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Capítulo I
Embora tudo tenha tentado, nunca mais consegui esquecer a noite de cinco de março de mil oitocentos e sessenta. Passei-a em Dallas pois tive que lá ir com o objetivo de me encontrar com um possível comprador de gado. Supostamente, ía lá de manhã e voltava, mas uma tempestade violenta invadiu a cidade e obrigou-me a lá passar a noite.
Entrei no saloon todo encharcado e deparei-me com uma multidão de gente que lá se abrigava. Sentei-me na bancada e pedi um copo de whisky, o qual me foi dado rapidamente. Engoli-o de um trago e fiquei a olhar para o vazio, a pensar no tédio que iria passar naquela noite.
As horas passaram-se... Eram duas da manhã quando pedi um quarto para dormir, mas responderam-me que os quartos estavam lotados. Tentei sentar-me outra vez na bancada mas o meu lugar já havia sido ocupado. Desesperado, e farto daquele aperto, saí do saloon e fui para a rua onde chovia violentamente.
Abrigei-me numa ruela entre duas casas, onde me sentei. Estava imenso frio. De repente ouvi disparos e vi emergindo do nevoeiro seis ou sete homens montados a cavalo com espingardas na mão. Entrei desesperadamente pela porta traseira do saloon, escondi-me atrás duma parede e pude ver no reflexo de um vidro os homens a entrar de armas em punho, sem nada a temer. Nestes cinco homens estavam presentes um índio, um homem baixíssimo sem um olho, um homem muito alto com um dedo a mais na mão esquerda e o homem mais assustador que alguma vez havia visto. Contudo, o que me chamou mais atenção foi o quinto elemento, visto que empunhava uma pistola toda talhada em prata na qual estavam gravadas as iniciais T.B.
O homem da pistola falou:
- Sabemos que, neste preciso saloon, se encontra Tom Barker e o próprio tem exatamente dez minutos para se entregar ou iremos começar a disparar em pessoas à sorte.
Ouvi um disparo e vi no reflexo do vidro uma mulher a cair ao chão. Senti uma vontade enorme de saltar para cima daqueles indivíduos e os matar, mas sabia que de nada isso valeria, visto eles serem cinco e estarem armados.
- Essa arma não te pertence! É um ultraje empunhares essa arma! - gritou o dono do saloon.
O homem da espingarda virou-se lentamente para o velhote e respondeu:
- Não me obriges a te matar! Sempre foste um bom companheiro.
- Aqui estou eu. - ouvi dizer.
- Tom Barker... Nunca pensei que fosse tão fácil. - respondeu o índio.
- Realmente não pensas mal de todo.
E nesse preciso instante, pela porta do saloon, entraram dois homens. Um deles apontou a arma ao índio e o outro ao homem baixo. Das escadas apareceu um outro homem que apontou a arma ao homem alto e Tom Barker sacou da pistola, imponentemente, e apontou-a ao Homem da pistola talhada em prata.
- Penso que tens algo que me pertence, Billy. - disse Tom Barker solenemente.
- Estás a falar da minha pistola? - perguntou Billy. - Aquela que comprei em Austin à uma semana atrás?
- Não estás em posição de mentir. Tens dez segundos para me dares a arma ou abrimos fogo.
A contagem começou e a multidão, não se importando com a tempestade, fugiu para as ruas com medo de ser apanhada no tiroteio.
Aos cinco segundos um relâmpago atingiu uma região próxima e o trovão foi confundido com um disparo, sendo que todos começaram a disparar em desespero. O primeiro a disparar foi o índio que acertou no homem que estava em cima das escadas. Meio segundo depois, o mesmo, foi atingido pelo homem que lhe estava a apontar a arma e caiu morto no chão. Tom Barker disparou e acertou no braço de Billy que rapidamente disparou e acertou no abdómen de Tom, que caiu sem fôlego no chão. O tiroteio apenas se prolongou por três segundos. No fim destes três míseros segundos Tom Barker estava no chão, com uma bala cravada no abdómen, e todos os invasores estavam mortos à excessão de Billy, que continuava a apontar a arma a Tom. Dos ajudantes de Tom apenas estava vivo um dos homens, John, que apontava firmemente a Billy, estando ileso.
Billy não reparara que estava na mira de John e preparava-se para disparar quando foi atingido na cabeça e caiu para à frente, morto.
Continua...
Embora tudo tenha tentado, nunca mais consegui esquecer a noite de cinco de março de mil oitocentos e sessenta. Passei-a em Dallas pois tive que lá ir com o objetivo de me encontrar com um possível comprador de gado. Supostamente, ía lá de manhã e voltava, mas uma tempestade violenta invadiu a cidade e obrigou-me a lá passar a noite.
Entrei no saloon todo encharcado e deparei-me com uma multidão de gente que lá se abrigava. Sentei-me na bancada e pedi um copo de whisky, o qual me foi dado rapidamente. Engoli-o de um trago e fiquei a olhar para o vazio, a pensar no tédio que iria passar naquela noite.
As horas passaram-se... Eram duas da manhã quando pedi um quarto para dormir, mas responderam-me que os quartos estavam lotados. Tentei sentar-me outra vez na bancada mas o meu lugar já havia sido ocupado. Desesperado, e farto daquele aperto, saí do saloon e fui para a rua onde chovia violentamente.
Abrigei-me numa ruela entre duas casas, onde me sentei. Estava imenso frio. De repente ouvi disparos e vi emergindo do nevoeiro seis ou sete homens montados a cavalo com espingardas na mão. Entrei desesperadamente pela porta traseira do saloon, escondi-me atrás duma parede e pude ver no reflexo de um vidro os homens a entrar de armas em punho, sem nada a temer. Nestes cinco homens estavam presentes um índio, um homem baixíssimo sem um olho, um homem muito alto com um dedo a mais na mão esquerda e o homem mais assustador que alguma vez havia visto. Contudo, o que me chamou mais atenção foi o quinto elemento, visto que empunhava uma pistola toda talhada em prata na qual estavam gravadas as iniciais T.B.
O homem da pistola falou:
- Sabemos que, neste preciso saloon, se encontra Tom Barker e o próprio tem exatamente dez minutos para se entregar ou iremos começar a disparar em pessoas à sorte.
Ouvi um disparo e vi no reflexo do vidro uma mulher a cair ao chão. Senti uma vontade enorme de saltar para cima daqueles indivíduos e os matar, mas sabia que de nada isso valeria, visto eles serem cinco e estarem armados.
- Essa arma não te pertence! É um ultraje empunhares essa arma! - gritou o dono do saloon.
O homem da espingarda virou-se lentamente para o velhote e respondeu:
- Não me obriges a te matar! Sempre foste um bom companheiro.
- Aqui estou eu. - ouvi dizer.
- Tom Barker... Nunca pensei que fosse tão fácil. - respondeu o índio.
- Realmente não pensas mal de todo.
E nesse preciso instante, pela porta do saloon, entraram dois homens. Um deles apontou a arma ao índio e o outro ao homem baixo. Das escadas apareceu um outro homem que apontou a arma ao homem alto e Tom Barker sacou da pistola, imponentemente, e apontou-a ao Homem da pistola talhada em prata.
- Penso que tens algo que me pertence, Billy. - disse Tom Barker solenemente.
- Estás a falar da minha pistola? - perguntou Billy. - Aquela que comprei em Austin à uma semana atrás?
- Não estás em posição de mentir. Tens dez segundos para me dares a arma ou abrimos fogo.
A contagem começou e a multidão, não se importando com a tempestade, fugiu para as ruas com medo de ser apanhada no tiroteio.
Aos cinco segundos um relâmpago atingiu uma região próxima e o trovão foi confundido com um disparo, sendo que todos começaram a disparar em desespero. O primeiro a disparar foi o índio que acertou no homem que estava em cima das escadas. Meio segundo depois, o mesmo, foi atingido pelo homem que lhe estava a apontar a arma e caiu morto no chão. Tom Barker disparou e acertou no braço de Billy que rapidamente disparou e acertou no abdómen de Tom, que caiu sem fôlego no chão. O tiroteio apenas se prolongou por três segundos. No fim destes três míseros segundos Tom Barker estava no chão, com uma bala cravada no abdómen, e todos os invasores estavam mortos à excessão de Billy, que continuava a apontar a arma a Tom. Dos ajudantes de Tom apenas estava vivo um dos homens, John, que apontava firmemente a Billy, estando ileso.
Billy não reparara que estava na mira de John e preparava-se para disparar quando foi atingido na cabeça e caiu para à frente, morto.
Continua...