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Capitulo I : Vegetarianos + Bandidos = Chatices
Isto não me estava a acontecer a mim.
Não.
Simplesmente não.
Bandidos não se põeem a apanhar açucar como se não fosse nada.
Bandidos não apanham açucar.
E esqueçam o facto de não apanharem açucar, basta só imaginar a cena entre dois bandidos a apanharem açucar.
“ Olha lá ShootingBlood, eu acho que matei um homem. Vou ter de treinar mais a minha pontaria, isto de cortar canas de açucar com balas não anda a correr lá muito bem.” Declara um assustador bandido que ostenta uma metrelhadora (versão antiga) em cada mão, fazendo cada pessoa a cem metros de distância fugir como uma galinha.
“Argh, eu sabia que isto ia acontecer EvilBullet! Agora ainda vamos ter de atirar o cadáver ao rio! Fazes ideia de quantas bolhas nos pés já tenho de andar a carregar cadáveres? ” Queixa-se a sua bonita companheira, loira e com implantes mamários roubados. Atira a sua linda e brilhante cabeleira para trás do ombro e bate as pestanas cheias de rimel com o olhar mais assustador que consegue ostentar.
“Pois. Bem, não te preocupes, sempre podemos matar as testemunhas e o dono deste sitío aqui. E enquanto fazemos isso, podemos roubar o açucar. É bem mais fácil, e se a tua irmã se queixar que não quer açucar sangrento para o bolo dela, ela que o vá apanhar.”Diz EvilBullet, apesar de saber que não tem grande escolha sobre o que fazer tendo em conta que a irmã da ShootingBlood é capaz de o deixar KO em cinco segundos. Asfixiado pela sua gordura e tudo. Uma morte muito bonita.
E aí apareço eu e enfio-lhes uma bala na cabeça.
Ou não.
O mais provável é eu estar a ser demasiado dura com as bandidas, mas com tanto dinheiro roubado, quem não colocaria implantes mamários? Só homens.
Mesmo assim, o rímel exagera um bocado as coisas.Aliás, elas devem é ser feias, tendo em conta que andam sempre de máscara. E talvez naquela altura ainda não tivessem inventado implantes mamários.
Abandonei os meus devaneios sobre personagens idiotas e concentrei-me no problema á minha frente.
Deixem-me só descrever a minha situação: Estava agachada atrás de umas quantas canas de açucar, de faca na mão e com toda a gente á minha volta( menos o objecto da minha atenção) a olhar para mim como se eu fosse parva. A minha chinchilla roía os meus colares destinados a rituais indíos, e eu tentava o meu melhor para a parar sem fazer barulho, o que contribuía para a minha já bonita figura se tornar ainda mais bela.
A primeira fase do meu plano (não dar cana) não parecia estar a resultar, mas ao menos os trabalhadores á minha volta ainda não tinham percebido que um bandido cuja cabeça valia 50.000$ se encontrava entre nós.
Ah pois é. Só eu, a ilustre e esperta CookieDreams conseguia ver por debaixo do disfarce de cowboy do grande bandido Aurian.
Vou dar uns segundos de silêncio para aplausos.
Continuando, eu era ilustre e esperta, mas é neste aspecto que eu me deparo com um problema: sou ilustre e esperta, mas no que toca a coragem, sou muito pouco prendada.
Pois, eu também pensava que tinha sido feita para esta vida de aventureira, mas olha, afinal devia ter-me tornado trabalhadora. Passar a vida a construir edifícios parecia bastante razoável quando comparado com ser morta por um bandido a apanhar açucar. Uma morte doce, mas certamente triste.
Analisei as minhas hipóteses.
Atrás da cortina nº1:
Defrontar o grande bandido Aurian e imediatamente levar com uma bala no peito. Bem, talvez tivesse uma réstia de sorte e fosse na cabeça, mas o resultado seria o mesmo. Ou talvez tivesse ainda mais sorte e a luta demoraria os 30 segundos suficientes para toda a gente saber que eu era apenas uma india pacifíca e que deveriam levar flores quando fossem ao meu funeral. Eu já tinha pedido á wiccaa para distribuir panfletos sobre os direitos dos animais em meu nome caso eu morresse famosa.E depois ainda havia aquele 0,0001% de hipóteses de eu o matar, maaas eu nunca fui lá uma grande jogadora de póker. Ainda me lembrava daquela vez em que perdi as minhas bolachas de chocolate para o Costinha.
Atrás da cortina nº2:
Fugir como a cobarde que sou (mas que não quero admitir ser).
Atrás da cortina nº3:
Fazer um sprint até á minha cidade e pedir ajuda ao pessoal.
Ora, o mais normal seria eu escolher a cortina nº2, mas com a minha cabeça a fazer contas, essa hipótese foi logo considerada obsoleta. Afinal, 50.000$ era muito dinheiro, mais do que alguma vez teria na minha vida. Só de pensar nos pacotes de bolachas que se podem comprar com tanto ouro, não admira que dois segundos depois eu estivesse a correr que nem uma tótó para a minha cidade, a minha chinchilla encolhida de medo dentro do meu casaco.
Posso garantir-vos que nunca tinha feito uma melhor entrada na taberna da minha cidade.
Mal eu cheguei, abri as portas de rompante, tropeçei num degrau, apoiei-me numa mesa, a mesa afinal era uma cadeira, a cadeira não aguentou o meu peso, resultado: caí de rabo no chão.
Enquanto toda a gente ainda estava demasiado surpresa com a minha entrada para se rir, decidi explicar a situação o mais depressa possível.
- Aurian, canas de açucar, cowboy, bandido, 50.000$ - disse, enquanto tentava recuperar o folêgo.
Quando não recebi resposta, levantei a cabeça e olhei para eles
- Então, vamos apanhá-lo ou não? – após alguns segundos silenciosos depois, o Costinha respondeu-me.
- O Aurian? Estás a gozar? Achas que o Aurian se ia por a apanhar canas de açucar e ninguém iria reparar nele? – perguntou, incrédulo.
-Sei lá, passou-se da carola, o que é que queres que diga?? Agora anda lá, temos de o apanhar! – continuaram a olhar para mim. Suspirei. – Juro pela minha despensa de bolachas que eu vi o Aurian a apanhar açucar a 10 metros de mim. E que pensei enfiar-lhe uma bala na cabeça, mas obviamente, não quero morrer. Agora mexam-se antes que ele se vá embora!
Logo a seguir, estávamos a fazer planos.
Vêem a minha autoridade?
Continuação...
Isto não me estava a acontecer a mim.
Não.
Simplesmente não.
Bandidos não se põeem a apanhar açucar como se não fosse nada.
Bandidos não apanham açucar.
E esqueçam o facto de não apanharem açucar, basta só imaginar a cena entre dois bandidos a apanharem açucar.
“ Olha lá ShootingBlood, eu acho que matei um homem. Vou ter de treinar mais a minha pontaria, isto de cortar canas de açucar com balas não anda a correr lá muito bem.” Declara um assustador bandido que ostenta uma metrelhadora (versão antiga) em cada mão, fazendo cada pessoa a cem metros de distância fugir como uma galinha.
“Argh, eu sabia que isto ia acontecer EvilBullet! Agora ainda vamos ter de atirar o cadáver ao rio! Fazes ideia de quantas bolhas nos pés já tenho de andar a carregar cadáveres? ” Queixa-se a sua bonita companheira, loira e com implantes mamários roubados. Atira a sua linda e brilhante cabeleira para trás do ombro e bate as pestanas cheias de rimel com o olhar mais assustador que consegue ostentar.
“Pois. Bem, não te preocupes, sempre podemos matar as testemunhas e o dono deste sitío aqui. E enquanto fazemos isso, podemos roubar o açucar. É bem mais fácil, e se a tua irmã se queixar que não quer açucar sangrento para o bolo dela, ela que o vá apanhar.”Diz EvilBullet, apesar de saber que não tem grande escolha sobre o que fazer tendo em conta que a irmã da ShootingBlood é capaz de o deixar KO em cinco segundos. Asfixiado pela sua gordura e tudo. Uma morte muito bonita.
E aí apareço eu e enfio-lhes uma bala na cabeça.
Ou não.
O mais provável é eu estar a ser demasiado dura com as bandidas, mas com tanto dinheiro roubado, quem não colocaria implantes mamários? Só homens.
Mesmo assim, o rímel exagera um bocado as coisas.Aliás, elas devem é ser feias, tendo em conta que andam sempre de máscara. E talvez naquela altura ainda não tivessem inventado implantes mamários.
Abandonei os meus devaneios sobre personagens idiotas e concentrei-me no problema á minha frente.
Deixem-me só descrever a minha situação: Estava agachada atrás de umas quantas canas de açucar, de faca na mão e com toda a gente á minha volta( menos o objecto da minha atenção) a olhar para mim como se eu fosse parva. A minha chinchilla roía os meus colares destinados a rituais indíos, e eu tentava o meu melhor para a parar sem fazer barulho, o que contribuía para a minha já bonita figura se tornar ainda mais bela.
A primeira fase do meu plano (não dar cana) não parecia estar a resultar, mas ao menos os trabalhadores á minha volta ainda não tinham percebido que um bandido cuja cabeça valia 50.000$ se encontrava entre nós.
Ah pois é. Só eu, a ilustre e esperta CookieDreams conseguia ver por debaixo do disfarce de cowboy do grande bandido Aurian.
Vou dar uns segundos de silêncio para aplausos.
Continuando, eu era ilustre e esperta, mas é neste aspecto que eu me deparo com um problema: sou ilustre e esperta, mas no que toca a coragem, sou muito pouco prendada.
Pois, eu também pensava que tinha sido feita para esta vida de aventureira, mas olha, afinal devia ter-me tornado trabalhadora. Passar a vida a construir edifícios parecia bastante razoável quando comparado com ser morta por um bandido a apanhar açucar. Uma morte doce, mas certamente triste.
Analisei as minhas hipóteses.
Atrás da cortina nº1:
Defrontar o grande bandido Aurian e imediatamente levar com uma bala no peito. Bem, talvez tivesse uma réstia de sorte e fosse na cabeça, mas o resultado seria o mesmo. Ou talvez tivesse ainda mais sorte e a luta demoraria os 30 segundos suficientes para toda a gente saber que eu era apenas uma india pacifíca e que deveriam levar flores quando fossem ao meu funeral. Eu já tinha pedido á wiccaa para distribuir panfletos sobre os direitos dos animais em meu nome caso eu morresse famosa.E depois ainda havia aquele 0,0001% de hipóteses de eu o matar, maaas eu nunca fui lá uma grande jogadora de póker. Ainda me lembrava daquela vez em que perdi as minhas bolachas de chocolate para o Costinha.
Atrás da cortina nº2:
Fugir como a cobarde que sou (mas que não quero admitir ser).
Atrás da cortina nº3:
Fazer um sprint até á minha cidade e pedir ajuda ao pessoal.
Ora, o mais normal seria eu escolher a cortina nº2, mas com a minha cabeça a fazer contas, essa hipótese foi logo considerada obsoleta. Afinal, 50.000$ era muito dinheiro, mais do que alguma vez teria na minha vida. Só de pensar nos pacotes de bolachas que se podem comprar com tanto ouro, não admira que dois segundos depois eu estivesse a correr que nem uma tótó para a minha cidade, a minha chinchilla encolhida de medo dentro do meu casaco.
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Posso garantir-vos que nunca tinha feito uma melhor entrada na taberna da minha cidade.
Mal eu cheguei, abri as portas de rompante, tropeçei num degrau, apoiei-me numa mesa, a mesa afinal era uma cadeira, a cadeira não aguentou o meu peso, resultado: caí de rabo no chão.
Enquanto toda a gente ainda estava demasiado surpresa com a minha entrada para se rir, decidi explicar a situação o mais depressa possível.
- Aurian, canas de açucar, cowboy, bandido, 50.000$ - disse, enquanto tentava recuperar o folêgo.
Quando não recebi resposta, levantei a cabeça e olhei para eles
- Então, vamos apanhá-lo ou não? – após alguns segundos silenciosos depois, o Costinha respondeu-me.
- O Aurian? Estás a gozar? Achas que o Aurian se ia por a apanhar canas de açucar e ninguém iria reparar nele? – perguntou, incrédulo.
-Sei lá, passou-se da carola, o que é que queres que diga?? Agora anda lá, temos de o apanhar! – continuaram a olhar para mim. Suspirei. – Juro pela minha despensa de bolachas que eu vi o Aurian a apanhar açucar a 10 metros de mim. E que pensei enfiar-lhe uma bala na cabeça, mas obviamente, não quero morrer. Agora mexam-se antes que ele se vá embora!
Logo a seguir, estávamos a fazer planos.
Vêem a minha autoridade?
Continuação...