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Capítulo 1:
Um furacão de proporções enormes devastava a cidade de Memphis no Tenessee. As casas eram arrancadas do chão juntamente com as famílias que lá estavam. Viam-se cavalos levantar voo em direção ao céu e a desaparecerem junto com as nuvens escuras como breu. Viam-se crianças serem arrancadas dos braços das mães por entre berros e choros. Memphis nunca havia ficado em tal euforia desde que fora fundada. O vento de súbdito arrancou o telhado ao armazém da paragem de comboios que estava repleto de explosivos.
O barulho da explosão foi tão grande que Charles Joneston que vivia com a mulher e com o filho a dez quilómetros dali acordou. Aproximou-se da janela e viu o furacão a aproximar-se a toda a velocidade dali. Gritou pela mulher e quando esta chegou junto dele apertou o bebé com toda a força e gritou de aflição.
- Elizabeth, ouve-me com atenção... - A mulher acenou. - Temos que atravessar o rio para fugir à tempestade. Refugiar-nos-emos no Arkansas...
- Mas o rio tem cerca de dois quilómetros! Nunca chegaríamos lá a tempo!
- Temos que tentar.
- Eu nunca conseguiria, leva o rapaz Charles! Eu aguento-me...
- Nem pensar nisso. Vamos e nada de tretas o furacão já deve ter percorrido uns cinco quilómetros vamos! Vai ter comigo ao rio, vou desatrelar o barco, pega em algum dinheiro.
Charles tentou puxar o barco para si, mas o vento rasgou a corda e o barco foi levado pela corrente. Charles atirou-se para a água gelada, gritando, e nadou como um louco. Depressa se apercebeu de que era escusado...
- ELIZABETH!
A mulher correu até ao rio e deparou-se com o marido já longe sendo puxado pela corrente. Sozinha com o filho já não sabia o que fazer. Chorando como uma Madalena apertou o filho com toda a sua força e beijou-lhe a testa. Olhou para a frente e deparou-se com o furacão que a arrancou do chão com toda a força juntamente com o filho.
Charles observou aquilo à distância com lágrimas a escorrerem-lhe nos olhos. Nadou até uma pequena rocha onde se agarrou com toda a força. Viu o furacão passar pela sua casa destruindo tudo e viu-o a desaparecer no horizonte. Charles pôs os pés no rio. A corrente era demasiado forte para ele voltar. Adormeceu.
*****
Acordou com o corpo gélido e todo molhado. Voltou a pôr os pés no rio. A corrente estava mais calma. Ergueu a cabeça e observou o Sol. A tempestade havia acabado. Sorriu com felicidade. Mas a felicidade não durou muito tempo. As imagens da noite anterior penetraram-lhe o cérebro dum lado ao outro. Sentiu-se como se mil lâminas a arder lhe percorressem o corpo. Limpou as lágrimas da face e nadou até à costa. Foi ter com os destroços da casa. Apenas tábuas e uma enorme mancha de sangue de Elizabeth restavam. Ajoelhou-se perante o rio e começou a chorar. Mas um outro choro irrompeu o seu. Olhou à volta, ouvia uma criança. Seguiu o barulho até chegar a uma pequena caverna. Entrou e deparou-se com o seu filho, ileso. Sorrindo pegou nele e sussurrou-lhe doces palavras:
- Pronto, pronto...
Depois riu-se e disse:
- Vou-te chamar Benjamin, Benjamin Joneston.
O bebé calou-se e olhou com ar estupefacto para trás. Ouviu-se um rugido. Charles olhou para trás e deparou-se com um urso castanho escuro.
Charles começou a correr mas o urso atirou-se para cima dele e rasgou-lhe as costas. Depois, com uma dentada arrancou-lhe um braço. Benjamin estava no chão a olhar para a cara ensanguentada do pai. Este sorriu e disse em voz baixa:
- Benjamin...
Um furacão de proporções enormes devastava a cidade de Memphis no Tenessee. As casas eram arrancadas do chão juntamente com as famílias que lá estavam. Viam-se cavalos levantar voo em direção ao céu e a desaparecerem junto com as nuvens escuras como breu. Viam-se crianças serem arrancadas dos braços das mães por entre berros e choros. Memphis nunca havia ficado em tal euforia desde que fora fundada. O vento de súbdito arrancou o telhado ao armazém da paragem de comboios que estava repleto de explosivos.
O barulho da explosão foi tão grande que Charles Joneston que vivia com a mulher e com o filho a dez quilómetros dali acordou. Aproximou-se da janela e viu o furacão a aproximar-se a toda a velocidade dali. Gritou pela mulher e quando esta chegou junto dele apertou o bebé com toda a força e gritou de aflição.
- Elizabeth, ouve-me com atenção... - A mulher acenou. - Temos que atravessar o rio para fugir à tempestade. Refugiar-nos-emos no Arkansas...
- Mas o rio tem cerca de dois quilómetros! Nunca chegaríamos lá a tempo!
- Temos que tentar.
- Eu nunca conseguiria, leva o rapaz Charles! Eu aguento-me...
- Nem pensar nisso. Vamos e nada de tretas o furacão já deve ter percorrido uns cinco quilómetros vamos! Vai ter comigo ao rio, vou desatrelar o barco, pega em algum dinheiro.
Charles tentou puxar o barco para si, mas o vento rasgou a corda e o barco foi levado pela corrente. Charles atirou-se para a água gelada, gritando, e nadou como um louco. Depressa se apercebeu de que era escusado...
- ELIZABETH!
A mulher correu até ao rio e deparou-se com o marido já longe sendo puxado pela corrente. Sozinha com o filho já não sabia o que fazer. Chorando como uma Madalena apertou o filho com toda a sua força e beijou-lhe a testa. Olhou para a frente e deparou-se com o furacão que a arrancou do chão com toda a força juntamente com o filho.
Charles observou aquilo à distância com lágrimas a escorrerem-lhe nos olhos. Nadou até uma pequena rocha onde se agarrou com toda a força. Viu o furacão passar pela sua casa destruindo tudo e viu-o a desaparecer no horizonte. Charles pôs os pés no rio. A corrente era demasiado forte para ele voltar. Adormeceu.
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Acordou com o corpo gélido e todo molhado. Voltou a pôr os pés no rio. A corrente estava mais calma. Ergueu a cabeça e observou o Sol. A tempestade havia acabado. Sorriu com felicidade. Mas a felicidade não durou muito tempo. As imagens da noite anterior penetraram-lhe o cérebro dum lado ao outro. Sentiu-se como se mil lâminas a arder lhe percorressem o corpo. Limpou as lágrimas da face e nadou até à costa. Foi ter com os destroços da casa. Apenas tábuas e uma enorme mancha de sangue de Elizabeth restavam. Ajoelhou-se perante o rio e começou a chorar. Mas um outro choro irrompeu o seu. Olhou à volta, ouvia uma criança. Seguiu o barulho até chegar a uma pequena caverna. Entrou e deparou-se com o seu filho, ileso. Sorrindo pegou nele e sussurrou-lhe doces palavras:
- Pronto, pronto...
Depois riu-se e disse:
- Vou-te chamar Benjamin, Benjamin Joneston.
O bebé calou-se e olhou com ar estupefacto para trás. Ouviu-se um rugido. Charles olhou para trás e deparou-se com um urso castanho escuro.
Charles começou a correr mas o urso atirou-se para cima dele e rasgou-lhe as costas. Depois, com uma dentada arrancou-lhe um braço. Benjamin estava no chão a olhar para a cara ensanguentada do pai. Este sorriu e disse em voz baixa:
- Benjamin...