estou cansado disso tudo. O que me segura aqui é este saloon. Tenho meu próprio quarto, do lado do quarto da Jill. Temos um acordo de eu proteger suas garotas e ela deixa eu dormir aqui. Mas a bebida eu tenho que pagar. Se não fosse por isso eu já teria ido embora.
_Pelo visto somos três forasteiros. _ falou Kate. _Eu vou sair dessa cidade amanhã. Acho que não serei bem vista.
_E vai pra onde Kate. Ainda não sei. Por aí. Estou gostando da idéia de receber recompensa.
_Ah danada. Eu gostaria de receber esse dinheiro. Oito mil e um pra tirar o pé da lama.
_Oito mil !!! Nossa senhora!!! Nem sabia que era tanto assim.
_Não sabia o valor da recompensa? Que garota de sorte hein... O xerife de Coper City estava oferecendo o maior valor. Tem um cartaz de procurado vivo ou morto na delegacia. Pelo menos no xerife Mick pode confiar. Ele sim é um dos poucos nessa cidade que tem caráter.
_E o prefeito Pancho? _ perguntei.
_Esse é muito estranho. A mina de carvão é dele. Alias. Era do pai dele, que também foi prefeito e morreu um pouco antes de eu chegar na cidade. Não vou com a cara desse engomadinho. O xerife falou que o antigo prefeito era uma pessoa muito boa pros moradores. O filho só pensa na mina. E anda pra cima e pra baixo com dois seguranças que só sabem falar: ’sim senhor prefeito, sim senhor prefeito’ . Bah... Isso enche o saco.
_Então está resolvi por mim. Amanhã vamos partir da cidade.
_Como assim Pablo? _falou Pancho desconfiado.
_Cheguem mais perto que eu vou falar baixo.
Debruçaram em cima da mesa e comecei a falar.
_É o seguinte...
A música parou de uma hora pra outra. Como eu estava de frente pro balcão, pude ver três pessoas entrando no saloon. Era o prefeito e seus quarda-costas. Todos pararam e olharam pros sujeitos.
_Continuem. _ falou o prefeito Marcos _ A música está boa.”


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“Então os músicos continuaram. Mas os sorrisos em seus lábios sumiram de repente. Algumas pessoas pararam até de conversar. Em nossa mesa voltamos à posição de antes do cochicho. E ele veio em nossa direção. E parou na nossa mesa.
_Parabéns garota. Acabou com a raça daquele Black Nigth. Você salvou nossa cidade.
_Obrigada prefeito, mas eu não teria conseguido sem a ajuda de Pablo. Ele sim é que teve a coragem de correr pra cima dos bandidos. Meu assunto era só com o Black.
Marcos se virou pra mim.
_E então Pablo, vai aceitar a sua missão?
_Sim. Não tenho nada a perder.
_Sua vida não vale nada.
Nessa hora, Pancho que estava olhando pro lado, evitando olhar pro prefeito, arregala os olhos pra mim. Mas continuou sem dizer nada.
_Não estamos falando da minha vida. E sim da vida de inocentes que precisam da nossa ajuda.
_Isso é assunto do xerife. Deixa isso de lado e continue sua viagem. Quanto você quer pra ir embora agora.
_Não estou te entendendo senhor prefeito. Primeiro queria que eu ficasse como soldado da cidade, agora quer que eu vá embora?
_Você me entendeu mal, rapaz. Só não quero que desperdice sua vida em vão. Deixaria essas mulheres pra morrer sozinho no deserto?
Pancho se levantou rapidamente. Os seguranças logo colocaram a mão no cabo da pistola e já iriam sacar suas armas. O prefeito fez um sinal pra eles e os mesmo voltaram à posição de antes.
_Ele não está sozinho. Eu irei acompanhá-lo.
Kate olhou meio sem saber o que estava acontecendo e se levantou. Continuei sentado com a arma em punho debaixo da mesa. Mirando nas pernas de um dos cães de guarda.
_Eu também vou. Seja lá onde for.
_Parece que já se decidiram. Então só me resta desejar-lhes boa sorte. Até mais ver.
E foi saindo do saloon. Passou por Jill e sussurrou algo em seu ouvido. Muitos ainda ficaram olhando pra nossa mesa. Só guardei a arma depois que passaram pela portinhola. Vendo meu movimento com o braço, Pancho me deu um leve sermão.
_Você iria atirar no prefeito?
_Não. Iria atirar nos outros dois de sacassem as armas.
_Você foi muito rápido _ falou Kate_ Não vi seu movimento.
_Aproveitei que todos olharam pro Pancho.
_Me usando de isca. Hunf.
_Eu gostei na hora que ele falou de desperdiçar a vida, morrer no deserto, proteger os inocentes... Que lugar misterioso é esse que você vai cowboy?
_Agora eu quero saber o que está acontecendo de verdade. _me intimou Pancho.
_Vamos sair daqui. Estão todos nos olhando. Temos que conversar em particular em outro lugar, e já sei onde.
Levantamos e Pancho passou a mão na garrafa de tequila. Quando fui passar por Jill, ela me puxou pelo braço. Ficou me vigiando o tempo todo que eu estava no saloon. Isso eu percebi, mas não comentei com os dois. Afinal, ela é a dona do lugar, e eu um estranho de outro lugar.
_Venha comigo.
Entramos num pequeno corredor que ficava entre a escadaria e o balcão. Era o corredor do banheiro e ela me puxou pro banheiro feminino. Olhou pra ver se havia mais alguém por lá.
_Você chegou causando problemas.
_E você não é a primeira a dizer isso.
_O Prefeito quer falar com você amanhã de manhã. O que tem pra tratar com ele?
_Sinto muito Jill, mas esse assuntou não lhe diz respeito. E pode ficar tranqüila que eu lhe pagarei pelos serviços que me ofereceu, sem me perguntar se eu tinha ou não dinheiro pra pagar. Se acha que estou de partida, diga logo quanto lhe devo, que pegarei minhas coisas e irei embora.
Falei pegando minhas moedas de ouro. Ela segurou minhas mãos, fechando-as, e olhando nos meus olhos.
_Guarde seu dinheiro. Eu só quero te olhar nos olhos.
_O que tem meus olhos?
_São lindos.
Percebi que havia algo estranho em seu rosto. Ela estava triste e seus olhos quase lacrimejaram. Achei que ela queria ver outra pessoa.
_Já tinha visto olhos assim antes?
_Sim. A um tempo atrás. Ha mais de quinze anos. Você me lembra alguém.
_Por acaso essa pessoa seria o Olhos de Prata?
Ela me soltou e parecia estar espantada.
_Como você o conhece? Onde ele está?
_Também gostaria de saber. Ele é meu pai.
Ela deu dois passos pra trás até encostar na parede. Estava surpresa, espantada, como se tivesse visto um fantasma.
_Só te peço uma coisa Jill. Que essa conversa nunca tenha existido. Mas quando eu voltar, quero saber quem era meu pai.
_Você não o conheceu?
_A última vez que eu estive com ele, eu tinha 4 anos de idade. E não me lembro de seu rosto, como ele era.
_Você é bem parecido com ele. Aonde ele chegava sempre tinha tiroteio, tramóias, pessoas morrendo, e ele sorrindo em qualquer situação. Sempre falando que estava tudo bem. Mas na verdade carregava uma grande tristeza no peito.
_Não diga mais nada Jill. Conversaremos quando eu voltar. Agora tenho um assunto muito sério pra tratar.
Dei um passo e olhei pra mulher que se arrastava na parede, descia até sentar no chão e olhando pro nada. Quem será, ou seria, meu pai realmente. A visão daquela esplendorosa mulher acabada ali no canto, me fez crer que ele não era assim tão amigável. Mas eu tinha minha própria vida e estava seguindo meus passos, e não os dele."


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“Saindo do banheiro pro corredor, estava Pancho me esperando no começo da escada. Parecia estar barrando a passagem. Já devia desconfiar que Jill queria falar em particular comigo.
_Onde está a Jill?
_Ela queria usar a privada. Vamos?
Dei um sorriso sem graça e fui colocando a mão em seu ombro para sairmos dali. Se ele entrasse lá, poderia achar outra coisa de minha pessoa. E a essa altura, isso não seria nada bom. Saímos do saloon e caminhei calado pela rua. A noite estava fria. Parei em frente a delegacia.
_Bom... Acho que não tem outro lugar melhor que a casa daquele que me ‘contratou’.
_O Xerife Mick? Mas você disse que iria partir. Agora fiquei confusa mesmo.
_Você já vai entender Kate.
Passei pela porta e estava Billy sentado com os pés em cima da mesa do delegado local. Assustou-se com nossa entrada e se levantou rapidamente.
_Já está de volta Billy? Pensei que iria até Coper City.
_Só fui entregar o telegrama nos correios. Eles têm como passar a mensagem mais rápido do que eu. E então? Algum problema?
_Por enquanto não Billy. _ falou Pancho com sarcasmo_ Mas se o xerife visse você com os pés em sua mesa, ira te fazer lavar todas as barras da grade da prisão e esfregar o chão. Hahaha.
_Nem me fale em lavar essas grades Pancho. Tenho trauma disso.
_Estamos querendo falar com o xerife em particular.
_É sobre a sua investigação?
_Morte, espionagem, mistério, bandidos, inocentes... Está ficando cada vez mais interessante cowboy. _Falou Kate contando os dedos.
_Acho eu que ele também disse que não era pra contar pra ninguém Billy.
_Her... Desculpa e que voltei do armazém agora e pedi para prepararem algumas coisas pra sua viajem. O Xerife que mandou.
_E aonde ele está ?
_Foi na casa de Stheferson contar os mortos.
_Vai demorar muito ?
_Acho que não. Se ele não resolver passar no saloon vai estar aqui em pouco tempo. Sentem-se. Querem algo pra beber.
_Já temos a tequila meu jovem. _Falou Pancho levantando a garrafa_ Só nos falta os copos.
Billy pegou os copos e nos deu a cada um. Arriscou até a tomar um gole no copo de Pancho. Passaram mais de 40 minutos e estávamos apenas bebendo e olhando pro tempo. Resolvi falar alguma coisa.
_Vou adiantar alguma coisa enquanto isso.
Billy ficou a nos olhar. Os outros dois puxaram sua cadeiras pra mais próximo de mim.
_Billy, está sozinho aqui, não?
_Sim. _falou meio desconfiado e foi colocando a mão em sua arma. _ O que pretendem fazer?
_Vamos conversar em segredo e gostaria que você vigiasse a entrada.
_Ufa... Pensei que queriam me sacanear.
_Hahahaha. Mas você é muito bocoió mesmo Billy.
_Poxa Billy, pensei que o xerife Mick tinha dito que sou um soldado da cidade.
_É... Ele falou.
Se levantou e foi pra entrada meio sem graça. Voltei para meus companheiros de viagem.
_Vou contar desde o começo.
Contei da minha viagem, de quando encontrei Jonathan até a ordem do xerife. Billy esticou as orelhas, e olhava hora pra dentro, hora pra rua. Pancho falou.
_Então é isso... Ai, ai... Se eu soubesse não teria dito que iria. É suicídio entrar no Vale da Cicatriz. Sem contar o mundo de bandidos que há por lá.
_Nem é tão difícil assim meu caro Pancho. Eu acabei de voltar de lá.
_Você estava lá Kate? _ falou espantado.
_Sim, estava. E não foi a primeira vez. Onde mais eu iria encontrar alguém vivo que soubesse do paradeiro do Black. Lá é um lugar muito cavernoso. Se forem bonzinhos demais acabam virando escravos na mina de ouro do Governador de lá, o Mascara. Pelo visto ele está expandindo os ‘negócios’. Agora quer cortar as arvores lá por perto.
_Meu Deus Kate. Você esta me surpreendendo.
_Que nada Pancholito. Desde que Black Nigth destruiu minha casa e matou meu pai eu tento me virar. Temos que ir rápido pra lá. Antes que chegue a notícia da morte do canalha.
_Onde fui me meter...
Billy entrou na delegacia.
_O xerife esta vindo. É melhor prepararem os ouvidos. Não está com a cara boa.
Então o xerife aparece com um dos soldados empunhando uma espingarda. E Mick foi logo falando:
_Mãos na cabeça. Vocês estão sendo detidos. Não tentem nenhuma gracinha”


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“Apontou a arma pra mim e Billy sem saber ao certo o que estava havendo, sacou a arma também. Somente Pancho não levantou os braços.
_O que é isso senhor xerife? O que o Pablo fez?
_Belo segurança é você hein Pancho. Estou voltando do saloon. Pelo jeito nosso amigo tem alguns segredinhos. A muito tempo não via Jill naquele estado. O saloon está fechado por causa desse sujeito aí.
_O que você fez com a Jill, Pablo? _ Pancho me pegou pela gola da camisa e armou um soco.
_Falei a verdade. Contei quem eu sou.
_Onde está seu pai moleque? Vamos diga. _ insistiu o xerife_ Temos contas a acertar. Eu e ele. Bem que eu desconfiava que já tinha te visto em algum lugar.
_Ela Te falou o que conversamos?
_Contou tudo. Agora está chorando em seu quarto. Sorte sua que a Nina estava no estábulo cuid...
E Nina entra pela portinhola, pisando duro no chão, com meu winchester apontado pra minha testa.
_Cretino. O que você fez pra minha mãe? _ e armou o rifle.
_Nina!!! Já está tudo sobre controle aqui na minha delegacia. Sua mãe precisa mais de você lá do que aqui.
_Calma meu docinho. _falou Pancho_ Ele já está em minhas mãos. Só quero que ele se explique antes de quebrar-lhe todos os dentes da boca.
_Acho que não quero saber. Vai ter que se explicar com seus antepassados no inferno.
Encostou o cano do rifle na minha cabeça e vi o cão da arma se mexendo. Mas o xerife interferiu com um grito.
_Pare Nina!!! Não mate teu irmão.
Agora que a coisa ficou mais esquisita do que já estava. A essa altura, Kate já não estava entendendo mais nada. Tão pouco eu. E coitado do Billy. Estava de boca aberta. Pancho foi soltando minha camisa. Mas o soldado não se mexia. Nina afrouxou o dedo do gatilho e foi afastando a arma devagar.
_Como assim meu irmão?
_Irmã? _ falei surpreso também.
_Vá falar com sua mãe Nina. Ela pode te explicar melhor.
Baixou a arma e foi afastando lentamente o seu belo corpo e me olhando fixamente. Pude observar os olhos de Nina. Se pareciam com os meus. Pancho já havia me soltado e afastou um pouco pro lado.
_Meu irmão?
Nina estava confusa. Deixou a arma cair, se virou de costas e saiu correndo. Pancho foi atrás dela gritando seu nome. Eu estava sem saber o que fazer com aquela situação.
_É Pablo... Você é igual o seu pai. Admito que tem coragem, é destemido, mas onde passa cria o caos. Hoje está um dia daqueles. Tentaram invadir minha cidade, meu primo está morto, minha sobrinha desaparecida junto da Evelyn, levei um tiro, escutei lamentos das viúvas, o saloon fechado, Jill está triste... O que mais falta acontecer?
Continuei calado. Kate ainda estava com as mãos levantadas.
_Kate. Já foi enviado o pedido de recompensa por ter matado o Black Nigth. Pelo menos uma noticia boa. Um procurado está morto. Pode baixar as mãos.
_Obrigada xerife. Mas pelo visto o problema todo é o pai do Pablo. Acho que ele não tem nada contra essa cidade. Se tivesse acho que já teria feito o mal a muito tempo, não acha? Teria se aproveitado do cerco pra acabar com você, o prefeito e todos que se opuserem em seu caminho. Pelo que eu soube, ele fez o possível pra salvar seu primo, trouxe ele nas costas e lhe devolveu seus pertences. Caso contrário, teria deixado o corpo dele pros coiote e urubus, e fingiria que nada tivesse acontecido. Ele teria matado o Black se eu não tivesse o desafiado pra um duelo.
_Não precisa me defender Kate. Você ainda não me conhece direito.
_Isso mesmo. Porque o defende Kate?
_Qualquer um que tentasse salvar um ente querido meu, merece meu respeito e minha arma.
_É melhor você se acalmar mocinha. Ou vai pra trás das grades junto dele.
_Então o solte. Estou tão perdida no assunto quanto ele. Acho melhor nos liberar. Vamos conversar e nos deixe preparar para partir na missão que o senhor ofereceu.
_Ofereci somente para o Pablo. E não venha me dar ordens em minha casa, em minha cidade.
_Eu chamei a Kate e o Pancho pra me acompanharem. Quer dizer. Eles se ofereceram pra me acompanhar.
_Como assim? Como sabiam da viagem?
_Está tomando conta da sua cidade xerife? Parece que tem coisas acontecendo e que você não sabe.
_Como ousa falar assim de mim. É claro que tomo conta da cidade. Quem você pensa que é pra falar assim desse jeito comigo?
Ele se levantou e foi andando em direção de Kate. Ela sacou as duas armas e apontou uma pro Mick e a outra pro Billy. Billy levou um susto. E o xerife parou imediatamente. O soldado apenas parou de mirar com um olho pra minha cara e olhou pra Kate.
_Que atrevimento é esse?
_Calma xerife, vamos todos nos acalmar, ou meu dedo pode tremer e disparar por acidente. Coloquem suas armas no chão.”


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“Billy colocou de imediato a arma no chão. O xerife relutou em colocar a sua.
_Não tire os dois da sua mira soldado. Se ela atirar, mate-os.
_Sabia que na cidade de Vale da Cicatriz, a sua cabeça vale mais que a do Black Nigth, xerife.
_Vai querer outra recompensa? Veio me matar?
_Não senhor. Mas o prefeito Marcos ofereceu dinheiro pro Pablo ir embora da cidade pouco antes de virmos pra delegacia tratar da viagem de resgate.
_Como assim? Que falcatrua é essa?
_Acho que alguma coisa não está em ordem por essas bandas. Achei o prefeito muito estranho. Mais estranho ainda é o papa-defuntos. _falei temendo uma retaliação do xerife _ Ele me queria na cidade, depois queria que eu fosse embora e falou que o senhor deveria ir atrás do Corvo. Não acho isso normal.
Mick continuava com a cara fechada mas não disse nada. Kate fez um sinal com a arma da mão direita para que Billy se afastasse para trás. Em um momento percebi que o soldado olhou de rabo de olho para trás de si e tinha uma sombra próxima à porta. Voltou a me encarar. Billy afastava devagar.
_Percebi que o prefeito anda muito estranho ultimamente._comentou o xerife. _Talvez eu devesse investigá-lo. Alguns moradores estão insatisfeitos com sua regência. Algo está acontecendo por aqui. Confesso que estou abalado pela morte e pelas noticias de meu primo. Vamos conversar.
_Que fique bem claro que eu não quero o seu mau xerife. Não sou bandida. Só não gosto de ver injustiças.
_E eu só queria poder ver meu pai e saber quem ele é, ou era, realmente.
_Bom... Acho que já posso recolher minhas armas.
_Abaixe a arma soldado.
O soldado olhou pro xerife sem mexer a cabeça. Olhou pra trás e voltou a olhar pra mim. A sombra não estava mais lá, mas quase pude ouvir um cochicho. Kate estava baixando as armas. O soldado continuava com sua postura.
_Vamos soldado. Não escutou a ordem?
_Sim senhor xerife.
E virou a arma para Mick, mudando assim o seu alvo. Num reflexo rápido saquei minha arma e atirei no peito do soldado que disparou contra o xerife. Acertou seu chapéu preto fazendo sair de sua cabeça. Corri em direção a entrada da delegacia mas não havia ninguém nas ruas. Dois soldados estavam vindo do leste pra acudir e verem o que estava acontecendo ali. Voltei pra dentro.
_Você está bem xerife?
_E essa agora? Até meus homens me atacam... Algo está acontecendo aqui nessa cidade e eu não estou sabendo.
_O Senhor viu agora que não lhe queremos mal? Somos os mocinhos, e mocinha.
Sorriu para o xerife. Billy pegou sua arma do chão quando chegou os outros dois guardas apontando as armas pra gente.
_Parados em nome da lei. O senhor está bem xerife?
_Sim, estou bem. Mantenham a guarda na porta da delegacia. Ninguém deve entrar. Ninguém mesmo. Somente se for em caso de extrema urgência. Billy dê a ordem para os outros ficarem alertas e rondarem a cidade a procura de alguma coisa suspeita. Caso acharem algo, traga aqui. Você vai ficar responsável pela delegacia até eu voltar. Se tiver dúvida em alguma coisa me chama lá em cima. Quero ver como se sai depois de eu lhe ter ensinado tudo que sei. Dispensados.
_Sim senhor! _ os três falaram juntos.
_Me acompanhem pra minha casa.
Billy pegou seu chapéu e saiu correndo pela portinhola. Os outros dois montaram guarda na entrada. Na delegacia tinha uma escada nos fundos da mesa do xerife que subiam pro segundo andar. Subimos atrás dele e chegamos no segundo piso. Dava em uma sala bem arrumada, tinha uma porta atrás de dois sofás de couro de dois lugares cada, uma lamparina acesa na mesa de centro que ficava em cima de um tapete de peles de búfalo, um quadro representando o movimento de um saloon, um lobo cinzento empalhado numa estante contendo alguns papeis empilhados do lado, uma cabeça de touro pendurada na parede, algumas fotos em cima de um oratório no canto direito do lado de outra porta e duas janelas fechadas com cortina bege. Ali era a casa do Mick.
_Sentem-se, querem beber alguma coisa pra relaxar?
_Estávamos tomando tequila. Ficou lá em baixo.
_Eu vou lá pegar. _ falou Kate se levantando e desceu as escadas.
_Eu quero um whisky.
_Vou contar minha história desde o começo.
Comecei a contar minha história quando Kate chegou. Contei como foi minha infância no México, o porquê de sair da casa de minha mãe, e de quando cheguei no Alabama. Falei dos 4 anos que passei na aldeia Cheyenne em Tennessee, e do amor que eu senti por uma nativa de lá. Mas o chefe da aldeia proibiu nossa união. Então fui pra Boston, porque tive relatos sobre meu pai, mas não encontrei nada sobre ele. Fiquei um tempo pro lá trabalhando num rancho. Um fazendeiro me falou de um lugar onde eu poderia encontrá-lo. Fui pra Chicago. E agora estou aqui, na fronteira de Iowa com Kansas. Kate aproveitou que eu estava falando de mim e resolveu contar a sua história. Falou da vida com o pai e a sua irmã mais nova em uma cidade da Carolina do Norte, onde seu pai era o xerife local. Contou também o que Black tinha feito com sua família. E como superou as dificuldades durante a perseguição ao bandido. Tínhamos histórias tristes e alegres. Mick também contou um pouco de sua vida. Pelo menos, algo em comum nós três tínhamos. Mick conhecia meu pai e já tinha conversado com o pai de Kate. Isso deu um voto de confiança a mais para nós dois. Meu pai não era bandido nem mocinho. Pelo que falou o xerife, ele atuou dos dois lados da moeda. Me falou que ele foi caçado, tanto pelo exercito quanto pelo crime organizado, e o ajudou a se esconder de ambos. O acerto de contas com meu pai era uma explicação por ter deixado Jill e sua filha Nina, que era minha irmã mais nova por parte de pai. Ele acha que o pegaram em algum lugar do Arizona. Pois era a última notícia de onde ele estava. O xerife também falou que a única pessoa da cidade que poderia nos acompanhar era Pancho. E falaria pro homem do armazém preparar mantimentos e equipamentos pra mais duas pessoas. Passamos horas conversando e resolvendo o que fazer. Mas já estava decidido. Íamos pra cidadela de Vale da Cicatriz antes do sol nascer. Depois de acertarmos tudo falei que iria descansar e Kate me acompanhou até o saloon.
Billy disse que o prefeito passou por lá na delegacia mas não deixou o homem entrar. O prefeito Marcos falou que iria pedir pra punir o seu ajudante pela insolência. Mas Mick nem ligou e falou que o jovem fez um bom trabalho de não perturbá-lo. Peguei o meu rifle e saímos.
Na porta fechada do saloon, Kate chamou Sebastião, o homem do outro lado do balcão, para liberar a entrada. Com seu jeito sereno e desconfiado, o homem abriu e nos deixou passar. Algumas mulheres que estava bebendo alguma coisa e jogando baralho nos olhavam com as caras fechadas sem dizer nada. Subi pro meu quarto e fiquei deitado pensando no dia que estava por vir. Tentei tocar minha gaita pra refletir um pouco. Mas não consegui. Nem me lembro quando adormeci.”


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“Antes de o sol nascer, alguém bateu na porta e eu acordei. Era Sebastião.
_Bom dia. Esta na hora de partir.
E saiu andando. Como ele sabia que eu iria sair bem cedo? Deixa pra lá. Meu dia anterior foi um dos mais estranhos. Minha roupa estava arrumada no criado mudo. Elas devem ter a copia da chave. Me lembro de ter trancado a porta. Sem contar que Nina estava com meu winchester na delegacia. Peguei minhas coisas e desci pra salão. Nina estava tomando um copo leite no balcão junto com Pancho. Aproximei-me de Sebastião, que estava lá também, para pagar a conta.
_Quanto eu devo ao saloon?
_Pelo banho, as duas companhias, roupa limpa, pernoite, acho que dá 70 dólares.
_Tome 100 dólares, e fique com o troco pelo infortúnio de ontem à noite.
Quase fiquei sem dinheiro. Ainda me restava 50 dólares. Nina e Pancho estavam sem graça com a minha presença ali e não disseram nada. Puxei assunto:
_Está pronto pra partida Pancho.
Ele me olhou com uma cara de burro sem dono.
_Me desculpa por ontem à noite. Mas saber que minha sogra estava com problemas me deixou fora de mim. Ainda mais que Nina estava furiosa. Perdão cunhado.
_Deixe disso. Eu faria a mesma coisa em seu lugar. Pegue suas coisas porque vamos partir daqui a pouco.
_Não está com raiva?
_Não. Estou aliviado por não perder os dentes e ter uma bala na cabeça.
_Eu também tenho que lhe pedir desculpas Pablo. Ver minha mãe chorando foi de mais pra mim. Perdi a cabeça.
_Mas é claro que te perdôo minha irmã. Pra mim foi uma surpresa saber de alguma coisa do nosso pai. E Jill, onde está?
_Ainda está dormindo.
_Já que não temos desavenças, vou pegar minhas coisas Pablo. Afinal, dei minha palavra que iria nessa jornada com você. E Kate já me falou tudo ontem de noite.
_E por falar nela... Ela já acordou?
_Já chamei ela também. _ falou Sebastião. Tome cuidado no vilarejo aonde vão. Se souberem quem são vocês, eu não sei do que são capazes de fazer. No mínimo irão escravizá-los.
_Já esteve por lá?
_Sim. Eu era escravo na mina de ouro. Mas por sorte seu pai me tirou de lá. Desde então sou grato a Olhos de Prata. Ele e Jill me acolheram aqui quando Nina ainda era criança. Seu pai tem um coração enorme apesar de ter sido bandido no passado. Pelo que sei, você deve ser filho da mexicana com quem ele teve um caso, quando fugiu pro México e estava sendo procurado pela lei. Mas isso é passado. Agora você tem que olhar pra frente e seguir seu caminho.
_E farei isso mesmo.
Nesse ínterim, Kate desceu as escadas. Estava com uma calça de cowboy marrom, camisa xadrez azul e um colete preto, tinha feito duas tranças em seu cabelo e usava um chapéu branco.
_Vejo que está preparado cowboy. Pancho já apareceu por aqui?
_Sim. _ falou Nina_ Ele foi pegar a mochila dele.
_Kate, uma coisa me intriga. Por que você me ajuda dessa forma? Como sabe que não vou sacaneá-los?
_Sou mulher. Vejo o que os homens não vêem. Minha percepção é ótima e temos o 6º sentido. Vi que você tem um bom coração e não vai nos passar pra trás. Alem do mais você é filho do Olhos de Prata.
_Mas eu não sou igual o meu pai como dizem.
_Mas parece_ respondeu Sebastião.
Pancho chegou carregando um rifle, uma escopeta calibre 12, sela de viagem, uma mochila, faca e pistola na cintura.
_Vamos então. Ainda tenho que selar meu cavalo. Vamos lá pra fora.
Na saída do saloon estava meu mustang e um cavalo branco. Um lindo Paint Horse com sela vermelha e couro escuro. O xerife vinha pela rua com um guarda ao seu lado. E acenou de longe. Retribuí o aceno.
_Belo cavalo esse branco hein. _ falei.
_Gostou? Era do meu pai. E não é um cavalo. É uma égua. Betty o nome dela.
Falou Kate acariciando-a. Nina trás o cavalo de Pancho. Que era um belo animal por sinal. Um forte Appaloosa negro com pintas brancas no lombo. O xerife chegou e foi falando com a gente.
_Estão prontos pra partir? Já passei no armazém do Humberto pra vê se estava tudo certo com suas bagagens. Ele está esperando por vocês.
_Falta eu terminar de selar Nacho. _falou Pancho.
Quando terminou de selar, Nina deu um demorado beijo em Pancho.
_Tome cuidado meu querido. Estarei te esperando.
E depois se voltou pra mim.
_Temos muito o quê conversar ainda meu irmão. Tome cuidado também. Não deixe Pancho fazer besteiras.
Abraçou-me bem forte e me deu um beijo no rosto. Ela estava com os olhos lacrimejando. Montamos nos cavalos. O xerife falou com o mustang:
_Cuide bem dele Vento do Oeste. _ e se virou pra mim _ Sabia que este cavalo era de seu pai, Pablo? Foi pago como dívida de jogo pro meu primo. Nunca tinha visto seu pai chorar, a não ser naquele dia. Vão embora antes do sol nascer e o povo começar a acordar. Vocês têm muito chão pela frente.
_Não se preocupe xerife Mick. Traremos suas meninas sãs e salvas.
_Assim espero.
_Xerife. _ falou Kate_ Quando chegar minha recompensa, guarde-a pra mim.
Afirmou positivamente com a cabeça. Fomos pro armazém onde um senhor de barba branca estava olhando pela janela. Abriu a porta do estabelecimento e nos mandou entrar.
_Estão aqui as coisas que o xerife pediu pra separar. Tem um cavalo de carga nos fundos, com uma algibeira, vou lá buscar ele. Se precisarem de mais alguma coisa é só falar.
Tinha uma corda de 80 metros, três sacos de ração pra viagem, 10 quilos de ração pra cavalo, carne seca, uma panela, frigideira, três cantis, dois barris de 20 litros de água, uma tenda, canecas, pratos, talheres, lamparina, um frasco de 1 litro de querosene, pederneira, 5 quilos de batata, 3 quilos de feijão, um saco pequeno de sal, uma caixa com 10 velas. Olharam o que tinha pra usarem e deixaram apenas os talheres, os pratos e a panela. Pancho ainda pediu uma garrafa de tequila e outra de whisky. Kate pediu um saco com quatro quilos de maçãs. Ela falou que era pros cavalos. Perguntamos se devíamos pagar os extras. Ele disse que anotou e o xerife iria pagar. Colocamos então o mantimento na algibeira do outro cavalo que estava lá fora pra gente. Pancho se ofereceu para puxá-lo. Quando estávamos prontos pra partir e o céu começava a clarear, o xerife apareceu com um saco nas costas.
_Olhei para suas armas e resolvi pegar alguma munição na delegacia.
Tinha: quatro caixas de munição para pistola calibre 38, duas de calibre 44, uma de calibre 12, duas para winchester, seis dinamites e 4 algemas. Havia também um saco com dinheiro dentro deste com 1000 dólares.
_Boa viagem meus amigos. Tragam minhas garotas.
Despedimos dos dois senhores e partimos rumo ao noroeste americano. Direto para Vale da Cicatriz.”


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“O sol já estava esquentando quando olhamos para trás e vimos a cidade de Ouro Negro no horizonte. Observamos se havia alguém por perto e não tinha. Dividimos a carga entre nós, as munições. Eu já tinha alguma comigo, mas como iríamos pra um lugar hostil, tínhamos que nos recarregar. Depois partimos rumo a cidade sem lei o mais rápido que podíamos. Um dia inteiro de jornada e nada de ver alguma pessoa. Era ‘deserto’ o lugar. Já era noite quando paramos pra descansar os cavalos e nosso traseiro. Kate resolveu fazer um ensopado de batatas com carne seca. Pancho e eu ficamos encarregados da lenha pra fogueira enquanto Kate preparava os utensílios e ingredientes. Pancho preparava a fogueira, e eu dei água e alimentei os cavalos com maçãs. A lua estava minguante e o céu estrelado. Uma brisa leve e fresca batia em nosso rosto. Kate estava terminando o rango, quando ouvimos alguns uivos dos coiotes. O cheiro da comida deve ter atraído eles pra nosso acampamento.
_Querem montar a tenda? _ perguntei.
_Eu estou acostumada a dormir no sereno com meu saco de dormir.
_Eu não gosto dessas tendas. Demora pra montar e ainda não entendi porque a trouxe Pablo.
_Eu trouxe no caso de cair um temporal e quando encontrarmos as meninas. Estava pensando na volta. Mas se não querem montar tudo bem. Eu também não gosto de tenda.
_Está pronto rapazes. Sirvam-se.
Estava bom e a fome ajudou a comer todo o ensopado. Kate pegou uma garrafa de tequila que estava pela metade.
_Querem um trago de tequila? Essa é aquela garrafa que tomamos ontem na casa do xerife.
Pegamos os copos e os enchemos da bebida. Tomei uns goles e peguei minha gaita. Toquei um blues country pra relaxar. Kate enrolava fumo numa palha e Pancho bebia sua tequila. Toquei mais duas musicas e parei pra recuperar o fôlego.
_Vou montar a primeira guarda. Vamos fazer revezamento.
_Eu posso ser a última, cowboy. Estou com sono.
_Tudo bem.
_Eu vou tentar dormir agora então. _ falou Pancho _ Me acorda de madrugada.
_OK.
Peguei o winchester e fiz a ronda. A noite estava calma e fizemos a ronda com tranqüilidade. Na manhã, Kate nos acordou com o cheiro de chá de ervas. Ela preparara o café da manhã pra gente. Nos alimentamos e partimos pra viajem. Cavalgamos pelo terreno desértico até entardecer. Ao longe, vimos um cavalo. Teríamos mais um na nossa jornada. Poderia colocar as meninas nele quando voltarmos. Concordamos em pegá-lo. Chegamos mais perto e vimos um homem caído no chão se arrastando. Gritei para meus companheiros:
_Peguem as armas.
O homem no chão escutou nossos cavalos se aproximando e se virou, ali deitado, pra nós. Entrou em desespero mas não conseguia se levantar. Pancho parou a poucos metros e nos deixou continuando. Paramos próximo dele e o homem dizia:
_Não me matem. Por favor. Não me matem.
Estava implorando por sua vida e parecia que tinha a perna quebrada.
_O que aconteceu meu senhor? _ perguntou Kate.
_Vocês não são do bando do Lua Sangrenta?
_Quem? Nunca ouvi falar.
_Não tente me enganar. Se veio me matar, acabe logo com isso. Não voltarei praquele lugar.
_Lua Sangrenta é um bandido sem coração. _ me explicou Kate _Ele tem esse nome por causa de uma cicatriz em seu rosto. Dizem que quando criança, seu pai lhe bateu com um chicote de guiar carroça. Apanhou tanto que ele mal podia respirar de dor. Um dia pegou um facão e matou seu próprio pai. Esquartejou seu corpo e jogou pros porcos comerem. Sua mãe tentou impedir aquele menino de tal brutalidade e ele simplesmente lhe bateu com um porrete na cabeça. Pegou uma corda, amarrou-lhe os pés em uma ponta, a outra ponta amarrou na sela do cavalo e galopou 5 quilômetros arrastando-a e deixando ela toda esfolada. Desde então esse homem ficou louco e tem uma síndrome de perseguição. Acha que os espíritos de seus pais estão atrás dele e vão levá-lo pro inferno.
O Homem arregalou os olhos e parou de lamentar. Eu fiquei surpreso com o conhecimento de Kate. Fiz um movimento com a mão chamando Pancho pra perto da gente. Desci do Vento do Oeste e aproximei do homem no chão.
_Pode ficar tranqüilo agora senhor. Nós somos os mocinhos. Deixe-me examiná-lo.
_Graças a deus não são os bandidos. Consegui fugir do acampamento deles que está mais ao norte. Na fuga, acertaram um tiro em minha mulher e ela caiu do cavalo. Tentei pega-la mas eram muitos e atiravam sem parar. Acertaram minha perna. Ela pediu que eu buscasse ajuda. Sou um caixeiro viajante e eles estão com minha mercadoria. Estou fraco. Perdi muito sangue.
_O que iremos fazer cowboy? Continuamos nosso caminho ou ajudamos esse pobre homem?
Fiquei pensando enquanto preparava um medicamento pro senhor. Dava pra ver a mancha vermelha na calça rasgada do homem e do lado direito do cavalo.
_O que vocês acham?
_Vamos treinar tiro ao alvo com esses cretinos. _ falou Pancho.
_O que vocês decidirem eu farei.
Rasquei um pedaço do meu poncho e amarrei junto do ungüento no ferimento do homem. Ele deu um grito de dor.
_Vamos salvar sua mulher, meu senhor. Monte em seu cavalo e vá pra Ouro Negro. Lá, procure pelo xerife Mick e diga que Pablo, Kate e Pancho estão a caminho do destino deles e logo estaremos de volta.
_Obrigado meu rapaz. Quando voltarem pra sua cidade eu deixarei algo com o xerife para recompensá-los. Salvem minha mulher.
_Me ajuda a colocá-lo no cavalo, Pancho.
Pancho desceu de Nacho e veio me ajudar.
_Consegue cavalgar senhor?
_Vou tentar.
_Ouro Negro está a dois dias de cavalgada. Vá depressa.
E saiu no galope. Olhamos pra cara um do outro sem dizer nada por alguns segundos. Montamos e então eu falei:
_Vamos pegar esse bandidos. Talvez conseguiremos alguma informação sobre o Corvo.
_Vamos.”


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“Cavalgamos para o norte sem saber ao certo o que encontraríamos. Já era noite quando avistamos um clarão mais a nossa esquerda. Fomos mais calmamente investigar o que era.
Um acampamento. Chegamos mais perto e pudemos visualizar melhor o local. Duas carroças, 15 cavalos, e alguns homens sentados perto da fogueira. Descemos dos cavalos e fomos a pé. Dava pra escutar o barulho da conversa deles. Um grito de mulher nos fez parar no meio do caminho.
_Ahh... Não me toque. Me solta seu imundo.
_Cala a boca mulher.
Ouvimos estalos de tapa. Ela estava apanhando.
_Malditos covardes. _ falou Pancho.
_Pancho. Eu e você vamos cercá-los pelas laterais.
_Eu posso chamar a atenção deles pela frente. Vocês me dão cobertura rapazes.
_Mas é perigoso você ir pra cima deles Kate. É melhor ficar mais afastada.
_Sem chance! Não irão se divertir sozinhos. E eles não estão esperando uma mulher aparecer. Vou distraí-los com meu charme.
_ E duas colts na cintura... _ Pancho completou com sarcasmo. _ Ainda acho melhor atirar e perguntar depois.
_Temos que entrar num acordo ou vamos ficar discutindo a noite toda. Kate, vai pela frente como falou. Nos dois damos cobertura. Mas se eles tentarem atirar em você vamos ter que abrir fogo antes da hora.
_Tenta chegar de surdina então Kate. Enquanto a gente se posiciona.
_OK. Vou pela frente pelas sombras. Mas vou atirar no primeiro que entrar em minha frente.
_Está bem. Vou aguardar o seu sinal. Quando começar a atirar, tente achar um abrigo.
_Então vamos pra nossa posição Pablo.
_Combinado. _ encerrou Kate.
A mulher ainda gritava. Isso seria bom pra camuflar o som de nossas botas de aproximando ainda mais. Mas não estava sendo nada bom pra ela. Sorrateiramente nos posicionamos para trocar tiros com os bandidos. E pude ver Kate atrás de uma carroça, ela olhou por debaixo do pano que a cobria. Então entrou nela. Pouco depois a mulher parou de gritar. Um dos homens se virou pra carroça e falou:
_Espero que não tenha matado essa rameira.
Somente um só uns barulhos lá de dentro. O homem insistiu e se levantou.
_Está tudo bem aí dentro?
Levantou-se e foi ver o que estava havendo. Me arrastei mais pra perto e mirando em dois que estavam sentados. Quando o homem chegou na entrada da carroça, voou pra trás com um tiro. Era Kate que o acertou. O sinal. Atirei quase que de imediato nos dois sentados. Acertei. Logo mais dois que estavam em pé caíram com os tiros de Pancho. Kate sai pela abertura frontal da carroça atirando sem parar. Me levantei e cheguei mais perto. Pancho atirava nos alvos mais distantes. Do escuro apareceu mais dois correndo pra fogueira. Acertei um. O outro rolou pelo chão e se escondeu na outra carruagem. Começou a atirar por de trás da cobertura. Kate se joga no chão, ou teria levado os tiros. Alguém atirou do meu lado esquerdo e o tiro passa de raspão no meu ombro. Me viro rapidamente e disparo contra o inimigo. Mais um caído. Pancho descarregou o seu rifle, mas tinha acertado cinco. Pegou a calibre 12 e veio correndo pra onde estava Kate. Deu três tiros na carroça, rasgando todo o pano e acertando o sujeito que atira lá de dentro. Ainda tinha ficado um dos bandidos ajoelhado no chão e tampando a cabeça. Kate foi pra cima dele.
_Levantes as mão seu marginal. De pé, ou leva bala.
O homem levantou ainda tremendo. Pancho chutou alguma coisa no chão perto de outro homem caído. Era uma arma. Mais um sobreviveu ao tiroteio. Pancho arrastou o baleado pra perto da fogueira. Kate me olhou e disse:
_Ele é todo seu cowboy.
_Muito bem Kate. Vá ver como a senhora está.
Kate foi pra carroça onde a mulher do caixeiro viajante estava enquanto eu interrogava o homem.
_Onde está Lua Sangrenta?
_Eu não sei do que está falando. Eu apenas guio a carroça.
_Não pense que sou idiota. Vamos, diga. Onde está seu chefe?
_Se eu disser, ele me mata.
_E se não disser, eu te mato.
Saquei a pistola e apontei pra sua cabeça. Pancho se aproximou.
_Derrubamos 14 bandidos do Lua Sangrenta. Este ainda está vivo.
_Onde está seu chefe? _perguntei pro baleado.
_Não vou entregar meu patrão. Pode me matar se quiser.
Então atirei duas vezes em seu peito.
_Pronto. Agora derrubamos 15. Vai dizer ou não onde está seu patrão?
_O que eu ganho com isso?
_Sua vida. _falou Pancho.
_Minha vida não vai valer nada depois que eu entregá-lo. Ele vai me caçar e me matar.
_Então podemos mostrar que somos tão terríveis quanto seu patrão. _falou Kate se aproximando de nós.
A mulher estava atrás de Kate. Roupas rasgadas e rosto marcado de tapas e socos. Pancho amarrou as mãos do bandido.
_O que irão fazer comigo?
_Primeiro vamos te torturar bastante. Vamos deixar suas pernas desfiguradas. Quem sabe passar as rodas da carroça por cima... Vamos também jogar sal nas feridas. Assim vai parar de sangrar pra não morrer depressa por perder muito sangue. Temos muitos cavalos aqui. Vamos amarrar seus braços e pernas em cada cavalo e fazê-los andar esticando seu corpo até arrancar seus membros. Vamos jogar pimenta em seus olhos. Enfiar aquele rifle no seu...
Kate foi interrompida pelo homem que estava arregalando os olhos.
_Tudo bem, tudo bem. Eu falo. Mas terão que me deixar fugir depois.
_Se for convincente te libertamos. Comece a falar agora. _ comecei a interrogar.
_Ele está numa cidade abandonada, pro oeste. Estávamos indo pra lá depois de voltar de uma pilhagem. Pegamos um caixeiro viajante e sua mulher pelo caminho.
_Quantos bandidos há por lá?
_Deve ter uns dez no covil.
_Hum... Você vai com a gente. Não acredito em você.
_Mas eu disse a verdade.
_Veremos.
Peguei a corda em que ele estava amarrado e a amarrei em uma das carroças. Ajudamos a senhora a pegar seus pertences e colocamos na outra carroça. Kate já tinha explicado toda a situação pra mulher. Indicamos a direção e pedimos que ela fosse pra Ouro Negro pela manhã. Juntamos os corpos em um canto. Pegamos as armas e munições. Fiquei um uma colt e Kate com um rifle calibre 32. Pancho resolveu queimar os corpos que estavam empilhados. Tinha também comida e bebida na carroça dos bandidos. Íamos usar ela pra chegar no Lua Sangrenta. Pegamos algumas verduras que estavam lá. Pancho pegou as bebidas e passou pra mulher do caixeiro. Falamos pra ela levar os cavalos pra vender também.
Eu e Kate escolhemos um cavalo pra cada. Seriam os cavalos de Evelyn e Camila. Agora era hora de perguntar sobre o Corvo.
_Você conhece o Corvo?
_Só de nome.
_Sabe o paradeiro dele?
_Não vai adiantar eu falar. Vocês vão me levar pra morte.
Kate colocou um pedaço de ferro na fogueira.
_Vamos começar a tortura daqui a pouco. _falou.
_Vocês não vão me assustar com esse jogo.
Kate esperou o ferro esquentar e ficar vermelho como uma brasa. Enrolou pedaços de pano nas mãos e puxou o ferro incandescente, pegando-o com as mãos protegidas. Aproximou o ferro do rosto do bandido.
_É melhor começar a falar ou vou marcar sua pele.
_Você não teria coragem mulher.
Ela apertou contra sua bochecha direita o ferro em brasa, fazendo com que o homem gritasse de dor.
_Calma Kate. _Tentei com que ela parasse com aquilo _ Não precisa usar desses modos.
_Esses canalhas violentaram a pobre esposa do caixeiro. Merecem mais que a morte.
_Como? _disse Pancho com um olhar de indignação _Me passe esse ferro pra cá que eu já sei aonde usá-lo.
O homem ainda gemendo de dor tenta suplicar por sua vida.
_Não me machuquem mais. Eu falo, eu falo.
_Diga antes que eu não consiga controlar meu pessoal.
Falei com o homem. Kate e Pancho ficaram encarando ele com caras de irados. O homem estava aterrorizado com a fúria dos dois. Foi falando:
_O Corvo costuma aparecer na cidadela de Vale da Cicatriz. Quando não está lá, está saqueando viajantes ou caçando veados no sul de Montana. Tem um esconderijo perto do Texas, mas não sei onde fica.
_Você sabe quem pode saber onde fica esse lugar? O covil do Corvo?
_Talvez Lua Sangrenta saiba. Mas não tenho certeza.
_Vamos encontrar seu chefe e vamos tirar isso a limpo.
Passamos a noite ali mesmo. Kate fez a comida, junto com a mulher do caixeiro. Fizemos a ronda e amanheceu o dia. Ainda estava o cheiro de carne queimada no ar. Fiz o nosso prisioneiro montar em um dos cavalos e amarrei uma corda em seu pescoço e a outra ponta da corda na castanha da minha sela. Despedimos da mulher e continuamos a viajem pra cidade abandonada.”


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“Pancho guiava a carroça com os dois cavalos que Kate e eu escolhemos, com o cavalo dele, Nacho, e o que levávamos desde a cidade de Ouro Negro, presos com uma corda na parte de trás. Kate e eu íamos na frente com o marginal entre nós. Cavalgamos durante um dia inteiro. A noite tivemos que apagar a fogueira por causa dos Apaches. Pancho nem dormiu. Então, de manhã, ele dormiu na carroça e o malfeitor guiava.
Chegamos em uma região montanhosa. O homem nos levou por uma picada que tinha ao pé de um dos morros. A carroça mal passava por aquele lugar estreito. No topo via-se uma espécie de construção ao longe. Diz o bandido que era a cidade abandonada. Uma fumaça subia aos céus de lá. Devia ser de alguma chaminé ou de alguma fogueira. Já passava do meio do dia e ainda não tínhamos parado para comer algo. Pancho tinha acordado com o sacolejo do carro na hora em que subíamos. Com os olhos ainda inchados, ele colocou a cabeça pra fora dela, e olhou pra gente, quando paramos e o homem falou do lugar.
_Lá esta o covil de Lua Sangrenta. Agora vocês podem deixar eu ir embora.
_Ainda não. Não vimos a cara do safado. Você vai com a gente até lá.
_Vocês são tão loucos quando Lua Sangrenta. O que acham que irá acontecer com vocês se ele souber que mataram todos os seus homens e deram algumas de suas coisas pra outras pessoas?
_Nada. Ele não vai saber. _ falou Pancho colocando uma mordaça no bandido.
Ficamos parados ali por um tempo pensando e Kate deu uma idéia.
_Vamos inventar uma Historinha pra ele. Eu posso ser a sua namorada Pablo. Você me conheceu num saloon do Alabama. E que veio do México, com seu amigo Miguel, que será Pancho. Seu nome pode ser José Diaz e eu sou Suzy. Vocês estão fugindo da policia mexicana e pararam na América. A um ano atrás. Aí vivem de roubos pela América, e eu resolvi me juntar a vocês por gostar de ‘José’ por ele ter me livrado de um cafetão.
_Hahahaha. _ gargalhou Pancho _ só não gostei de me chamar Miguel. Mas você acha que daria certo, Kate?
_É... Até acertarmos os detalhes já vai ser outro dia. _falei.
_Então é melhor pensar em outra coisa rápido, pois aí vêm 4 cavalos em nossa direção.
_Está certo ‘Suzy’, vamos fazer o que você falou. Acabei de acordar e não quero pensar muito.
Falou Pancho e entrou novamente pra dentro da carroça. Tive que pensar em algo bem rápido.
_Deixe que eu fale por nós então Kate. Pancho, fique aí dentro e mire no homem que estiver na direita. Não deixe que ele te veja. Kate, você pega os dois do meio?
_Sim, dou conta. Vou usar o bandido como escudo.
_Eu pego o da esquerda. Mas vamos tentar negociar primeiro. E você bandido, fique de bico calado.
Me posicionei ao lado da carroça com a winchester nas mãos. Kate sacou as duas pistolas e ficou atrás do homem que ela colocou de joelhos e ficou falando algo em seu ouvido. Chegaram com as armas nas mãos e pareciam que iriam atirar sem perguntar nada. Na hora Kate falou:
_Parados aí mesmo. Viemos falar com Lua Sangrenta.
_Está no lugar errado mulher. Não tem ninguém aqui com esse nome.
_Não adianta tentar mentir pra mim. Esse homem aqui já entregou seu covil. Tivemos que matar os outros. Mas este aqui falou pra gente onde encontrar Seu patrão. Não é mesmo fanfarrão?
Eu estava tenso e os homens baixaram a guarda por um momento. Um deles voltou pra cidade abandonada.
_Vou falar com o chefe.
_Traga-o rápido, temos que conversar a respeito de algo.
Nisso eu suava sem saber o que Kate estava pretendendo. Tinha que agir rápido, antes do Lua Sangrenta chegar. Me levantei e coloquei o cano do rifle pra cima.
_Calma querida ele já vem ao nosso encontro.
Me aproximei de Kate e dei um beijo em seus lábios. A abracei ficando de costas pros homens do Lua, e falei no seu ouvido.
_E agora Kate? Se der tudo errado nós vamos morrer aqui.
Ela se afastou um pouco de mim e disse.
_Meu querido não vai querer fazer aquilo agora não é? Na frente desses marmanjos? Logo teremos o emprego que estamos querendo. Você disse que queria trabalhar pra um homem poderoso e cruel... Ninguém melhor do que o Lua Sangrenta.
Os homens ficaram nos olhando sem entender o que estava acontecendo ali. Resolvi interagir também.
_Vocês trabalham há muito tempo pra ele? O Lua Sangrenta?
_Ou são como aqueles molambos que encontramos e matamos pelo caminho? _ emendou Kate.
_Suzy. Vale lembrar que eles nos encontraram.
_É mesmo meu amor. Mas você estava distraído comigo e não viu eles chegarem.
_Pena mesmo. Tive que lutar pelado.
Eu ainda consegui escutar um riso bem baixo. Era Pancho de dentro da carroça. Se quiséssemos sair dali era a hora, pois estavam vindo mais 10 do bando deles. Tive que improvisar. Dei um chute no estômago do nosso prisioneiro e apontei a colt pra sua cabeça.
_Você mentiu pra mim maldito. Disse que eram somente 10 homens que estavam com o Lua Sangrenta.
O Homem tentava falar alguma coisa, mas estava amordaçado. Dei outro chute nele. Os outros ficaram só olhando. Continuei falando e ameaçando o coitado.
_Devia acabar com você agora, mas como disse também que Lua Sangrenta iria te matar se soubesse que entregou seu covil, vou te entregar pra ele.
_Pelo jeito esse safado entregou o local de nossa casa mesmo. O senhor Lua vai gostar de esfolar esse miserável. Até ontem a noite éramos 10 capangas mesmo. Hoje estamos em maior número.
Fiquei aliviado por conseguir ao menos fazer com que eles olhassem com outros olhos pra nós. Já não parecíamos mais como ameaça. Dois deles guardaram as armas. O do meio, que estava falando, ainda tinha a sua nas mãos. Kate guardou as suas quando os outros baixaram. Eu esta confiando agora em Pancho. Pude ver a ponta do cano do seu rifle aparecendo num buraco de bala. Fiquei mais perto de Kate enquanto os outros comparsas chegavam. Os outros chegaram e um dos que estavam na frente atirou duas vezes no nosso prisioneiro.
_Eu reconheço esse pilantra que nos entregou. Ele tinha partido a uns sete dias atrás com mais 15 dos nossos.
_Eram 15 mesmo Suzy? Sou muito ruim de conta.
_Ainda bem que você me tem ao seu lado Zé. Mas foram 16 que matamos, e esse nós deixamos vivo.
_Vocês mataram os outros? Só vocês dois?
_Não. O Miguel também ajudou.
_E quem é Miguel? _ perguntou o homem que chegou.
_É o que está apontando a arma pra sua cabeça nesse instante.
_Fala pra ele baixar a arma e vamos encontrar com Lua. Ele quer saber quem chegou.
_Vamos.
Montei no cavalo e Kate montou no dela. Pancho saiu de dentro da carroça, se sentou no banquinho e foi guiando-a. Lá vamos nós encontrar com Lua Sangrenta.”


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"Chegamos na entrada da cidade escoltados pelos bandidos e consegui ver alguns homens em meio aos destroços da cidade abandonada. Uns miravam as armas pra nós, outros faziam sinal com as mãos. Estava cheio de criminosos, contrdizendo o que o homem que fizemos de prisioneiro. Caminhamos lentamente e apreencivos por aquele lugar lugubre. Mais a frente estava nosso destino: Lua Sangrenta. Ao seu lado estavam outros 4 camaradas nos encarando. Nos aproximamos e falei pra ele:
_Lua Sangrenta, estamos aqui para trabalhar pra você.
_E foram vocês que mataram meus capangas?
_Sim, fomos nós. Eles não valiam nada. _ falou Kate.
_Em que vocês seriam uteis pra mim?
_Poderiamos ser seus quarda-costas.
_Eu já tenho quatro, e dos bons. Vocês só diminuiram meu contigente.
Os quatro apontaram as armas pra nós e Lua Sangrenta se apróximou.
_Estou lhe reconhecendo cowboy. Qual o seu nome?
_José.
_Hum... Já vi você em algum lugar... E o seu nome mulher?
_Meu nome é Suzy.
Ele então nos encarou e olhou de cima a baixo. Um homem velho do bando se apróximou e falou ao pé do seu ouvido alguma coisa. Ele então olhou pra mim e disse:
_Lembrei quem é você. Olhos de Prata.
Comecei a suar e sem saber o que viria depois.
_Você deve estar enganado Lua Sangrenta. Não sei do que está falando.
_Como não? Olhe pra essa marca de tiro que irá se lembrar.
Ele tirou a blusa e me mostrou, em meio a muitas outras cicatrizes, uma marca de tiro. Meu devia ter atirado nele.
_Seu traidor de uma figa. Nuca me esqueci o que você fez pro nosso bando. Entregou nosso patrão e todos nós pro exercito. Agora é a hora da revanche.
E sacou a arma. Kate sacou suas duas armas, mas foi fuzilada pelos capangas do bandido, e caiu no chão agonizando. Fiquei paralizado.
_Esse mexicano não me serve de nada. _ falou Lua atirando em Pancho.
Resolvi falar.
_Etá bem Lua Sangrenta. Vou falar a verdade.
Respirei fundo, sem poder fazer nada pra ajudar Kate e Pancho.
_Olhos de Prata é meu pai. Mas não o vejo a mais de vinte anos. Estou procurando pelo Corvo. Se souber onde ele está eu vou embora e você nem precisa lembrar que eu estive aqui.
Soltou uma risada macabra e me falou:
_Tarde demais, Olhos de Prata Junior. Seu pai está desaparecido e só me resta vingar em você o deslize dele.
Atirou em meu peito, sem dó nem piedade. Não concegui falar mais nada. Só senti o sangue na garganta e meu peito ardendo como se estivesse em chamas. Tentei me levantar, mas a dor era insuportavel e minhas pernas não respondiam.
_Tem mais alguma coisa a me dizer valentão?
_O exercito está vindo pra cá, Lua Sangrenta! _falou uma voz de longe.
Não estava enchergando muito bem. Minhas vistas estavam embaçadas. mas pude escutar um estalo em minha cabeça. Mais um tiro do canalha me acertava. Deitado pude ver, mesmo que só a silhueta, Kate no chão sem se mexer.
_Vamos embora daqui homens. Antes que seja tarde.
Foi a última coisa que eu ouvi. Imovel no chão comecei a pensar em minha mãe que ficou no México. Em minha infância e minha viajem pelo leste e oeste Americano. Estava tudo escuro e senti minha vida indo embora. Não sentia mais nada. Só a mão da morte tocando meu ombro. Era meu fim"


Moral da História: Nem todos nascem pra ser Heroi.

The End ???
 

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HÁ...
Pra quem pensou que tinha sido o fim de Don Pablito, se enganou.
Não iria deixar a história acabar desse jeito.
Foi só um drama. :D

...Continuando...

“Acordei meio zonzo. Minha cabeça doía muito. Minha visão estava tentando acostumar com a claridade. “ Será que estou no céu ? ”, pensei. Mas um rosto conhecido apareceu na minha frente. Era Kate. “Sim. Devo ter morrido mesmo.” . Ela sorria pra mim, seus olhos brilhavam. Então ela disse:
_Graças a Deus você acordou.
_Onde estou ?
_Você está vivo Cowboy !!! É um milagre. Pensei que não iria resistir aos ferimentos e morrer.
Olhei para os lados e vi Pancho com o ombro esquerdo e o peito enfaixados. Uma mulher com um chapéu de cowboy, cabelos pretos e olhos cor de mel, estava ao lado de Kate, e também havia uma senhora vestida de branco que falou comigo.
_Você está a salvo rapaz. Teve muita sorte de não morrer.
_Kate... Pancho... Que lugar é esse.
_Fique tranqüilo Pablo. Estamos num lugar seguro. Deixe que Kate te explica melhor.
_Bem... Vamos do começo: Eu sou agente da Força Especial do Exército Americano. Esta é minha parceira, July. Estamos atrás do “Fantasma” e quando você me falou que iria atrás do Corvo em Vale da Cicatriz, decidi que era hora de conseguir mais alguma pista de quem é esse bandido misterioso que atacou Washington. July é minha conexão com o exercito e está no meu encalço desde antes de Ouro Negro.
_E como vim parar aqui neste lugar que nem sei onde é ?
_Estamos no acampamento da 4ª Companhia. _ falou July _Você está dormindo há cinco dias.
_Mas eu vi a Kate e o Pancho levando os tiros. Kate caiu do meu lado com uns 4 tiros, que eu vi. Estava sem se mexer no chão. E Pancho levou bala em cima da carroça.
_É... Por sorte a bala pegou em meu ombro e atravessou. Desmaiei de dor.
_E eu estava usando um colete especial com placas de aço. Isso me salvou naquela hora. Como eu sabia que July tinha ido avisar o exército que estava nos seguindo, resolvi ficar deitada de olhos fechados. Quando começou o tumulto, abri um olho, e vi você caído no chão com um tiro na cabeça e outro no peito. Meu sangue ferveu. Quando começou o tiroteio eu me levantei e ataquei os bandidos pelas costas. Lua Sangrenta conseguiu fugir, mas conseguimos alguns prisioneiros.
A senhora começou a me inclinar e me dar água pra beber. E falou:
_Você tem que repor as energias. Está muito fraco.
_Eu vou avisar pro Tenente Makenze que você acordou. _ Falou July e saiu da tenda.
_Então depois que o exercito entrou na cidade abandonada, _continuou Kate_ Eu corri pra vê se você ainda estava vivo. E estava. Pancho também estava. Chamei o médico e ele te socorreu a tempo. O tiro tinha pego de raspão na sua cabeça. Raspou no osso. O Doutor conseguiu retirar a bala que estava em seu peito. Agora estamos nessa tenda, dentro da cidade abandonada. Falei do ocorrido e contei um pouco da sua história pro Tenente Makenze. O resto agora é com você. Espero que seja franco com ele.
_E porque não me disse antes que você era do exército Kate?
_Eu não podia estragar o meu disfarce.
_Um mensageiro foi entregar um recado pro Xerife Mike, Pablo. Ele vai saber o que aconteceu aqui. _falou Pancho.
_Minha cabeça dói muito, mal consigo mexer as pernas.
Na verdade, doía o corpo todo.
_Você ficou cinco dias desacordado e vai demorar um pouco pra se recuperar. Por hora, permaneça deitado. _ me orientou a enfermeira.
_Estou no Exército desde que meu pai morreu. Meu tio me acolheu e me mostrou um lado do Exército Americano que eu não conhecia. A Força Especial.
Apertei os olhos e me virei pra Pancho.
_Você está bem Pancho?
_Melhor que você. Ontem já até tomei uns goles de tequila em volta da fogueira com alguns soldados.
_Eu disse que não era pra tomar nada alcoólico. _ advertiu a enfermeira com a cara fechada.
_Foi só um gole... _falou Pancho com um sorriso sem graça.
_Vejo que está bem. Pra onde Lua Sangrenta foi? Tenho que acertar as contas com ele.
_Sim, mas não agora. Você precisa descansar cowboy. Perdeu muito sangue. Não se esqueça que temos que resgatar Evelyn e a Camila das garras do Corvo. Depois iremos atrás do Lua Sangrenta.
_Você vai comigo Kate?
_Vou pra onde você for. _ e ficou olhando pra mim com um sorriso no rosto..
_Vamos deixar os dois sozinhos, enfermeira. Acho que estamos atrapalhando.
_Deixa de ser bobo Pancho.
Kate ficou vermelha, e eu sem jeito. O clima quebrou quando um oficial do Exército entrou na tenda. Austero e impoluto, o homem caminhou na frente de July e tirou seu chapéu quando chegou do meu lado.
_Vejo que conseguimos te salvar, filho do Olhos de Prata. Você se parece mesmo com seu pai. Podem nos deixar a sós por um instante?
_Sim senhor. _falou as mulheres.
Pancho as acompanhou pra saída e eu fiquei com o oficial, ele se sentou na cadeira onde Kate estava sentada e se apresentou.
_Sou o Tenente Makenze, comandante da 4ª Companhia de Infantaria do Exército Americano, supervisor das Forças Especiais Táticas. Temos que nos conhecer melhor Pablo Rodrigues.”


To Be Continued...
 
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