The Legend

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Capítulo I


O dia nascia quente no forte Regan TX West Point, no Texas - perto da fronteira com New México - onde estavam as tropas destacadas para proteger as populações dos ataques dos índios que se tornavam cada vez mais frequentes.
O General Keith Evans e General Michael Arnett governavam as suas tropas com uma mão firme, eram homens retrógrados e desprezíveis. Tinham como grande objectivo o extermínio dos índios do território que lhes era cabido para vigiar e proteger.
Sendo assim, todos os dias eram enviadas expedições com vista a capatura de índios, nas quais por vezes, contava com a liderança dos próprios generais. Depois de capturarem os índios, colocavam-nos no pátio central (que era muito quente pois apanhava sol a todas as horas do dia), e deixavam-nos atados a um poste, apenas com duas rações diárias de pão e a hipótese de beber água uma vez por dia. E assim eram deixados, até ficarem muito fracos e acabarem por morrer.
Muitos dos soldados não gostavam desta situação quotidiana, e ajudavam os prisioneiros com damdo-lhes comida ou água que se desenrolava diante dos seus olhos. Entre eles estavam dois jovens tenentes, com cerca de 25 anos: Jack O’Neill e Charlie Taylor, que faziam todos os esforços possíveis para atenuar o sofrimento dos prisioneiros, falhando propositadamente nas expedições de captura.
Charlie acabava de abrir os olhos, e vê Jack a entrar na caserna com um ar bastante carrancudo.
-Fomos destacados para outra expedição para procurar peles vermelhas…-diz Jack.
-Não percebo aquele Evans, as nossas expedições falham sempre, somos sempre os piores…isto é…nunca capturamos ninguém, não consigo perceber a insistência desse idiota. E não nos podemos esquecer do excelentíssimo general Arnett – diz Charlie com um ar sarcástico – que é tão mau como o Evans.
- Tem de ser…basta continuarmos assim, sem dar nas vistas, que salvamos mais vidas do que se estivéssemos aqui nesta pasmaceira todo o dia – suspira Jack.
-Acho que tens razão...em parte. Vamos lá, já devem estar à nossa espera…


Continua​
 

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Capitulo II

Jack e Charlie saíram do forte logo após o amanhecer, com 15 homens a seu comando. Estavam obviamente, todos muito bem armados. Como já vinha sendo habitual durante o seu caminho Jack e Charlie preparavam um plano, que tinha como objectivo boicotar os planos dos Generais tiranos, ou seja a captura e tortura de mais nativos.
Jack aproxima-se do cavalo de Charlie, e olha à volta para verificar se está alguém perto o suficiente para ouvir a sua conversa, e pergunta:
-Qual é o plano Charlie?
-Creio que devemos acampar perto de alguma floresta, como se fosse uma armadilha…percebes? Uma emboscada…Mas num sítio onde os peles vermelhas nunca estariam.
-Boa ideia, mas uma floresta não, não à nenhuma aqui perto, não me apetece fazer uma viajem grande. Estava a pensar num desfiladeiro…que tal Oak Pass?
-Perfeito… e ficamos quanto tempo? Sabes que temos de ficar algum tempo, caso contrario o Evans e o Arnett vão desconfiar, olha que eles são espertos…-advertiu Charlie.
-Duas semanas ou mais, depois logo se vê, isso agora não interessa – disse Jack.
-Assim seja…

*​

Demoraram quatro dias a chegar a Oak Pass, montaram acampamento numa escarpa, bastante enfiada dentro da montanha, bastante escondida.
Tudo corria dentro do esperado e do normal, até que na madrugada do quarto dia, o vigia entra em grande alvoroço pelo acampamento acordando rapidamente os seus camaradas e os seus superiores, Jack e Charlie, e diz:
-Avistei movimento, são cerca de 15 peles vermelhas, só têm uma tocha acesa, mas dá para ver que são vermes da pior estirpe…-diz o soldado com desdém.
Jack torce o nariz e diz:
-Ninguém ataca! Não sabemos quem são! Quem desobedecer será severamente punido!
-Meu senhor…-diz o vigia - era a oportunidade porque esperávamos!
-Não me levantes a voz! Quem pensas que és? Sou teu superior!
- Sou um soldado ao serviço da pátria! E temos de limpar a escumalha que vagueia por aí, e empesta o ar e envergonha a nação!
Ouvem-se exclamações de apoio.
Jack e Charlie ficaram tensos, sabiam que estavam encurralados, e o pior ainda estava para acontecer.
 

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Jack e Charlie entreolharam-se por um angustiante momento, até que um soldado bastante corpulento e de ar vastante bruto diz com muitos maus modos:
-Atacamos com ou sem a vossa permissão, as nossas ordens são para capturar peles vermelhas, e é para isso que somos pagos!
-Atacaremos…Esperem que passem e atcaquem-nos por trás…Não quero mortos, estas são as minhas ordens que não cumprir será chicoteado!
-Sim, tenente O’Neill! – exclama o soldado, com uma entoação sarcástica.
Então todos esperavam silenciosamente, até que um dos homens ao carregar a sua arma, lhe caí um cartucho das mãos, que desce ruidosamente pela encosta, até cair perto do grupo de índios que viajava clandestinamente por aquelas passagens.
Foi o que bastou para que um dos índios ficasse altamente alerta e olhasse ansiosamente à sua voolta, e descobrisse a posição do homem que deixara cair o cartucho e consequentemente todos os outros.
E foi como se algo explodisse, ouviram-se silvos setas e lanças e os estrondos das poderosas armas de fogo. Uma bala cravou-se na perna de um dos índios, que soltou um grito abafado, um dos soldaods aproximou-se para o agarrar e morreu instantaneamente com uma seta cravada no coração, proveniente de um índio que se aproximara por trás.
Entretanto o grupo de índios estava em debanda, não conseguiam combater com armas de fogo. Um dos soldados correu o mais que podia e conseguiu apanhar um, que se debateu como pode, enquanto os seus companheiros fugiam sob uma chuva de balas, mas no fim rendeu-se…nada mais havia a fazer.
Jack observava o cenário grotesco do firmamento, e quando tudo acalmou, ele perscrutou a cena e viu algo que o aterrorizou, mas como não tinha a certeza avançou para verificar. Era verdade, estava um jovem índio no chão - não tinha mais de treze anos – com uma bala na cabeça, Jack não se lembrava da última vez que tinha chorado, mas naquele momento não consegui evitar. E uma lágrima indiscreta escorreu-lhe pela face à medida que uma avalanche de sentimentos contraditórios o envolvia por dentro.

*
Estavam a chegar ao forte Regan, ao fim de muitas expedições lideradas por Charlie e Jack, havia resultados conclusivos: 4 prisioneiros. Apesar desse facto, que supostamente deveria deixar os tenentes contentes, Jack fez todos os esforços possíveis e descobriu o culpado pela morte do jovem índio, e obrigou-o a cavar uma sepultura sob o sol ardente do meio-dia, no sítio mais duro que conseguiu arranjar, sob o olhar atento de Jack e Charlie. Mas os Generais desconheciam esse pormenor da expedição e sorriram e felicitaram Jack e Charlie quando estes chegavam de viagem pela missão bem sucedida.
Foram descansar, e no dia seguinte foram acordados por um servente de olhar cabisbaixo:
-Apresentem-se ao General Evans e Arnett – disse secamente.
Eles saíram da caserna e foram ao pátio principal, estavam os Generais e cerca de meia dúzia de homens armados. Apresentam-se com uma continência, e o General Evans diz:
- O’Neill e Taylor… temos de ter uma conversinha… – diz com um tom bastante agressivo.
Charlie olha à sua volta, todos têm uma expressão de poucos amigos, e ao fundo vê o homem que matou o jovem índio e que foi obrigado a cavar a sepultura, com um sorriso sinistro. E então Charlie percebeu que precisavam de um milagre para poderem escapar à fúria de Evans e Arnett.
 

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Capítulo IV

Evans continua a olha-los de forma sinistra e diz:
-Com que então temos aqui um esquadrão de protecção de vermes! Não têm vergonha?! Eu já suspeitava, tantas expedições…tão poucos resultados!
-Você é um porco! – diz Jack, cuspindo-lhe para as botas, tentando-lhe bater, mas estava preso por dois homens, e única coisa que ganhou foi um murro de Evans que o pôs a sangrar.
-Não te preocupes…isso pode estar a doer – diz Arnett a sorrir de forma presunçosa – mas não durante muito tempo, serão executados hoje, aqui e agora!
Jack sentiu que os seus pés deixavam o chão e que a sua cabeça estava mais quente que nunca.
-E vão ser executados por uma arma muito especial, não é que vos tenha de dar muitos pormenores mas é sempre interessante…-acrescentou Evans – Billy chega aqui!
Aparece um menino com cerca de dez anos, com cabelo preto e uns olhos verdes muito expressivos com um embrulho que transportava cuidadosamente entre as mãos.
-Obrigado filho – agradece Evans desembrulhando o pacote e aponta para Jack – Estás a ver uma Colt SAA Buntline .45 Long … foi a minha primeira arma, foi o meu pai que me deu há muitos anos – diz esfregando o cano da arma na cara de Jack. – Só tenho uma pergunta para vocês os dois… Porque é que dois rapazes como vocês, fortes, saudáveis e promissores vão fazer uma borrada destas?...É uma pena mas tem de ser…
Então Jack decidiu que tinha de ser rápido, olhou para Charlie e este assentiu.
Jack pisou um dos homens que o prendia e deu uma cotovelada ao outro, enquanto Charlie se desembaraça dos seus opositores e rasteirava Evans e dava um murro brutal na barriga de Arnett. Sem rodeios, Jack saca um revolver que tinha na bota e mata dois soldados três dos seis que lá estavam. E Charlie rouba a Colt das mãos de Evans e dá uma facada nas costas de outro soldado com um punhal que tinha no cinto. E começaram a fugir desenfreadamente na direcção das cavalariças, mas o caminho é-lhes barrado por Billy, o filho do General Evans, Jack aponta-lhe arma, ouve-se um grito…é Evans que corre na direcção de Jack e Charlie, Jack vira-se tão rápido e dá um tiro na cabeça de Evans, rápido, certeiro e letal. Billy grita, é um grito de desespero, corre para o seu pai e abraça-o chorando compulsivamente.
Jack e Charlie continuam a fugir na direcção das cavalariças e montam dois cavalos um Paint e um Mustang, rápidos e fortes, perfeitos dada a ocasião. Fogem na direcção do portão principal, têm 4 opositores, o General Arnett e três guardas. Jack mata os guardas com grande facilidade e Charlie aponta o seu punhal e atira-o com toda a sua força, estava longe mas era a sua única possibilidade, o punhal avançava, ao que lhe pareceu a uma velocidade alarmantemente lenta, e acerta em cheio no peito de Arnett. Não havia tempo para pensar no que tinham feito, esporeiam os cavalos para que eles andassem mais rápido e fogem pelo portão principal a grande velocidade.
Para trás ficava Billy que chorava em cima do corpo inanimado do seu pai, ele tentava ouvir o seu coração bater, mas sabia que isso não voltaria a acontecer, por isso fazendo jus aos ensinamentos de seu pai, ele ergue-se com dignidade e limpou as lágrimas, que prometeu nunca mais derramar e jurou a si próprio que de alguma maneira, de alguma forma ele ia pagar…Jack O’Neill quer na terra, quer no inferno ele ia pagar... E iria faze-lo sofrer mais do que o que ele o tinha feito sofrer.

Continua
 

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Capitulo V

Jack e Charlie cavalgaram várias horas o suficiente para que não os seguissem e apanhassem. Pararam junto a um ribeiro para que os cavalos pudessem descansar e beber água. Ambos estavam bastante apreensivos, mal tinham falado durante a viagem.
-Tens noção que assassinamos dois dos homens mais importantes das forças armadas do Texas? - Pergunta Charlie, era mais um desabafo que uma pergunta – e ainda por cima eles tinham filhos…o Arnett tinha um miúdo com dois anos, nem sequer conheceu o pai…
-Eu sei, mas para conhecer aquele monte de esterco, mais vale não ter pai…Isso agora não interessa, o que temos de fazer agora é ser rápidos a pensar, porque daqui a duas semanas no máximo temos retratos nossos por todas as cidades do Texas. A dizer: PROCURA-SE 10 000 $ RECOMPENSA VIVOS OU MORTOS, os caçadores de prémios até se passam – ironizou Jack.
- Temos de arranjar dinheiro…temos de comer alguma coisa – diz Charlie levando a mão à barriga.
-Também estava a pensar nisso…sabes do que me lembrei?
-Não, diz lá! – Disse Charlie sem paciência.
-Com o que fizemos, se formos apanhados vamos para à forca, nisso não há volta dar, por isso acho que talvez…quem sabe…É fácil e ganhas muito dinheiro…-diz Jack hesitante.
-Tu não estás? …-Jack assentiu – assaltar um banco?! Estás doido! Piraste de vez!
-Estás com medo de quê? Não temos nada a perder!
-POIS NÃO…SÓ O PESCOÇO!
Muito discutiram até que Charlie acedeu:
-Está bem! Chato, e já agora a que cidade pensas ir?
-Estava a pensar em Amarillo…
-Tu és maluco! Isso é enorme…deve ter imensos soldados a proteger a cidade…
-Por isso mesmo, mais confusão, é melhor que cidades pequenas…
-Está bem, vamos lá, mas se acontecer alguma coisa de mal a culpa é tua! - Grita Charlie.
- Cala-te! – Riu-se Jack – vamo-nos pôr a andar, ainda à muito sol e faltam-nos muitos dias de viagem!
*​
Chegaram a Amarillo passados cinco dias de penosa vigem pelos desertos. Pararam num penhasco, bastante alto com vista ampla para a cidade, era uma das maiores que tinham visto na sua vida, era uma espécie de formigueiro que fervilhava com actividade. Charlie virou-se para Jack e perguntou:
-Então génio? Qual é o plano?
-Tenho tudo pensado, lembras-te daquela cidade onde parámos para comprar comida? Eu fui à lojinha daquele velhote enquanto tu ias tratar da comida, e comprei 2 paus de dinamite…E é a partir daí que vem o meu plano…
-Vá lá conta!
- Avançamos para a cidade quando a noite estiver alta, e como sabes o banco é do lado sul da cidade, vamos para o lado oposto e rebentamos estas meninas…E como sabes a curiosidade é por vezes mais forte, vai a cidade em peso ver o que se passou, até aqueles que têm de tomar conta do banco…e aí atacamos, sem ninguém ver, e só se apercebem quando já estivermos longe…bem longe…
-E se aparecer alguém? – Pergunta Charlie hesitante.
-Temos a Colt do Evans…
-Está bem, então amanhã à noite, amanha durante o dia vamos reconhecer o terreno.

PS:Espero que gostem, mas para o próximo é que vai haver acção...:D
 

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Capitulo VI

Como tinham combinado, logo pela manhã foram fazer um reconhecimento do local. De dia o banco era guardado por 4 soldados, 2 do lado de fora, 2 do lado de dentro a proteger o funcionário do banco, que por sinal era uma das pessoas mais importantes da cidade. De resto havia mais soldados na cidade mas mais pareciam estar de férias, bebiam e jogavam na taberna, mandavam piropos às raparigas que passavam, etc. Viram qual era o melhor edifício para rebentar os paus de dinamite, decidiram que o melhor era um anexo à loja da cidade.
E voltaram para o sítio onde tinham o seu acampamento. Estavam a arrumar as coisas e Charlie disse:
- Tens a certeza que queres fazer isto? – Pergunta Charlie.
-Claro que sim! Nós vamos conseguir sem problemas! Já fizemos coisas bem piores.
- Está bem, mas tenho um mau pressentimento. Estive a pensar…temos de dar nomes aos cavalos, agora são nossos, eu prefiro o Paint, ficas com o mustang?
-Claro que sim, o meu vai chamar-se…Fuego! Fica bem e o teu? – Pergunta Jack.
-O meu pode ser Silver! Assim, sim, agora os cavalos já têm nome!
*
Tinham esperado cinco horas depois do por do sol, estava na hora, tinham os cavalos selados e tudo arranjado para parir logo. Jack tinha a Colt que fora do General Evans e Charlie um bastão de madeira bastante maciço, e ambos tinham as caras tapadas com lenços.
-Já sabes…se aparecer alguém eu trato-lhe da saúde. Não uses essa arma a menos que seja necessário – advertiu charlie.
-Eu sei…não sou estúpido! – Retorquiu Jack.
Avançaram silenciosamente e deixaram os cavalos prontos presos num sítio estratégico para uma fuga rápida, e depois foram para o anexo da loja e colocaram cuidadosamente os paus de dinamite no sítio pretendido.
-É agora…assim que isto rebentar fugimos por aquela estrada que passa por detrás da última fila de casas e epois vamos directos para o banco… e atacamos.
Jack acendeu o rastilho, eles fugiram rapidamente, segundos depois ouve-se um estrondo e depois murmúrios e pessoas a sair das suas casas com a roupa que dormiam com lanternas ou tochas, dirigindo-se para o local do estrondo.
Jack e Charlie chegam e escondem-se atrás de umas caixas grandes que lá estavam. Estava apenas um homem a guardar a porta, que estava mortinho por ir ver o que se passava, mas não saiu do seu posto. O homem estava uns metros afastados da porta, por isso Charlie, foi furtivamente para a parede do banco e encostou-se, muito quieto, e foi avançando sempre com as costas encostadas à parede. Jack atira uma pedra para a esquina contrária e o soldado vira-se de repente para ver o que era. Charlie salta-lhe em cima e mete-lhe uma mão no pescoço, impedindo-o de falar, e depois dá-lhe um murro fortíssimo na cabeça, que quase o deixa inconsciente, Charlie mete-lhe um pano na boca para que este não falasse. Jack aproxima-se e tira-lhe as chaves e entra seguido de Charlie que carregava o corpo inerte do soldado, e fecham a porta atrás de si.
Não estava ninguém lá dentro, Charlie deposita o soldado no chão que acorda de imediato comas chapadas que estava a levar, tenta gritar mas não consegue.
-Tu! Diz-me onde está o cofre! – exige Jack – Se gritas levas um tiro!
Charlie tira-lhe o pano da boca, ele tentasse levantar, leva outro murro de charlie e caí de bruços no chão, Charlie ameaça que lhe vai dar outro.
-Está atrás do quadro de recados…não me matem…tenho mulher e filhos, não me matem! – pede em desespero o soldado.
-Cala-te! Ninguém te vai matar! – Diz Jack impaciente.
Charlie mete-lhe o pano na boca novamente, Jack aproxima-se dele e diz:
-Qual é a chave? Tu, ó idiota qual é a chave que abre o cofre?
Este encolhe os ombros, Jack ameaça dar-lhe um pontapé, mas tira-lhe e o pano, ele diz:
- Sou apenas um segurança, não sei qual é a chave mas está nesse molho. – e apontou para a secretária.
Jack foi experimentando as chaves, quando já estava a desesperar, a penúltima deu, abriu o cofre…estava cheio de dinheiro, começaram a pô-lo nos sacos, mas tinham demorado muito tempo a encontrar a chave certa. Quando já tinham todo o dinheiro dentro dos sacos, ouvem vozes distantes:
-Isto é muito estranho…Vou verificar o banco, vocês os cinco venham comigo, isto está a cheirar-me a esturro…
Jack olha para Charlie, tinham de ser rápidos, caso contrário seriam apanhados….
 

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Capitulo VII

Jack pensou rapidamente, sabia que vinham 6 homens ao banco, fechou o cofre rapidamente e colocou o quadro de recados, enquanto Charlie arrastava o soldado que eles tinham atacado para dentro de uma pequena salinha adjacente, Jack seguiu e fecharam a porta atrás de si com muito cuidado. O soldado estava a tentar falar, por isso Jack chegou-se ao pé dele e deu-lhe um murro na cabeça que o pôs inconsciente.
Jack pegou na colt e meteu-se do lado esquerdo da porta e Charlie fez o mesmo do lado direito.
-Charlie…se entrar alguém aqui dentro dá-lhe com isso - bichanou Jack, referindo-se à moca que Charlie tinha.
Os 6 homens entram.
-Tem a certeza que está aqui alguém, sr.Xerife? Eu não estou a ver nada…-disse um dos soldados.
-Tu por acaso viste o McEwen à porta? Onde pode ele estar, aquele rapaz é tão certo, não deixaria o seu posto sem uma boa razão. – Disse o Xerife – Tu! Tucker vai dentro daquela sala, é só para ter a certeza – disse o xerife para o soldado que estava perto da porta.
Ele avançou para a porta, agarrou na maçaneta e rodou-a, Jack esperou que ele entrasse e depois silenciosamente agarrou-o pelo pescoço, Charlie fechou a porta e deu-lhe uma cacetada com moca, já só restavam 5 homens para lidar. Lá fora os outros que não se tinham apercebido o que acabara de acontecer estranhavam a demora do seu colega.
-Ó Tucker despacha-te que se passa?! -gritou o xerife, e com isto avançou para o quarto, Charlie estava pronto assim que ele entrou levou uma mocada, mas os outros viram, e um deles sacou da pistola, então Jack teve de entrar em acção. Mandou-se para o chão e deu dois tiros, matou dois dos soldados que estavam lá fora. Estavam dois inconscientes e dois mortos, restavam dois. Um fugiu para avisar os outros, outro atirou-se a Charlie, não tinha arma, mas era forte, mas Charlie era mais, deu-lhe um murro que fez com que baixa-se a guarda e deu-lhe com moca com toda a força, ele caiu no chão a sangtrar muito.
-Vamos embora, já deve toda a gente saber, agarra os sacos! - gritou Jack.
Com isto eles começaram a fugir, saíram do banco e começaram a correr pela rua em direcção ao sítio onde estavm os cavalos, mas ouviram tiros atrás de si, e poir cascos de cavalo, isto funcionou como incentivo, começaram a correr mais e mais rápido. Chegaram perto dos seus cavalos e montaram rapidamente, ouviram mais tiros, mas desta vez mais perto, Jack olhou para trás e viu que estavam uns três ou mais soldados no seu encalce, mas os seus cavalos não eram tão bons como os deles mas continuaram a persegui-los por muito tempo, até que os conseguiram despistar. Pararam pois os cavalos estavam cansadíssimos.
-Nunca mais faço isto! Íamos sendo apanhados! – Grita Charlie para Jack.
-Está mas é calado, já olhaste para os sacos de dinheiro, estamos ricos, isto era outra das razões porque queriam assaltar um sítio grande, tem mais dinheiro…-riu-se Jack.
-Tu achas piada! Se fossemos apanhados estávamos mortos!
-Mas não fomos, temos de sair daqui e depois é viver dos rendimentos…
-Vai ser esta a nossa vida a partir de agora? Criminosos?! Eu não quero isto para mim!
-Mas por agora vai ter de ser! Não temos para onde ir! – disse Jack enraivecido – E espera até todo o Texas conhecer as nossas caras pelo assassínio de duas das mais altas patentes do exército!
*​
Durante 6 anos Jack e Charlie viveram, assim, como viajantes sem destino, foras da lei procurados, e Jack já se tornara bem conhecido pelas suas habilidades como pistoleiro, eram temidos por todo o oeste, pois já tinham assaltado, pilhado muitas cidades e morto muitos homens em duelos. Mas tudo mudou quando Jack conheceu Elisabeth, uma rapariga três anos mais nova que ele, era alemã e era filha de um homem bastante influente em Black Hills perto de Boston.
Jack era um fora da lei, nunca seria aceite pelo pai de Elisabeth, por isso um dia Elisabeth fugiu com Jack e Charlie. Fugiram para bem longe, para uma cidade muito pequena, com pouca gente onde nínguem os conhecia. Uma cidade chamada Bellemont a dois dias de caminho de El Paso, aí Jack trocou a pistola por um arado e dedicou-se à terra e Chalie abriu uma taberna.
Viviam felizes e passado um ano tiveram um filho, a que chamaram William O’Neill, era muito bonito, tinham um cabelo preto muito forte e uns olhos azuis que herdara da mãe. Um ano depois tiveram outro chamaram-lhe Kyle.
*​
Do outro lado do Texas estava Bill Arnett, tinha agora 17 anos e procurava desesperadamente Jack e Charlie, todos julgavam que estava louco, pois perseguia aquele objectivo com um intensidade louca, e normalmente dizia aqueles que achavam que ele estava louco:
-Quando o meu pai morreu disse que o mataria…e é isso que vou fazer nem que morra a procurá-lo! - dizia sinistramente, com um brilho maléfico nos olhos.
 

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Capitulo VIII

16 anos depois…
Bill “Kid Kill” Evans e o seu gang aterrorizavam todo o oeste, o filho do General Evans morto á 25 anos, era o seu líder. As suas capacidades como pistoleiro eram inigualáveis, não tinha perdido um único duelo, mas diziam que estava louco, pois perseguia já á muito o misterioso Jack O’Neill, que desaparecera á 16 anos anos atrás sem deixar rasto. Apesar deste facto Billy, um dia jurou a seu pai que se ía vingar por ele, e não tinha ideias de desistir. Ele e o seu gang viajavam por todo o lado, assaltando bancos, pilhando cidades deixando um rasto de destruição sem precedentes á sua passagem, mas sempre atentos e vigilantes procurando Jack.
Clanton Gang assim se chamava o gang liderado por Billy, era composto por 5 homens: Billy “Kid Kill” Evans, Josh Arnett – filho do General Arnett, que também em busca de vingança se juntara a Billy –, Butch Allen e Scott Anderson. Estes últimos 3 eram totalmente submissos e leais a Billy, pois também eles temiam Billy, temiam aqueles olhos verdes que quando se fixavam em alguém causavam arrepios e medo, um medo irracional, como um reflexo, pois Billy estava tão impregnado de ódio e sede de vingança que afogara tudo o que de bom possa ter existido nele.
O Clanton gang estava perto de El Paso, estava um dia tórrido e Billy estava a fazer o seu treino com a sua pistola, quando Butch e Josh vindo da cidade diz para Billy:
-Billy… tenho de te dizer uma coisa… desculpa incomodar-te durante o treino. –Diz Butch hesitante.
-Que queres?! – Diz Billy com maus modos – Já sabem que odeio que me interrompam quando estou a treinar!
- Desculpa, mas…vi dois rapazes em El Paso, ouvi um deles a dizer o nome…sabes ele disse que se chamava Will O’Neill… – diz Butch.
Billy que estava de cabeça baixa, levantou de imediato e fixou os olhos de Butch, que depressa virou a cabeça, odiava quando ele o olhava. Passaram dois minutos em que ninguém falou e então Billy disse, com uma voz terrivelmente assustadora e arrepiante:
-Tens a certeza!...Como te pareceu? Como é que era?
-Bem…esse tal Will era alto, tinha ombros largos, cabelo preto liso e escorrido e uns 18 anos, e o outro que não sei o nome era da mesma constituição mas era mais novo, era louro e tinha o cabelo espetado.
-Seguiram-nos?! – Diz Billy aos berros.
-Não… – desta vez foi Josh quem falou, Butch estava encostado numa árvore a poucos metros e Scott perto de Butch.
-Agora não sabemos onde vivem! Idiotas! Não sabem fazer nada!
-Espera Bill, vamos lá a El Paso eles pareciam bastante íntimos com o homem da loja, ele deve saber alguma coisa e se não quiser dizer, ali o meu amigo vai ajudar – Diz Josh, apontando para um punhal que tinha no cinto.
-Vão lá e despachem-se, têm até amanhã de manhã para descobrir… – e depois olhando para o céu diz – É agora Jack vais morrer, eu sabia que um dia isso iria acontecer – e depois dá uma gargalhada vira-se e dá um tiro que acerta no centro do alvo e faz um trejeito de satisfação, sabendo que a vingança estava próxima, mas próxima do que alguma vez esteve…
*
Butch, Josh e Scott chegam ao pé de Billy e Josh simplesmente diz:
-Bellemont.
-Vamos! Aproveitaremos ainda as horas de sol que nos restam…-diz Billy com um entusiasmo pouco próprio dele, um homem recatado e sinistro e começaram a sua jornada até Bellemont.
*
Em Bellemont o sol já se punha, Jack trabalhava na sua quinta com a sua mulher Elisabeth, qundo Will w Kyle chegam.
-Olá pai, olá mãe, compramos o que vocês queriam – diz Will – está tudo bem por aqui, continua tudo na mesma?
-Sim está tudo bem, hoje vem cá jantar o Charlie. No entanto tenho uma má notícia, vocês, amanhã têm de ir a Tombston entregar uma coisa ao George Crook, lamento sei que acabaram de chegar mas tem de ser…
-Não faz mal pai, eu adoro viajar. – Diz Kyle.
*
No dia seguinte Kyle e Will partem para Tombston, e por volta das quatro horas da tarde o Clanton Gang chega, e Billy envia Butch á cidade para ter a certeza que era mesmo Jack que habitava naquela cidade, e para sua surpresa e satisfação decobre também Charlie. O Gang vai para perto da quinta de Jack. Billy diz aos seus companheiros:
-Vamos pegar fogo a tudo isto, mas eu quero matar o Jack pela minha mão…a vingança está cada vez mais perto!

Continua....
PS:espero k gostem e estou ja a escrever outro(Vasco e Gambinho entram agora)
 

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Capitulo IX

Butch e Scott avançaram e pegaram fogo ao celeiro e deixaram sair os animais das cercas, tudo para gerar mais caos. Elisabeth estava em casa e começou a sentir um cheiro a fumo bastante intenso, e disse para Jack que estava sentado perto dela:
-Jack acho que há fogo aqui perto. – Com isto olhou pela janela – Jack! Os animais estam soltos, soltaste-os?!
-Eu?! Espera lá! – Jack olhou pela janela das traseiras e viu o celeiro em fogo – Elisabth está tudo a arder o celeiro! Algo está mal aqui.
Jack levanta-se pega numa arma e sai para fora de cãs com cautela e perscruta a quinta á procura de alguém, não vê ninguém, entretanto ouve-se Charlie ao longe a chama-lo, Jack vai ao pátio da frente, e pergunta a Charlie:
-Viste alguém? Eu não sei como isto aconteceu. – diz Jack preocupado.
-Não, achas que é alguém que o exército nos descobriu?
-Eu acho que é outra coisa… - e não diz mais nada. Ouve-se um grito dentro de casa, Jack diz para Charlie:
-Vai procurar ajuda!
-Não te vou deixar aqui! – Retorquiu Charlie.
-Vais! Não me serves de nada morto, temos 50 anos, se quem nos tiver a atacar for algum novo desfaz-nos!
Charlie dá meia volta e saí da quinta. Jack entra dentro de casa e para seu horror vê a sua mulher agarrada por um homem com uma arma apontada à cabeça e de repente da escuridão outros três homens aparecem, dois metem-se a um canto, mas um deles aproxima-se de Jack.
-Lembras-te de mim Jack O’Neill?! Lembras-te?!
- Não sei quem és! O que queres de mim?! – responde Jack agressivamente com a arma apontada á cabeça do estranho.
-Vou-te dar uma pista…Há 25 anos no forte Regan TX West Point, tu mataste um homem!
-Tu…-diz Jack hesitante - És o filho do Evans!
-Pois sou…tu mataste-o e eu jurei pelo meu pai que tu irias ter o mesmo destino que ele…é irónico à 25 anos apontavas-me uma arma e agora fazes o mesmo, mas agora eu tenho a tua amada, por isso sugiro que baixes isso! – Diz Billy. – Agora lá para fora! Isto está quase a arder…
Todos saíram e Billy olhava fixamente para a arma que Jack tinha na mão.
-Essa é a arma do meu pai? A arma com que o matas-te? – diz com uma calma assustadora.
-Sim…e agora é minha! E se a queres de volta desafio-te a tirasme-la!
-Assim seja, seu morcego velho achas que tens alguma hipótese?
Jack sabia que não, sabia a fama de Billy, e a alcunha que tinha ganho não era a brincar, mas tinha de tentar proteger Elisabeth e o que restava da sua quinta.
Preparam-se e começou o duelo, Jack disparou, falhou e Billy riposta com uma velocidade assustadora e acerta na perna de Jack que caí pelo chão, Billy aproxima-se e Jack do chão dá um tiro cego e acerta de raspão no ombro de Billy que não se deteu e avançou a correr velozmente e deu um pontapé na mão de Jack que deixou cair a Colt que fora do seu pai, agarrou nele e disse:
-Como vez não tens hipóteses, velhote e agora para conheceres o que é a dor…Josh agarra numa tocha e mete a mão da senhora a…aquecer – e risse.
-Como?!
-Faz o que te digo!
Josh assim fez, Elisabeth gritou de dor e Jack começou a chorar, a tortura continuou por uns minutos sufocantes que mais pareceram horas para Jack.
-Por favor pára mata-me a mim!
-Se queres assim…Butch ata ali aquele porco. – Ordena Billy olhando com desprezo para Jack. – Nunca pensei que descesses tão baixo! A pedir clemência, e nem sequer é para salvares a tua pele!
Butch atou Jack e em seguida arrastou-o ate estar em de pé em frente a Billy, Elisabeth debatia-se nas mãos de Scott, mas nada mais havia a fazer.
-Nem sebes o que sonhei com este momento, o momento em que te mataria com um tiro na cabeça, como foi com o meu pai, e ironia das ironias vai ser com a mesma arma, 25 anos depois.
E com frieza virou-se e deu um tiro em Elisabeth, matou-a logo, Jack gritou desesperadamente tentando libertar-se para se aproximar da sua falecida mulher.
-És um mentiroso, miserável! – gritou Jack.
-Agora sabes o que é ver alguém que nos é muito querido ser morto à nossa frente!
E com isto virou-se e deu um tiro na cabeça de Jack, com a Colt que matara seu pai, 25 anos depois o destino cumpria-se, Billy tinha cumprido o seu objectivo e colocou o chapéu de comboy que pertencera ao seu pai em cima da barriga de Jack. E com um cenário de destruição, desespero e morte, saiu com passo calmo da quinta onde dias antes reinára a felicidade agora destruida talvez para sempre.
 

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Capitulo X

Kyle e Will chegaram a Bellemont bastante animados, e decidiram ir à taberna, queriam beber alguma coisa depois da sua viajem a Tombston, que apesar de ser curta os deixara um pouco cansados. Dirigiam-se para a taberna quando Charlie os interpelou com ar preocupado:
-Rapazes, algo de estranho está a acontecer na vossa quinta, já saí de lá a um tempo, o vosso pai mandou-me vir buscar ajuda, mas o caminho desde vossa casa é longo e já saí de lá à mais de 20 minutos, mas não encontro ninguém que vá lá comigo, foram todos vender as suas coisas ao mercado em El Paso, e isto está deserto. Venham comigo rápido, vamos de cavalo, porque estou com um mau pressentimento, e estava tudo em chamas…
-Em chamas?! – Perguntou Kyle incrédulo – Então estamos aqui a falar para quê?! Eles devem precisar de nós!
Montaram os seus cavalos e partiram para a quinta dos O’Neill.
*
De longe avistava-se o fumo que saia em espiral da quinta, quando chegaram viram tudo muito calmo, e o fogo avançava para longe da casa por causa do vento que soprava no sentido contrário.
-Foi um sorte…A casa está de pé. – Diz Will aliviado. – Vamos à procura do pai e da mãe.
Avançaram pela quinta semi destruída, quando chegaram perto da casa desmontaram e começaram a chamar por Jack e Elisabeth, não respondiam, Charlie estava cada vez mais preocupado, e o mesmo acontecia com Will e Kyle.
Kyle separou-se do grupo e entrou em casa, estava um prato partido no chão e uma maça meia comida em cima da mesa, ele estava cada vez mais desconfiado. Saiu pelas traseiras e foi então que viu a sua mãe, que jazia morta no chão com um tiro na cabeça. Deu um grito de gelar o sangue. Will e Charlie vieram logo, ver o que se passava, e virão também, Will caiu de joelhos perto da sua mãe e chorou a sua morte em silencio, muito diferente do furioso Kyle que estava descontrolado a procurar o seu pai, descobriu mais adiante com um chapéu em cima de si, apanhou-o e tentou descobrir se tinha um nome. Tinha, por dentro dizia: Keith Evans, não sabia se queria dizer alguma coisa, o seu pai nunca lhe tinha contado nada acerca do seu passado, mas ele sabia que o seu pai era procurado por crime grave contra o estado, mas nada mais. E com lágrimas de fúria a escorrer-lhe pela face aproximou-se de Charlie e mostrou-lhe o chapéu. A expressão de Charlie ensombrou-se:
-O teu pai matou este homem á 25 anos, era um general que governava o forte onde nós trabalhávamos, deve ter sido vingança, não sei de quem mas deve ter sido de alguém próximo do Evans para ter um chapéu dele. – Disse Charlie aos soluços.
A seguir eles recolheram os corpos e limparam-lhes o sangue e enterraram-nos no cimo da colina, que tinham ao pé de casa. Todos estavam muito em baixo, e Charlie continuava a pensar quem poderia ter sido. Começou a chover muito, mas não se importaram, estavam demasiado abatidos para reparar. Até que Charlie se lembrou de uma pessoa, por esta altura já devia ter trinta e muitos anos, o filho de Evans, o pequeno Billy, com aqueles olhos verdes cheios de ódio que há 25 anos o olhou, a ele e a Jack, poderia ser, estava ciente que era um possibilidade bem forte. Partilhou as suas desconfianças com Kyle e Will. Ambos levantaram a cabeça e Kyle disse:
-Vamos ainda devem de estar perto! Temos de ir!
-O Kyle tem razão, partiremos hoje ainda, por favor Charlie tens de nos ajudar!
-Calma eu percebo, mas tem de perceber que podem não voltar, e eu sei porque vejo nos jornais e pelas conversas de alguns viajantes que passam pela minha taberna que o homem que vocês procuram, o Billy “Kid Kill” Evans, é um dos melhores pistoleiros de todo o Texas, ainda não perdeu nenhum… – Avisou Charlie.
-Isso agora não interessa…Temos de ir, pela honra do nosso pai.
-Ajudarvos-ei, preparemos algumas coisas que iremos precisar.
-Espera…Charlie, tu não vens connosco – disse Will – Quero-te pedir um grande favor, fica aqui e reconstrói a nossa quinta, isto agora é um assunto nosso.
-Nem penses…Eu vou convosco!
-De homem para homem, isto é uma questão de honra, já ajudastes muito o nosso pai, agora é a nossa vez de honrar-mos o nosso nome.
-Assim seja Will, espero que saibas o que estás a fazer, e como contrapartida vou-vos dar duas armas, duas Colt 45 Peacemaker’s dos meus velhos tempos.
-Muito obrigado Charlie. – Disse Will comovido.
E no meio de abraços e lágrimas despediram-se e partiram em direcção ao por do sol pelo caminho que os levava ao coração do Texas.
*
Acamparam numa clareira, no meio de um pequeno bosque numa colina a algumas horas de Bellemont, foram dormir sem trocar uma palavra, não conseguiam dormir, mas também não conseguiam falar. Ficaram assim por umas duas horas, até que Kyle ouviu um barulho estranho, agarrou com foça a sua Peacemaker e fingiu dormir, Will fez o mesmo. Will abriu os olhos e na penumbra identificou três figuras recortadas entre a escuridão, estavam com a cara tapada, eram assaltantes.
De repente Kyle descontrolado levantasse como uma flecha e começa a dar murros no ar a tentar acertar nos assaltantes, Will amaldiçoa a sua sorte e levantasse de rompante, juntando-se à luta. Tudo corria mal na sua vida e Kyle com o seu temperamento explosivo, só veio piorar as coisas.


PS:Hoje foram 2 capitulos xD, espero que gostem.
 

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Capitulo XI

Kyle estava em chama, depois da morte dos seus pais, e destruição da sua quinta uns assaltantes tinham-nos atacado, e em vez de reagir de cabeça fria lançou-se é luta como um touro enraivecido, apesar de ser mais fraco que os assaltantes a sua fúria não tinha limites. Dava murros e mais murros no ar, sem acertar em ninguém, até que atingiu um dos assaltantes com fúria imensa, deitou-o pelo chão e atirou-se para cima dele e deu-lhe murros e mais murros até que um dos assaltantes lhe deu um pontapé para libertar o companheiro. Will fora ajudar o seu irmão, mas a luz era bastante escassa não se via nada, e para acabar com aquilo pegou na sua pistola e disparou para o ar, o que fez com que todos parassem, todos menos o descontrolado Kyle que continuava na sua luta patética, até que tropeçou e caiu batendo com a cabeça num tronco, ficando atordoado.
- Saiam daqui! Não temos dinheiro nem nada de valor para vocês, e o meu irmão não está nas melhores condições!
-Sei que parece difícil de acreditar mas só queremos comida, não comemos á dois dias, já não aguentamos mais! – Pediu um deles, parecia sincero, mas era de desconfiar.
-Bastava terem pedido…eu não ajudo ladrões, saiam daqui antes que vos dê um tiro. – Disse Will agressivamente.
-Nós também temos armas fedelho, não te metas comigo! – Avisou o que estava mais perto de Will.
-Vamos todos ter calma… - disse o assaltante que Kyle tinha esmurrado, tinha a cara tapada, mas tinha sangue do lado esquerdo da cabeça, era muito mais baixo que os outros dois – Só queremos que nos perdoem por termos tentado assaltar-vos, só queremos um pouco de pão, nada mais e depois vamos embora, agora baixem as armas – disse diplomaticamente – V baixa a arma.
O homem aquém o outro chamou de V, hesitantemente baixou a arma e Will fez o mesmo segundos depois. V aproximou-se de Will, tirou o lenço da cara e apertou-lhe a mão. Era um homem novo, tinha uns 25 anos, cabelo e olhos castanhos e a barba de vários dias, o outro fez mesmo, eram iguais.
-Vocês são gémeos! – Disse Kyle incrédulo.
- Já tínhamos reparado! – disse sarcasticamente o mais baixo á medida que tirava o lenço da cara.
Ao tirar o lenço da cara, para surpresa de Kyle e Will, era uma mulher, tinha uns 17 anos, era loira e tinha uns olhos cor de mel, muito bonitos, um rosto delicado apesar das nódoas negras que se formavam por causa dos murros de Kyle.
- Mary Storms, ao vosso serviço, apesar das dores na cara… - disse friamente lançando um olhar cheio de ódio para Kyle.
-Desculpa…eu não sabia que eras uma mulher – coçando a cabeça, envergonhado – mas tens de perceber que nas circunstâncias, eu estava um pouco descontrolado, por favor desculpa-me.
-Guarda esses argumentos sexistas para ti pirralho!
-Pirralho?! Achas que és muito mais velha que eu?! – Perguntou Kyle.
- Já chega crianças guardem as lutas idiotas para depois. – Disse um dos gémeos. – Eu sou o Vasco Melo, mas como vocês americanos são patéticos quando dizem o meu nome tratam-me por V.
-Eu sou o Gambinho, sou obviamente irmão do Vasco, por isso também me tratam por G, é mais fácil.
-Vocês são de onde? – Perguntou Will curioso.
-É melhor sentarmo-nos, é uma longa história… - disse G.
Fizeram uma fogueira, e sentaram-se, começaram a comer, estavam esfomeados, e V começou a contar:
-Nós viemos da Europa, éramos oficiais da Marinha, mais precisamente da marinha portuguesa, e como digamos, desobedecemos ao comandante, ficámos no em terra no porto de New York, onde conhecemos a Mary, há 5 anos, ele tinha 14 anos e estava abandonada ao frio no porto, então ficou connosco, e ensinou-nos inglês. Estivemos em New York um ano, a viver como mendigos, e decidimos vir para o Texas, diziam que se podia viver só de duelos, e nós procurávamos aventuras, então viemos até cá, estivemos 6 meses de viagem até que chegamos ao Texas, mas a Mary era muito nova por isso decidimos fixar-nos, e começamos a trabalhar num rancho a algumas horas de Dallas, mas o velhote morreu e os filhos venderam aquilo e ficámos sem emprego, isto foi hà 7 ou 8 meses, e andámos por aí a vadiar, mas o dinheiro acabou-se, estávamos cansados, com fome e vocês pareciam um alvo fácil, acreditem somos boa gente, tivemos foi azar com a vida. E vocês o que fazem aqui?
-Isso é outra longa história… - disse Will, mas contou-lhes tudo, ele estava a alic«viar o seu coração, Kyle não falou, apensa derramou um lágrima indiscreta que limpou logo, não queria dar ar de fraco.
-Então não sabem o que fazer, ou para onde ir? – perguntou Mary.
-Não. – Respondeu Will simplesmente – Não sabemos onde foi esse Billy, mas havemos de descobrir.

PS:QUE AXAM??:)
 

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Capitulo XII

Estavam os 5 á volta da fogueira a conversar á muito, já era bastantes tarde.
-Bem, sei que isto pode ser um pouco esquisito e que vocês considerem totalmente disparatado, mas nós não sabemos para onde ir, vocês também não. E acho a vossa causa nobre, por isso podemos viajar com vocês? – Perguntou V dirigindo-se a Kyle e a Will.
-Bem eu não vos conheço, mas parecem boa gente, e mais três pessoas é sempre bom, por mim podem. – Disse Will – E tu Kyle que achas?
-Por mim, só quero apanhar esse Bill.
-Estão a falar de que Billy? – Perguntou G.
-Bill Evans. – Responde Will.
-Billy “Kid Kill” Evans?! – Exclamou Mary.
-Sim não ouviste…és surda ou fazes-te? – Disse Kyle.
Kyle recebeu um olhar de desdém de Mary, que não lhe respondeu.
-Esse Billy, é um dos melhores pistoleiros do Oeste, aparece em quase todos os jornais, ouçam isto. – Pediu V tirando o Daily Dallas da bolsa. – Billy “Kid Kill” Evans, considerado o melhor pistoleiro do Texas terá morto Charles Fermont, xerife da cidade de Elk Falls e dotado pistoleiro e todo o contingente de soldados que se encontravam na cidade, por este ter propositadamente impedido o Clanton Gang de entrar na cidade. Gang que tem um vasto historial em roubos a bancos e a….etc., etc. Isto, Will w Kyle, quer dizer que ele e mais os seus capangas, quatro ao todo, mataram vinte soldados, sem arranhões.
-Realmente há que ter cuidado com o animal… – Riu-se Kyle.
-Achas que és muito bom?! Tu, tens uns 16 ou 17 anos, com pensas derrotar um homem mais velho, melhor pistoleiro, e com mais experiências que tu?! Se calhar nem sabes disparar uma arma! – Gritou Mary para Kyle.
-Eu não tenho culpa se tens uma vida má, mas não sou nenhum saco de pancada, por isso vê se te acalmas!
-Tenham calma, vocês os 2, vamos lá a parar com isso, não sabem manejar armas aprendem, nós tivemos treino especial na marinha, temos formação. – Disse G.
-Então vão-nos ensinar, mas primeiro temos de ir a El Paso arranjar cavalos e seguir o rasto do Billy, vamos aprendendo pelo caminho. – Disse Will.
-Tudo bem Will, mas sabes que os cavalos custam dinheiro, e nós não temos nem para comer. Vocês têm dinheiro? – Perguntou V.
-Bastante, levámos tudo o que tínhamos em casa, temos uns 5000$, são todas as poupanças dos meus pais.
-Isso dá para os cavalos e sobra bastante, e temos de comprar uma arma para a Mary, importam-se de gastar o vosso dinheiro nisso?
-Não, por mim tudo bem. – Disse Will.
-Muito obrigada. – Agradeceu Mary.
Kyle não respondeu, não gostava de Mary, mas também algo nela que o atraía e isso repugnava-o.
-Vamos dormir agora, ainda demora uma semana a chegar a El Paso, porque não temos cavalos, vai ser uma longa jornada. – Disse V.
No dia seguinte arrumaram as suas coisas e seguiram para El Paso, sob a brisa fresca da manhã, mas que rapidamente se tornaria o calor abrasante do deserto.
*​
Seis dias depois chegaram a El Paso, tinha sido uma vigem extenuante, muito calor e poeira. Quando entraram decidiram separar-se. Os gémeos e Kyle iam tratar dos cavalos e Will e Mary iam comprar umas roupas baratas pois as deles estavam desgastadas e também iam comprar uma arma para Mary.
Os gémeos e Kyle foram ás cavalariças e compraram dois Paint, dois Mustangs e um American Saddlebred, eram todos cavalos fortes e rápidos e levaram-lhes 1000$, mas eles tinham escolhido bem eram bons cavalos. E como combinado foram para o centro da cidade esperar por Will e Mary. Que tinham feio as suas compras á muito – compraram umas roupas baratas e um revolver – e faros de esperar foram á taberna, que era bastante agitada, com homens e mulheres a beber ou a danar, um piano a tocar uma música animada. Sentaram-se, e os homens da outra mesa falavam sobre alto sobre duelos, até que o nome de Billy surgiu na conversa, e Mary e Will logo aguçaram a audição. Ouviram a conversa toda e não queriam acreditar no que estavam a ouvir, saíram da taberna rapidamente e foram ter com os seus companheiros.
Grandes revelações tinham sido feitas.

Continua....
 

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Capitulo XIII

Will e Mary chegaram esbaforidos, tinham vindo a correr, ao pé dos seus companheiros.
-Vocês nem sabem o que acabámos de ouvir… – disse Will.
-Pois, grande revelação, já sabemos para onde foi o Billy e o Clanton Gang, e mais importante sabemos o que vão fazer. – Acrescentou Mary.
-Como?! – Perguntou V atónito.
-Como vocês nunca mais chegavam nós fomos á taberna, sentámos e ao nosso lado estavam três homens, que falavam sobre o Billy, bastante alto para a severidade ou importância do assunto. Era um tal de Levi Richardson, é um digamos vendedor de armas, bem…é um contrabandista melhor dizendo, ele é principal fornecedor de armas, munições, etc dos Gangs mais perigosos de todo o Texas, e para alem de fornecedor de armas e munições tem bastantes contactos dentro de vários órgãos de governação. É um homem bastante influente, e está a colaborar com o Clanton _Gang no que ele apelida do roubo do século… - diz Will.
-Sim...importas-te de desembuchar! – Exclama Kyle ansioso.
-Calma, o melhor está para vir… Bem como disse ele é um homem influente e tem conhecimentos num sítio bastante interessante, o Tesouro Americano, isto é os cofres do estado, que por sinal estão sempre bem carregados, bem ele conhece um dos vereadores do Tesouro – que por sinal é corrupto - , que sabe quando são as movimentações de dinheiro, por comboio. Logo disse quando era a próxima movimentação de dinheiro ao seu amigo Levi, que por sua vez disse ao Clanton Gang, mas essa informação não foi de graça, o Levi e o amigo do Tesouro vão receber 20% do valor dos lingotes de ouro que vão ser transportados. – Explicou Mary
-Meu Deus… - disse G espantado – É mesmo o roubo do século, onde vai isso acontecer?
-Ele disse que partirá de perto de San António, depois Austin e passará por 10 milhas ao lado, lado sul de Dallas, no dia 10 de Agosto. Estas linhas de comboio passam sempre longe das cidades, pois é perigoso serem avistados. E o plano é o Billy e o Gang assaltar o comboio quando passar Dallas. – Disse Will
-E o que fazemos agora? Denunciamo-los? - Disse Mary
-Nem penses…tive um ideia, um excelente ideia por sinal… - disse Kyle esboçando um largo sorriso. – O que podíamos era assaltar o comboio antes de ele chegar ao Clanton Gang – Sugeriu Kyle.
-Parece-me excelente, no entanto temos de ter em conta que esses comboios costumavam vir protegidos por pelo menos 15 soldados. – Advertiu Will.
-Isso não interessa temos sempre o elemento surpresa. – Disse V - E não se esqueçam que temos de para o comboio…
-Teremos tempo par pensar nisso, agora temos de nos por a mexer antes que alguém repare em nós. – Disse G.
E assim saíram de El Paso, com grandes planos na cabeça, planos que traram grande problemas.
*
Já longe de El Paso estava o Clanton Gang, estavam acampados na beira de um pequeno lago a conversar sobre os seus magníficos planos que lhes traria fama além fronteiras, como a maior façanha de todos os tempos.
-O Levi tem sempre grandes ideias. – disse Butch.
-Vamos ficar ricos…olha Billy estás a pensar entregar a parte do Levi e do vereador? -Perguntou Josh.
-Claro que sim, posso ser assassino mas nã sou ladrão. – disse Billy friamente.
-Não és ladrão?! E os bancos que assaltamos? – Perguntou Scott presunçoso.
-Como te atreves?! – Diz Billy levantando-se amaçador – sabes tão bem quanto eu que o dinheiro dos bancos é dos burgueses falsos ou só agricultores exploradores de escravos, o dinheiro dos bancos é todo roubado!
-Desculpa Billy não te queria ofender.
Todos tinham medo de Billy, até os seus amigos, era um instinto, um reflexo, que provavelmente estava certo, apesar de irracional era verdadeiro, bem verdadeiro.


Continua...:)
 

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Capitulo XIV

Partiram para longe de El Paso, cavalgaram quatro dias sobre o sol abrasador, ao fim do dia acamparam numa clareira bastante acolhedora. Fizeram um fogueira e cozinharam o jantar. Todos comiam calmamente, e V interveio:
-Will, Kyle e Mary temos de começar a treinar com a pistola, vocês têm de aprender, se não se assaltarmos o comboio ou até se forem atacados não se sabem proteger.
-Concordo, vamos começar já! – Disse G levantando-se de rompante.
Todos os outros se levantaram, e foram buscar as suas respectivas armas, os aprendizes alinharam em frente aos gémeos.
-Bem…a primeira coisa, é saber disparar a arma, obviamente…Todos sabem disparar? – perguntou V, todos anuíram e V prosseguiu – Então vamos por um alvo ali naquela árvore, vamos ver como vocês se saem.
Will disparou, acertou no alvo, mas bem longe do centro, Mary disparou acertou quase no alvo e para surpresa de todos Kyle acertou precisamente no centro.
-Boa míudo, se calhar até tens jeito! – Disse G admirado.
Kyle sorriu e Mary ficou com cíumes do sucesso de Kyle, mas não o demonstrou estava determinada a virar i jogo no próximo tiro. Continuaram a disparar durante mais uma meia hora.
-Bem vocês não estão assim tão maus, mas tu Will és muito corpulento, se calhar dás-te melhor com bastões e esse tipo de armas, que no assalto nos darão bastante jeito, pois são mais silenciosas. Tu Mary pareces ter jeito, mas temos de treinar melhor. Agora tu Kyle surpreendeste-me, para quem nunca tinha pegado numa arma não és nada mau… - Disse V.
-Bem…eu já tinha disparado armas, eu costumava caçar com o meu pai, por isso já tenho alguma experiência. – Disse Kyle.
-Assim é outra coisa, mas miúdos vocês têm de ter em conta que isto é a disparar para um árvore, outra coisa totalmente diferente é estar num duelos a sério… - Advertiu G.
-Bem agora vamos dormir, temos uns longos dias á frente, acho que deveríamos ir em direcção a Austin, estou a ter uma ideia para assaltar o comboio, mas preciso de informações, depois logo vos direi, não quero criar falsas expectativas… - Disse V.
-Muito misterioso…diz lá maninho! – Pediu G.
-Não, não vou dizer, até porque é capaz de não resultar, mas se for possível vamos ter de nos separar.
-Separar?! Como assim? Eu já perdi a minha família, não vou perder o meu irmão! – Disse Kyle.
-Tem calma, depois logo vemos.
*
Era de manhã, Mary não conseguia dormir, afastou-se um pouco do local onde todos ainda dormiam e sentou-se numa grande pedra a contemplar o horizonte. Logo a seguir Kyle acordou e não viu Mary, calculou que tivesse ido dar um passeio e foi procurá-la.
Deambulou por um tempo até que a encontrou, e ficou só a olhar para ela, como que a ganhar coragem para falar com ela, até que ela o ouviu e se virou de repente sacando a sua arma, mas logo a baixou.
-Ah! És tu! Pregaste-me um susto! Que queres? – perguntou bruscamente.
-Nada… – disse envergonhado – Olha não começamos da melhor forma, podemos começar de novo?
-Sim, penso que sim, já que te tenho de aturar, não devemos andar sempre chateados.
-Kyle O’Neill de Bellemont.
-Mary Storms não sei de onde…- ironizou Mary.
Riam-se e apertaram as mãos.
-Desculpa os murros…
-Não faz mal dadas as circunstâncias eu teria feito bem pior. - Disse Mary com um sorriso.
Kyle olhou-a e sorriu e assim ficou com um brilho nos olhos.

PS:ESPERO K GOSTEM!!:D
 

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Capitulo XV

Kyle e Mary ficaram a conversar durante bastante tempo sobre as vidas, infância, até que os gémeos chegaram e os viram conversar em cima da pedra.
-Então era aqui que os pombinhos estavam escondidos… - Disse V sorridente.
-Estamos á vossa procura há séculos – acrescentou G.
Mary levantou-se de repente com ar carrancudo sem dizer nada a ninguém e voltou para o acampamento a abdar muito depressa. E Kyle ficou vermelho como um tomate e ficou muito atrapalhado.
-Tem calma rapaz, se ficas mais vermelho ainda te confundem com um tomate – Gozou G.
*
Voltaram para o acampamento e arrumaram tudo e começaram a jornada até Austin.
-Vocês vão ver…a ideia que vos falei para parar o comboio, acho que vai resultar, tenho estado a delinear tudo na minha cabeça e parece tudo cada vez mais claro. – Declarou V.
-Podias contar qual é essa ideia maluca que tens…
-Está bem, eu vou contar mas não fiquem muito entusiasmados, pois pode sempre não resultar. Pois bem é assim…O comboio vai partir de San António, daqui a mais ou menos 2 meses, o comboio vai ter de ter condutor, obviamente, e esse condutor vai ser um de nós, porque vamos digamos substituir esse condutor por um de nós. Que acham da ideia?
-Se resultar é completamente perfeito, foi por isso que disseste que nos tínhamos de separar?
- Exacto, mas preciso de ir a Austin, porque o comboio vai parar numa estação lá perto, preciso de umas informações.
-Está bem, vamos para Austin! Vai ser uma longa vigem, espera-nos muito calor e poeira desse deserto interminável…
*​
Durante a vigem, sempre que paravam Will, Kyle e Mary treinavam com afinco as suas capacidades com a pistola e com outras armas, melhoravam a olhos vistos, para deleito dos seus treinadores. Mas estavam cansados já lá iam 2 semanas de viajem e muitas centenas de quilómetros.
Kyle e Mary estavam cada vez mais próximos, mas não o demonstravam aos seus companheiros de viajem, falavam bastante quando ninguém os via, ou em conversas matutinas ou tardias. Kyle apercebeu-se que gostava cada vez mais dela, mas achava que não era correspondido, e quando estavam a uns dias de Austin, Kyle ganhou coragem e foi falar com ela.
-Mary…Eu…
-Diz lá, o que se passa?
-Eu estou apaixonado por ti, pronto já disse, perdoa-me não queria ser indelicado… - diz Kyle atrapalhado.
Ela não falava, ficou apenas a fixar os seus olhos, Kyle lembrava-se dos tempos em Bellemont, onde ouvia os homens na taberna a falar sobre mulheres. Lembrava-se especificamente de um homem que lhe dissera que, quando um homem diz a uma mulher e esta não responde o homem deve beija-la logo ou então deixa-la ir. Kyle era impulsivo e tinha a certeza que estava inexoravelmente e irremediavelmente apaixonado por ela, por isso beijou-a intensamente. O beijo apenas durou um segundo, pois Mary deu-lhe uma joelhada entre as pernas que o fez vergar-se de dor.
-Seu porco! – gritou Mary.
-Tu não me resistes… - Disse Kyle com um débil sorriso há medida que se levantava, apesar da sua expressão demonstrar que estava com bastantes dores.
-Vê se tens um pouco de amor-próprio e levanta-te e não digas disparates.
E com isto virou-se bruscamente e saiu com passos rápidos, deixando Kyle entregue a si próprio, ele sabia que tinha feito mal, e que provavelmente o seu relacionamento com Mary não seria o mesmo.
*​
Uma semana depois chegaram a Austin, e instalaram-se perto da cidade perto de um lago, a meia hora da cidade.
-Agora temos de ao alfaiate… - disse G.
-Ao alfaiate? – Perguntou V espantado – Para quê?
-Para comprar uma farda de militar, de acordo com o teu fantástico plano temos de descobrir a data exacta e o nome do condutor do comboio, para isso temos aceder aos ficheiros da estação e também para ver o dia exacto da partida, pois como sabes só sabemos a data da passagem por Dallas.
-Parece-me bem, vamos logo pela manhã, temos de nos apressar o assalto tem de ser daqui a menos de um mês, e ainda temos de ir até San António. – Disse Will.
-Então vamos lá, temos muito que fazer e muito pouco tempo!

PS:K AXAM??:D
 

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Capitulo XVI

Como planeado no dia seguinte V foi ao alfaiate arranjar uma farda de militar, para conseguirem entrar na sala dos registos. Voltou passadas 2 horas, quando os seus companheiros já começavam a ficar preocupados.
-Que aconteceu? - Perguntou o seu irmão gémeo preocupado.
-Calma maninho, é que o senhor desconfiou, para que eu queira uma farda militar…eu disse-lhe que era militar, mas que a minha farda se tinha estragado, e eu estava de visita aos meus pais, e estava longe do quartel por isso aproveitei e arranjei outra logo.
-E o alfaiate acreditou nisso? – Perguntou Will incrédulo.
-Sim, era um velhote, pareceu-me simpático, daqueles que não fazem mal a uma mosca. – disse V risonho – a seguir de comer alguma coisa, vamos logo aos registos, eu vou disfarçado de oficial numa missão e o Kyle vai comigo, como se fosse meu criado. E vocês os três – disse apontando para o seu irmão, Will e Mary vão por detrás da estação e esperam pelo nosso sinal para entrarem e nos ajudarem a procurar.
*​
V e Kyle conseguiram entrar facilmente para a sala de registos, e V disse ao guarda que se alguém entrasse iria pagar caro, V nunca se tinha sentido com tanta autoridade, mas era um militar de alta patente. Entraram na sala e abriram a janela que dava para as traseiras e os companheiros entraram rápida e silenciosamente, e como planeado começaram a procurar furiosamente. Passados 15 minutos Will descobre o ficheiro e copia-o para um papel, Kyle fica eufórico e grita. Todos se viram para ele rapidamente e lhe mandam olhares furiosos, de repente ouve-se a voz do guarda:
-Senhor Beckett – nome com que V se tinha apresentado – está tudo bem?
E com isto entra dentro da sala, Will teve de agir rápido, o guarda não podia ver as caras dos outros, com uma força tremenda deu-lhe um murro na cara que pôs inconsciente, eles arrumaram tudo e fugiram.
*​
Chegaram ao acampamento, completamente esbaforidos, depois de tanto correrem, beberam água e sentaram-se para decidir o que fazer.
-Bem agora que fomos vistos em situações constrangedoras - disse olhando acusadoramente para Kyle que ficou subitamente corado – eu e o Kyle vamos seguir para San Antonio e substituiremos o condutor de alguma maneira, e vocês esperaram-nos daqui a um mês e embarcaram no comboio, ainda não sei como, mas…
-Eu sei! – entreviu Mary – eu reparei, enquanto esperávamos, que é bastante fácil subir para o telhado, e do telhado da estação é fácil subir para o comboio, depois vamos no telhado do comboio durante algum tempo, e depois vocês param o comboio, que acham?
-Perfeito, e vocês, talvez 3 milhas depois deviam deixar uma carroça com cavalos para depois carregarmos o ouro e nós paramos o comboio nessa altura, pode ser? – Perguntou Will.
-Claro! Creio que está tudo arranjado, depois é improviso. – Disse G com mais entusiasmo do que aquele que sentia.
-Ainda temos muitas horas de sol, vamos embora Kyle arruma as coisas, temos muitos quilómetros e pouco tempo! Vamos dar uma lição ao Clanton Gang, o Billy vai-se passar quando souber! – Exclamou V sorridente.
Arrumaram tudo e escolheram os cavalos mais rápidos. V despediu-se de todos, mas principalmente do seu irmão gémeo ao qual tinha uma estreita ligação e do qual nunca se tinha afastado tanto tempo. Kyle despediu-se do seu irmão, de G, mas quando se ía despedir de Mary, esta virou a cara de lado e não falou para ele, na verdade não falara para ele desde que tinham discutido.
Cabisbaixo Kyle montou o seu cavalo, e esperava por V que estava a acertar pormenores com o seu irmão quando Mary se aproximou dele e lhe disse ao ouvido:
-Desculpa… - disse Mary muito baixinho – eu sou muito bruta e quando me beijaste não sabia o que fazer. Adeus… - Kyle já se ia endireitar no cavalo quando ela queria dizer mais qualquer coisa. – Kyle – disse hesitante – amo-te.
Então aí Kyle não teve duvidas e beijou-a apaixonadamente.
-Miúdo deixa os namoricos para depois vamos embora! – Disse V.
-Volta vivo! – Murmurou Mary.
-Voltarei! – disse Kyle muito feliz, como já não estava havia muito tempo.
E partiram em direcção a sul que se perdia no fim dos horizontes dos seus olhos.
 

DeletedUser

Guest
Mt giro yawe!Gosto mt da tua historia pricipalmente pk não é tudo a volta de duelos, é diferente, tem mais imaginação. Continua que vais mt brm!;)

Parabens!!!:D:p
 
Estado
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