Um aventureiro do Velho Oeste

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Um aventureiro do Velho Oeste


Todos os países têm o seu lado Oeste, mas nem todos lhe podem chamar de Velho Oeste… Andava no Velho Oeste um aventureiro, um explorador curioso, não era pessoa de vida calma e organizada, adorava o risco e grandes recompensas
Todos já tinham ouvido falar nele, mas ninguém tinha certezas de o ter visto, uns achavam-no um bandido e atribuíam-lhe as culpas de todos os roubos, outros achavam-no um herói, que andava de cidade em cidade a “cuidar” dos verdadeiros ladrões.

Andava um dia Lenam à caça, Lenam era o caçador da sua cidade, uma cidade nem grande nem pequena, algures no meio do Mississípi, quando começou a ouvir tiros. Percebeu logo que não se tratava de outro caçador, eram vários os tiros ao mesmo tempo, e vinham da sua cidade, seria o Xerife atrás de alguém? Não podia ser, pensou Lenam, o Xerife só disparava em ultimo caso e nunca dentro da cidade, deixava os bandidos afastarem-se um pouco e só depois disparava. Lenam carregou a sua espingarda e correu para a cidade.
Quando lá chegou a confusão tinha acabado. Aproximou-se o máximo possível sem ser visto e contou pelos cavalos estranhos à cidade presos à porta da taberna que os estranhos eram cerca de quinze ou vinte. Não podia fazer nada sozinho, pensou logo, e o que seria feito de todos os habitantes? Havia algum sangue na entrada da taberna mas não viu mortos, nem dos bandidos nem dos habitantes. A loja de armas tinha sido obviamente assaltada, o que preocupou Lenam pois tinham munições e armas suficientes para mais de 100 pessoas.

O mais importante agora era importante saber dos habitantes, Lenam deduziu que estivessem no hotel, provavelmente presos, se alguém os matasse a todos, provavelmente nunca se saberia, eram a única família que se conhecia e viviam unicamente do que cultivavam, correio, telefone, nada disso não existia naquela cidade. Lenam verificou a entrada do hotel mas estavam lá dois homens, com muito mau aspecto e com uma espingarda cada um. Preferiu não arriscar, e deu a volta. Espreitou na janela que dava para um quarto e viu que lá estava o xerife, deitado na cama. Ao seu lado estavam o filho e a mulher, o filho pálido, com apenas os seus 17 anos não estava pronto para perder o pai e a sua mãe desfeita em lágrimas estava debruçada sobre o corpo.
Lenam deu um toque na janela e com um salto o filho do xerife levantou-se de um salto, pronto a lutar contra quem fosse, mas depressa se acalmou quando reconheceu Lenam, bastante seu amigo.
- O xerife está-tá-tá mo-morto?? – gaguejou Lenam.
- Nada disso!!! Cala-te Lenam, o meu pai tentou parar os assaltantes e foi alvejado no peito, o tiro não foi muito profundo, a minha mãe já lhe tratou da ferida e agora é uma questão de tempo até recuperar, mas perdeu muito sangue, está muito fraco.
- E o que é feito dos outros? Há mais feridos?
- Não, todos se esconderam assim que começou a confusão, só o meu pai é que s tentou enfrentar.
- Então onde é que estão?
- Estão todos no andar de cima, é impossível lá chegar por fora, e cá dentro estão alguns dos bandidos, o resto está na taberna.
- O que pudemos fazer? – perguntou Lenam
- Procura pelo Oeste*!
- Estás bem? Oeste o que tem o Oeste?
- Não é a nossa terra. Falo do lendário aventureiro, o Oeste.
- Como é que o encontro? Ninguém sabe se ele realmente existe.
- Agora nós sabemos, o meu pai era muito amigo dele quando eram mais jovens, falou-me dele e eu jurei segredo, mas agora é um caso sério. Eu ouvi alguns bandidos a falarem, tencionam escravizar-nos nas minas de carvão, mas nós passamos bem…
- Mas como o encontro?
- Terás de vaguear, pelas planícies, encontrar índios, falar com eles, procurar nas cidades, não desistas, poderás demorar anos, até lá estamos nas mãos deles, se eu for contigo todos os outros morrem, eles não sabem de ti. Nós sozinhos não conseguiremos. Só tu nos podes ajudar. Deverás encontrar o Oeste para chefiar um grupo de valentes cowboys, e todos os que quiserem ajudar, deverás dar-te com eles e só quando tiveres a certeza que confiam em ti e que podes confiar neles deverás falar-lhes do Oeste, até lá terás de os convencer que só irão vocês. Vai! Dependemos de ti.

Lenam fez um sinal com a cabeça, correu para os estábulos, pegou num cavalo e partiu, só esperava conseguir arranjar ajuda…



*Na altura era o Oeste, só agora é o Velho Oeste




Gostaram? Ou está demasiado enfadonho? Sejam sinceros, se gostarem pode ser que eu continue. A sério não digam que gostaram e que continue só para terem mais posts e por dizerem, sejam sinceros :)
 

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2º Capitulo

Passaram três dias e três noites a cavalgar pelas planícies do Oeste, Lenam tinha bebido meio cantil de água e quatro pedaços de carne cozinhados em pequenas fogueiras de paus e ervas secas, tinha dormido ao relento e já pensava em desistir. O calor abrasador do sol do meio-dia lembrava-o das brincadeiras de duelos que fazia em criança, ao meio-dia o relógio da torre da cidade tocava e sacavam das pistolas com pólvora seca, nos tempos em que ainda ambos os seus pais eram vivos. Mas desta vez, tinha sede, tinha fome, e sentia um calor como nunca sentira em toda a sua vida…
À medida que a morte e o desejo de morrer se apoderavam dele, uma energia completamente contrária fazia-o pensar na sua cidade e nos seus amigos e estava decidido em ajuda-los! A meio dos seus pensamentos ouviu um tiro, saltou do cavalo e escondeu-se. Vieram-lhe as memórias da sua experiencia de à dias à cabeça, quase que entrou em choque parecia que estava tudo a acontecer outra vez…

Após uns longos minutos de pânico, Lenam caiu em si, pensou, e logo concluiu que desta vez, o caso era bem diferente. Tinha ouvido apenas dois tiros, seguidos de um silêncio profundo. Resolveu investigar, montou-se no cavalo, e seguiu na direcção que lhe pareceu ouvir os tiros. Cavalgou durante não mais que poucos minutos quando chegou perto de um homem, um homem como ele, a amarrar uma corda a um búfalo, que tinha obviamente caçado, que ao ver Lenam gritou:
- Quem vem lá? Quem és tu?
- Calma. O meu nome é Lenam, venho de uma cidade que fica a três dias daqui.
- E o que queres tu?
- Hmm… Ahmm… Eu venho em exploração – respondeu Lenam obviamente atrapalhado com a pergunta.
Lenam não queria dar a conhecer o que se tinha passado a um estranho, podia querer tomar medidas que acabassem com a vida de todos os habitantes da sua cidade.
- Exploração? Acredito que sim… Pareces exausto, vá ajuda-me a meter este na carroça que levo-te até à minha cidade.
Lenam ajudou a carregar o búfalo, e seguiu o homem até à cidade.

Na cidade o homem seguiu a sua vida, e nem ligou mais a Lenam, Lenam nem chegou a saber como se chamava quem o conduzira até ali nem quis saber. A cidade não era maior que a sua, mas era muito mais movimentada, e talvez um pouco mais evoluída… Não quis saber de mais nada dirigiu-se à taberna, que apesar de tão cheia que estava ao Lenam abrir as portas todos se calaram. Lenam pensou até em sair, a sua presença era estranha mas não representava uma ameaça, apesar da espingarda que levava consigo. Lenam continuou a andar e todos deixaram de o olhar, era como se desaparecesse, continuou o barulho e a algazarra. Dirigiu-se ao balcão e comeu e bebeu com fartura, não parava de comer e o dono da taberna já desconfiado perguntou-lhe:
- Estás a pensar pagar isso tudo certo?
Lenam arregalou os olhos, a sua fome tinha sido maior que a inteligência e comeu e bebeu sem ter um único cêntimo.
- Hehehe – riu-se o dono da taberna com uma voz muito rouca – A tua sorte é que assim que entraste gostei de ti, diz-me, qual é o teu nome?
- O meu nome é Lenam – respondeu Lenam meio atrapalhado
- Cruzetas! Cruzetas! – gritou o dono

Na porta do que parecia ser a cozinha apareceu um rapaz não mais velho que Lenam.
- Diz pai.
- Cuida aqui do novo amigo Lenam, vai passar uns dias connosco para pagar a sua dívida, depois será com ele.
- Boas Lenam, o meu nome é Cruzetas, segue-me.

Cruzetas entrou pela porta por onde tinha chegado seguido de Lenam.
- O meu pai sempre confiou de mais nos forasteiros, é o que eu acho – disse Cruzetas para tentar fazer Lenam pensar que não gostava dele, mas na verdade até gostava.
- Eu andava m exploração, vim parar à cidade porque encontrei…
- Sim, sim, sim… Depois contas-me tudo, agora, vens comigo!

Lenam podia perfeitamente ter fugido, mas para além de ter medo de ser morto, pois não sabia com que gente é que estava a lidar, até lhe dava jeito ficar, podia ali fazer alguns amigos que o pudessem ajudar…


1º Capitulo
2º Capitulo
 

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3º Capitulo

Tinham já passado 6 horas, mas para Lenam e Cruzetas parecia nem uma ter passado. Apesar de já terem limpo os estábulos, a entrada da taberna, arranjado uma cerca e levarem as vacas ao pasto a um terreno a uns 250 metros da cidade, onde se encontravam agora deitados a descansar, o tempo voava. Lenam e Cruzetas tinham muitas semelhanças, uma delas a sua perícia com armas de fogo, o que fazia deles o caçador de cada uma das suas cidades. Lenam tinha a sua espingarda velha e enferrujada, enquanto Cruzetas tinha uma bela espingarda de precisão, sempre polida e brilhante, parecia sempre tirada da caixa, impecável.
- O meu pai deu-me essa espingarda quando eu era criança – disse Cruzetas enquanto Lenam observava a espingarda.
- É linda, a minha já está tão velha, mas nunca falhou um tiro.
- Nunca falhaste um alvo? – perguntou Cruzetas espantado.
- Oh… Não sou nenhum campeão, já falhei alguns tiros, mas a espingarda nunca encravou, nunca me falhou. Mas começa a estar velha de mais, tenho de arranjar outra…
Cruzetas não disse nada, mas pensou que se ele e Lenam se continuassem a dar bem, talvez ele lhe desse uma espingarda.

À noite o jantar foi à mesa, apesar de Lenam estar ali para pagar a sua dívida, era tratado como convidado de honra, Lenam estive calado todo o jantar, a ouvir Cruzetas e o seu pai a falarem do que se passaria no daí a uns dias, haveria um concurso de tiro e Cruzetas iria participar.

Passaram-se dois dias, Lenam continuava a pagar a sua dívida com trabalho. Nesse dia ao jantar o chefe de família anunciou que a divida estava paga, e que Lenam poderia partir quando quisesse, apesar de ter todo o gosto em que Lenam participasse no concurso de tiro do dia seguinte, poderia mesmo continuar na cidade vivendo em casa deles e recebendo um pequeno ordenado em troca de trabalho na cidade.

No dia seguinte toda a cidade a cidade estava na rua principal, o torneio iria começar dentro de pouco tempo, enquanto Lenam pensava em partir e pensava em contar a história da sua cidade a Cruzetas pensando se este aceitaria ou não ir com ele, mas foi interrompido pelo próprio Cruzetas.
- Tenho uma coisa para ti – disse Cruzetas
- Também tenho uma coisa para te contar
- Isso pode esperar, trago uma coisa para ti.
- Para mim? O quê?
- Vê!
Cruzetas mostrou um embrulho para Lenam, que o abriu e quase chorou quando viu.
- O quê? Para mim?
Era uma bela espingarda, novinha, brilhava, tal como a de Cruzetas.
- Não podias entrar no concurso com aquela coisa venha, agora vamos, já está a começar.

O concurso decorreu sem incidentes, quem mais se destacou foram sem duvida Lenam e Cruzetas, mas não só, uma bela rapariga também se destacara. No anúncio do vencedor aconteceu o que Lenam e Cruzetas não esperavam.
- E o vencedor é Cangaceira!!! – gritou o apresentador do torneio.
Subiu ao palco a bela rapariga, assim meio envergonhada, mas com um ar muito doce, recebeu o prémio, que era um vale de 50 canecas de cerveja na taberna, ninguém esperava que fosse uma rapariga a ganhar. E Cangaceira realmente não queria tantas cervejas, resolveu oferecer uma a cada participante do concurso.

Foi então, enquanto Lenam e Cruzetas saboreavam as suas cervejas numa mesa da taberna que Lenam contou o que se tinha passado na sua cidade, o que estava a fazer e da história do Oeste, o aventureiro lendário que naquela cidade era conhecido por um herói, depois de salvar todo o dinheiro da cidade de um grupo de ladrões. Ninguém tinha conseguido falar com ele, mas todos souberam quem era.
- Mas estou-te a contar tudo isto porque vou partir, amanhã, vou seguir viagem, e quero saber se queres vir comigo…
Cruzetas pensou durante uns segundos.
- Não posso! É aqui que está a minha família, a minha vida, não posso sair da cidade – disse Cruzetas com um ar triste.
- Eu compreendo. Vou partir amanhã de manhã… - respondeu Lenam claramente triste por se separar de Cruzetas.

Na manhã seguinte, bem cedo Lenam preparava-se para partir quando ouve uma voz doce.
- Onde vais tão cedo?
Era Cangaceira que parecia estar de partida também.
- Hmmm. Digamos que vou continuar a minha aventura.
- Posso ir contigo?
- Amiga, não tenho rumo, vou à procura de uma coisa, poderei enfrentar muitos perigos e no final enfrentarei de certeza. Não acho que seja uma boa ideia vires comigo.
- Mas é isso mesmo que procuro, não tenho medo de nada! Se o permitires irei contigo!
Lenam sem saber como dizer que não, pois Cangaceira estava mesmo determinada, disse que ela poderia vir com ele, sorriu, disse que a habilidade dela em tiroteio poderia ser útil e disse que tinha muito para lhe contar.

Lenam e Cangaceira montaram-se nos cavalos e partiram rumo às planícies desertas, enquanto Lenam lhe falava da sua cidade, o que não fez Cangaceira pestanejar, só a entusiasmou mais em ir ajudar. Estavam prestes a começar a galopar em grande velocidade quando ouviram um galopar veloz e uns gritos.
- Éééii!! Esperem por mim!
Era Cruzetas que vinha lá.
- Não acredito que ias embora sem te despedir, ainda por cima, depois de te ter dado uma espingarda! – disse Cruzetas ofegante.
Lenam ficou muito atrapalhado e ficou sem conseguir responder.
- Hehehe – riu-se Cruzetas – O que não acredito é que achavas mesmo que não iria contigo!
Em Lenam abriu-se um sorriso de orelha a orelha, algo lhe dissera que Cruzetas e ele partiriam juntos, só não contava com a companhia de Cangaceira, mas ficou também muito contente…

Partiram então os três, sem rumo, na esperança que tudo corresse bem…


1º Capitulo
2º Capitulo
3º Capitulo


Aqui vai mais um capitulo. :) Podem criticar à vontade, quero ver as vossas opiniões... Eu acho que está com muita conversa fiada, e pouca acção... O que acham?
 

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4º Capitulo

Estava a começar o 2º dia de viagem, até lá, não tinha acontecido nada de anormal, Lenam, Cruzetas e Cangaceira davam-se cada vez melhor, dormiam ao relento, comiam o que caçavam e recolhiam toda a água que conseguiam quando encontravam riachos, riachos estes que também já lhes tinham proporcionado uma bela refeição de peixe. A viagem corria tão bem que Cruzetas e Cangaceira já não se lembravam do verdadeiro objectivo da viagem, salvar a cidade de Lenam, mas este, não parava de pensar em como estaria o xerife, e se estavam a passar dificuldades ou não os seus amigos…
- Que raio é aquilo? – perguntou Cruzetas.
- O quê? – respondeu Lenam.
- Uma tenda, uma espécie de acampamento, panos brancos, que belo sitio. Vamos lá parar para descansar um bocado.
- Esquece Cruzetas, estás a ter uma miragem, com o calor estás a imaginar coisas – disse Cangaceira.
- Uma miragem? Que raio é isso?
- Cangaceira, acho que também estou a ver, ali ao fundo e acho que é bem real – disse Lenam.
- Ah pois… Eu também estou a ver – reparou Cangaceira corada.

Os três avançaram direitos acampamento, e pelo sim pelo não Lenam e Cruzetas sacaram das suas espingardas enquanto Cangaceira sacou do seu revólver. Aproximaram-se com cautela quando foram surpreendidos por uma bela rapariga, vestida de branco.
- Amigoooos! Já tinha de ver pessoas a sério! Estou à tanto tempo sem conversar com alguém. Como é que tenho aguentado no deserto sem companhia? Eu adoro ter companhia.
A rapariga apesar de estar no deserto, estava muito bem arranjada, era muito bonita e tinha alguma maquilhagem. Deixou Lenam e Cruzetas de boca aberta, enquanto Cangaceira, um pouco indiferente à sua beleza, não deixou de reparar no belo vestido branco que usava.
- Venham, sentem-se. Contem-me, quais são os vossos nomes e o que andam a fazer pelo deserto?
- Eu sou a Cangaceira.
- O meu nome é Cruzetas.
- E eu sou o Lenam. Nós andamos em passeio, a explorar o deserto, digamos que andamos à procura de perigos – respondeu Lenam
- E o teu nome qual é? E o que fazes aqui? – interrompeu Cangaceira
- Agora é a minha vez de me apresentar? Certo! O meu nome é Anita, Anita Thunder, e estou no deserto porque é onde gosto de estar, dou longos passeios de dia e à noite, vejo as estrelas. Não há sitio melhor para viver, já cá estou à uns meses, no inicio estava com uma amiga, mas ela fartou-se e foi-se embora à umas duas semanas. Sem companhia está a ser muito difícil…
- Então e não te fartas também como ela? – perguntou cruzetas
- Eu gosto de estar no deserto, já o conheço como a palma da minha mão.
Ao ouvir isto disparou uma ideia na cabeça de Lenam, uma pessoa que conhecesse o deserto assim tão bem, daria imenso jeito na viagem, Lenam perguntava-se se ela gostaria de ir com eles e resolveu fazer um pequeno interrogatório…
- Então se vives aqui no deserto, gostas de aventuras certo, os tais passeios por exemplo…
- Sim eu gosto de aventuras, tenho um ídolo nesse campo até, sabem, aquele lendário aventureiro, dizem que anda pelo Oeste, um dia gostava de ser como ele, andar por aí a ajudar pessoas.
- Com que então também és dos que pensas que ele é bondoso…
- Sim claro.
Lenam pensava que cada vez mais era possível que Anita Thunder fosse com eles. Enquanto Cangaceira e Anita Thunder estavam à conversa Lenam chamou Cruzetas à parte, falou-lhe do seu argumento e perguntou-lhe o que achava de Anita Thunder e de ir com eles.
- Acho uma boa ideia, andamos sem rumo e com a ajuda dela pode ser que isso mude.
- Mais logo vou falar com ela então…

Os três amigos tinham sido convidados a jantar e passar a noite na tenda, enquanto Lenam e Cruzetas foram ver se caçavam algo conversavam também como seriam as suas vidas no final daquela aventura… Ambos confessaram que tinham medo que algo corresse mal, mas estavam dispostos a seguir em frente, mesmo Cruzetas que não fazia a mínima ideia quem eram as pessoas que ia ajudar.

De volta ao acampamento quando já os quatro jantavam Lenam contou o que se passava e fez a sua proposta a Anita Thunder, esta ficou um bocado pensativa, era perigoso, e ela não era rapariga de tiroteios mas uma viagem destas, adoraria. Disse que dormiria sobre o assunto e amanhã daria uma resposta.
No dia seguinte todos acordaram cedo, com o calor logo pela manhã era impossível dormir. Anita Thunder foi quem demorou mais, ela gostava sempre de se arranjar, maquilhagem até. Estavam todos à espera da sua resposta mas ninguém perguntava, ia tudo decorrendo como se de nada se tratasse. A meio do pequeno almoço Anita Thunder falou.
- Então ninguém quer saber se vou convosco ou se fico?
Os outros três olharam-se entre si sem saberem o que esperar.
- É claro que vou convosco! Estou farta de estar sem companhia, e sem mim vocês não se orientam.

Tanto Cangaceira como os três rapazes não comentaram mas ficaram radiantes com mais uma companhia. Acabaram de comer e ajudaram Anita Thunder a desmontar o acampamento, puseram tudo numa carroça que Anita Thunder tinha e lá para o meio-dia partiram. Partiram mas desta vez tinham um rumo, Anita Thunder conhecia muito bem o deserto, estavam bem orientados e Anita Thunder sabia exactamente para onde se dirigiam, ela tinha uma ideia…



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O que acharam? Para onde será que Anita os vai levar? :)
 
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5º Capitulo

Viajaram durante dois dias sem avistarem uma única cidade, passaram por manadas de búfalos que lhes davam umas belas costeletas para comer, passaram por riachos que lhes davam água fresca para beber mas não passaram por outra única pessoa. Lenam, Cruzetas e Cangaceira não faziam ideia de onde estavam mas Anita Thunder sabia perfeitamente. Sempre que lhe perguntavam para onde iam ela dizia apenas que iam para sudoeste e enquanto viajavam, pelo menos de meia em meia hora olhava para uma bússola que tinha com ela.
Uma noite no pequeno acampamento que montavam todas as noites os estavam todos decididos a obrigar Anita Thunder a falar. Primeiro tentaram greve de fome, não serviu de nada só aguentaram uma hora, depois amuaram e não falavam com Anita Thunder, mas esta tanto tempo tinha estado sozinha que não lhe fazia diferença… Bem, tentaram de tudo mas nada resultou. De qualquer maneira, segundo ela, no dia seguinte chegariam ao seu destino.

Levantaram-se com o nascer do sol, como de costume, e puseram-se a caminho. A viagem só deveria demorar umas duas horas.
- Vejam ali ao fundo, está ali fumo, onde há fumo há fogo. Será que há fogo? – perguntou Cangaceira preocupada
- Não eu acho que não, acho que estamos a chegar ao nosso destino…
- Ah boa, já podes dizer onde vamos? É uma cidade? – perguntou Cruzetas
- Uma cidade? Acho que não é bem uma cidade, é mais pequenino…
Os quatro iam-se aproximando da nuvem de fumo e começaram-se a ver pessoas e tendas. Lenam e Cruzetas sacaram das espingardas.
- Ei ei ei! Parem quietos, eles não são perigosos – gritou Anita Thunder
- Como podes ter a certeza? – perguntou Cangaceira enquanto sacava também do revólver
- Porque eu os conheço, pediram-me para vos guiar e eu guiei-os até aqui, quem melhor do que os índios para saberem do paradeiro do Oeste?
Os três acalmaram-se e guardaram as armas, continuaram todos a andar em direcção às tendas.

À medida que se aproximavam dos índios reparavam que eles estavam a preparar arcos e flechas sem nunca parar e olhar para eles, parecia que se preparavam para uma guerra. Quando chegaram ao centro das tendas saíram dos cavalos e todos os índios correram para perto deles, formaram uma meia-lua e no meio deles apareceu o que parecia ser o mais velho, tinha um grande chapéu de penas na cabeça, era obviamente o líder. Os índios estavam todos com o olhar fixo nos olhos deles, apenas o chefe os observava de alto a baixo. Anita Thunder chegou-se à frente.
- Boas! – disse ela
- Boas Anita Thunder, à quanto tempo não te via – disse o chefe num tom muito calmo.
Ao ouvirem isto todos os índios voltaram ao que estavam a fazer, parecia que com aquela cerimónia estavam todos cumprimentados. O chefe convidou-os a todos a entrar na sua tenda. Por fora parecia pequeníssima mas lá dentro cabiam perfeitamente 5 pessoas.
- Sabem, vieram em má altura, temos uns homens que estão a tentar domar a mãe Natureza, querem destruir todo o bosque, amanhã, iremos tratar deles, tentámos pacificamente e eles mataram um dos nossos homens – disse o chefe algo perturbado.
- Sabe, permita que me diga, não podíamos vir em melhor altura – disse Lenam
- Exactamente, nós vamos ajuda-los – completou Cruzetas a frase de Lenam
- Mas diga-me Anita Thunder, qual é o motivo da vossa honorável visita?
- Permita-me que eu fale chefe, eu posso contar…
Lenam começou por falar da sua cidade, do Oeste, e do que eles procuravam. O chefe daquela tribo ouviu e no fim disse que poderia ter algumas informações, mas nada mais disse sobre isso. Começou antes a falar da sua tribo.
- A nossa tribo é composta por cerca de 120 pessoas, incluindo 12 crianças e eu tenho um filho, a quem chamam de Amendoinzinho, mas já não é uma criança, ele é bravo e deverá partir convosco na vossa aventura de que me falaram.
- Mas chefe talvez ele não queria – disse Lenam com medo que Amendoinzinho só fosse atrapalhar a sua aventura
Enquanto Lenam pensava isso Amendoinzinho entrou na tenda, era um homem grande, era bruto, e talvez pudesse ajudar na aventura afinal
- Olá! O meu nome é Amendoinzinho.
- O meu filho é um perito a manusear o arco e as flechas, amanhã verão… Agora deverão ir preparar a vossa tenda – disse o chefe enquanto se levantava, parecia que a conversa tinha terminado.

Enquanto estavam a montar todas as tralhas de Anita Thunder os índios estavam à sua volta, aquilo era-lhes estranho… Houve um grande banquete nessa noite, pois os índios acreditavam que bem alimentados o seu sucesso em batalha seria maior…
Amendoinzinho dormiu na tenda dos forasteiros, ele estava encarregue de cuidar deles em batalha apesar do chefe lhes ter dito que era para se conhecerem melhor. Ele iria com eles na aventura estava confirmado. Até agora ainda não sabiam mais nada sobre o Oeste…



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5º Capitulo

Desculpem a demora :)
 
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Pessoal estou de férias no Algarve e não vou colocar aqui nada, evitem sff o spam a partir de agora visto que pedi para me limparem esta confusão. Evitem também perguntar quando sai o próximo capitulo, volto para casa dia 17. Até lá vão ter de esperar...

Abraço :)
 

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Pessoal já estou em casa, mas em casa da minha mãe... Portanto ainda não vou começar a postar aqui, mas já tenho um escrito e vou tentar escrever mais...

Desculpem :)
 

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podias escrever um livro com isto nao em BD ate era capaz de se sair bem nas vendas
 

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podias escrever um livro com isto nao em BD ate era capaz de se sair bem nas vendas

Lol. Mas eu nem tenho paciencia para escrever mais... Até gostava de ver como isto acaba mas não me apetece mesmo nada escrever :(

Mas já tenho mais um capitulo, vou postar o mais depressa possível...
 

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6º Capitulo

Pela primeira vez na viagem foram acordados por outra coisa que não o sol, e desta vez, bem antes de este nascer. Foram antes acordados por Amendoinzinho, a dizer que estava na hora se quisessem ir com eles para a batalha. Ainda meios a dormir saíram da tenda e olharam à volta, os homens estavam todos prontos a despedirem-se das mulheres e filhos, poderiam nunca mais voltar. Algumas mulheres choravam mas sabiam que era importante cuidar da mãe Natureza, esta batalha era necessária.
Os três estranhos à batalha prepararam-se também, limparam as suas e prepararam munições, enquanto Anita Thunder retocava a maquilhagem, ela iria ficar de fora a ver tal como o chefe da tribo, que já estava muito velho para combater.

Ainda andaram uma hora até chegar ao local da batalha, nenhum dos quatro sabia como iria ser a batalha. Ao chegarem depararam-se com um carril de um comboio. - Está na hora de saberem como isto se vai passar – disse Amendoinzinho para Lenam, Cruzetas e Cangaceira
- Esperem eu também quero saber – interrompeu Anita Thunder
- Muito bem, é o seguinte. O comboio passará aqui por volta do meio-dia, a hora em que o sol está no ponto mais alto.
Os quatro ouvintes olharam na direcção do sol e apesar da dificuldade em ver perceberam que já não faltava muito, Amendoinzinho continuava.
- Em primeiro lugar serão colocados aqueles enormes pedregulhos no meio dos carris, isso fará o comboio parar. O objectivo principal será destruir todos os materiais que trazem, para isso teremos ainda a ajuda dos explosivos que virão numa das carruagens. Devemos tentar fazer o mínimo de vítimas possíveis, a minha tribo acredita que todos os seres devem ser respeitados, mas faremos o que for preciso para cumprir o nosso objectivo. Quando o comboio parar serão lançados pela colina abaixo mais pedregulhos desta vez com o objectivo de destruir o mais possível as carruagens e aí avançarão os cavaleiros, e isso inclui-nos a nós. Enquanto isso os arqueiros cá atrás vão encher as carruagens de flechas dando-nos cobertura e permitindo-nos avançar o mais possível sem termos baixas. Quem se render será poupado, os restantes, terão um funeral digno…
Após o longo discurso de Amendoinzinho, começaram a rolar pela colina os pedregulhos que impediriam a passagem do comboio, Lenam, Cruzetas e Amendoinzinho ajudavam enquanto Anita Thunder desabafava o seu medo de que algo corresse mal com Cangaceira, que com o seu revólver à cintura tinha tudo menos medo.

Passaram alguns minutos até ouvirem o comboio. Finalmente apareceu entre duas colinas o comboio, seguido por cerca de umas oito carruagens e uma cortina de fumo. O comboio parou como previsto à frente das pedras, mas sem grande preocupação, pois não seria a primeira vez que ali pedras impediam a passagem.
Saíram da primeira carruagem dois homens que foram imediatamente trespassados por duas flechas, seguidos por um enorme grito dado pelo chefe da tribo, sinal de que o plano estava em marcha, agora já não havia como voltar atrás. Todos os cavalos e ainda alguns índios a correr desceram a colina numa questão de segundos. O objectivo deste grupo onde estavam incluídos Amendoinzinho e Cangaceira era criar a confusão na carruagem, fazer render os homens e começar a destruição de todo aquele material que ia na carruagem. Ouviam-se alguns tiros por parte dos homens e outros pelo revolver de Cangaceira mas Amendoinzinho e o resto dos índios serviam-se de um arco e flechas como arma.
- Achas que se vão render? – perguntou Cangaceira
- Eles não estavam nada à espera desta, vamos ter sucesso – respondeu Amendoinzinho.
Parecia que Amendoinzinho adivinhara, uns instantes depois caíram algumas no chão e um pano branco saía pela janela.
- Rendemo-nos! – gritou um homem aflito
Havia um homem atingido por uma bala num braço, outro uma flecha trespassara-lhe um ombro e outro tinha sido atingido com uma flecha certeira no coração. Os sete que sobreviveram foram atados com cordas e levados ao chefe que se encontrava no cimo da colina na companhia de Anita Thunder.
Enquanto tudo isto se passava, Lenam, Cruzetas e uns poucos restantes da tribo haviam dado a volta por trás da colina de maneira a aparecer do outro lado do comboio como reforço. Chegaram tarde de mais para assistir à batalha mas tiveram uma estranha visão, um homem de chapéu sozinho estava a assistir à emboscada, depois partiu cavalgando desaparecendo entre os altos e baixos, seria ele algum dos homens que queria destruir a floresta?

Ao chegarem ao comboio estava tudo resolvido, os bandidos estavam com o chefe e alguns membros da tribo, o resto estava pronto a pegar fogo ao que restava das carruagens que tinham já levado com pedras, balas e flechas. Três corpos foram enterrados com direito a uma pequena cerimónia e o objectivo estava cumprido. A missão tinha sido um sucesso.


1º Capitulo
2º Capitulo
3º Capitulo
4º Capitulo
5º Capitulo
6º Capitulo


Pronto pessoal está aqui o que já tinha escrito há uns tempos... Parece que ando sem paciência para escrever... :( O que acharam?
 

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está fixe gostei do meu personagem à fazer um breve discurso sobre a batalha
 

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ja disse o que tinha a dizer está muito boa e um livro de BD até dava bem se quisesse fazia te os desenhos depois mandava te mas como vai começar a escolinha é mais dificil e Paulo és menina???
 
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