Jimmy Stewart II

  • Iniciador do tópico Johny Black
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Capítulo XIV: Índios cercados:





Patrick e Steve caminhavam no meio dos cinquenta soldados comandados pelo Major Carter e pelo General Carlson. Estava a anoitecer e os soldados começaram a ficar sem forças; o General Carlson encontrou um bom sitio onde se instalaram e puseram cinco sentinelas lá fora.
- Boa noite. - disse Steve a Patrick.
- Não creio que isto vá ser uma boa noite... - disse Patrick que achava que os índios estavam por perto.
- Não te preocupes, não vemos Creek's há duas semanas, eles devem estar bem longe daqui. - respondeu-lhe Steve descontraído. - Mas o batedor deve estar a chegar e já vemos o que se passa.
Nesse mesmo instante os sentinelas fizeram a continência e deixaram passar um homem com sangue a escorrer pelo peito que ao entrar no acampamento caiu para à frente.
- Índios a dois quilómetros daqui... Ou os atacámos agora ou eles nos atacam a nós... - disse o homem.
O homem baixou o braço e deu o seu último suspiro. Patrick foi até ele e virou-o, o homem tinha uma faca cravada no meio das costas.
- Bolas... - disse Patrick.
- Preparem as armas! Ponham baionetas! - gritou o General Carlson enquanto o Major Carter dava instruções mais precisas.
Patrick e Steve sentaram-se em cima duma das carroças do exército onde estavam a ser transportadas todo o tipo de armas e, sempre à escuta, foram atacar os índios.
Chegaram a uma encruzilhada e o General Carlson, muito indeciso, optou por ir sempre em frente muito suavemente sem fazer muito barulho.
O soldado que ia à frente, sem que ninguém percebesse porquê, caiu para trás com uma seta cravada no peito. Depois dois índios, por trás do exército, apunhalaram dois soldados sem que ninguém percebesse o que estava a acontecer.
Patrick ouviu um barulho e virou-se, mas nesse mesmo instante um tiro passou-lhe perto do ouvido e baixou-se.
- São os peles-vermelhas! - gritou Patrick e todos se baixaram.
- Acendam lume para os vermos! - gritou o General.
Nesse mesmo instante acenderam uma tocha mas não havia sinal dos peles-vermelhas.
- Sonhaste Patrick? Não há aqui índios nenhuns. - disse o Major bastante desiludido com o soldado.
- Garanto-lhe que não foi um sonho meu Major. - afirmou Patrick.
- Vamos continuar a nossa viagem, segundo o nosso batedor eles ainda estão a um quilómetro... - disse o Major que se começava a irritar com Patrick.
Patrick acenou a cabeça e continuou a andar. Andaram mais uns cem metros quando um índio apontou a espingarda ao Major e atingiu-o no ombro. O Major caiu e gritou:
- Ao ataque! São eles!
Começaram todos aos gritos pois os índios eram mais que eles. Um dos soldados, cheio de medo, largou a arma e desatou a fugir, mas nesse mesmo instante levou com um tiro nas costas e morreu. Outros soldados imitaram-no também.
- O que estão a fazer? Lutem com honra! - gritava Steve.
Os soldados Americanos esconderam-se no meio de arbustos e vegetação onde os índios não os viam. Começaram a atirar às cegas pois a tocha apagou-se e a noite estava escura como o breu.
Passadas algumas horas os índios recuaram e os soldados Americanos tentaram ganhar algum fôlego.
- Meu senhor, sete homens mortos e dez feridos. - disse o Major enquanto olhava para os corpos que jaziam no chão.
- Bolas, manda cinco como batedores, temos que saber quantos é que eles são. - ordenou o General enquanto limpava o suor com um lenço e acendia um cigarro.
- Vá lá, vai correr tudo bem. - afirmava Patrick enquanto oferecia cigarros aos soldados. - Não se preocupem que o general deve ter algo em mente.
- Eh! Vocês os cinco! Vão como batedores. - ordenou o Major enquanto apontava para Steve e Patrick e para mais três.
Os cinco foram e encontraram o acampamento índio onde contaram dez índios.
- Estavam-se a armar em valentes. - disse Patrick ao Major a rir. - São dez, vamos.
Avançaram aos gritos no meio da noite e acenderam uma tocha, pegaram fogo a todo o acampamento e mataram todos os índios sem nenhum problema. Só três Americanos morreram e só dois ficaram feridos, por tanto o ataque correu muito bem.

Os Creek são inteligentes, e não vão deixar isto assim.
CONTINUA...
 

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Ninguém comenta? :O
Não gosto de fazer dois seguidos sem comentários no meio mas vai ter que ser lol
 

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Capítulo XV: A guerra civil Americana:





Um homem alto fardado com o uniforme dos Estados Unidos cavalgava com o seu cavalo em direcção ao acampamento do General Carlson. Viajou durante muito tempo sempre com a sua bolsa castanha e suja, onde continha as cartas, ao pescoço. Passou muitos obstáculos e chegou a fugir a várias tribos de peles-vermelhas, no entanto, sempre a cumprir o seu dever com o país chegou e entregou várias cartas ao General Carlson. A maior parte delas eram para os soldados que ansiavam por ver os rostos das famílias e algumas eram para discutir tácticas ou informar sobre o estado do Governo e dos outros exércitos. Mal o General recebeu a carta entregou-a ao Major que chamou toda a gente para uma parte do acampamento em que se puseram à escuta para ouvir o que o Major ia dizer.
A maior parte dos soldados estavam com receio do que poderia ser a noticia, podiam ter entrado em guerra, podiam ter que se separar... Tantas hipóteses que decidiram nem fazer prognósticos.
Estavam agora em meados de 1861 para quem tinha contado os dias, não viam famílias e outros entes queridos à anos que já pareciam séculos para muitos deles.
O Major levantou a carta e começou a ler.

" Os oficiais de cada exército devem, pelo menos, ler esta carta escrita pelo presidente Abraham Lincoln.

Saudações meus caros patriotas Americanos,

A libertação dos escravos no Missouri já foi à alguns anos atrás e a situação entre os quinze estados sulistas que se recusam a libertar os escravos contra os dezanove estados que são a favor da libertação começa a tornar-se mais grave e intensa.
Esses quinze estados a favor da escravidão totalmente racista estão-se a revoltar e pretendem expulsar-me do poder, mas não podemos deixar que esses maníacos racistas Sulistas nos destruam, por isso, com muita pena minha, começou uma Guerra Civil.
Todos os homens fortes e aptos para a guerra serão recrutados, mas isso não interessa visto que esta carta é apenas para os que já estão alistados no exército. Lamento muito, mas quem já está alistado não pode sair agora devido à extrema importância de sermos numerosos neste momento, e não deixaremos nenhum soldado fugir para o Sul mesmo que não esteja a favor do fim da escravatura.

Atenciosamente,
O vosso presidente Abraham Lincoln. "


Alguns soldados reagiram à carta enchendo o rosto de lágrimas, outros fazendo a continência e pegando na arma, e outros pelo contrário atiraram a arma ao chão e foram para a tenda.
Começou a anoitecer e Steve, Patrick mais um soldado de nome John Brooks e um soldado muito novo chamado Leonard Dunn.
- Não acredito... Agora que ia ser dispensado e que ia poder ver o rosto da minha mulher e o meu filho agora crescido acontece isto. - disse muito triste John Brooks.
- Eu estou noivo à anos e ainda não me casei! Nunca mais saio do deserto, a minha noiva já deve ter arranjado outro! - gritou Leonard enquanto puxava os seus próprios cabelos.
- Não desesperem, temos que servir o país aconteça o que acontecer, e olhem que ainda bem que eu e o Steve abandonamos o Sul pois não suportaria lutar por aqueles monstros. - disse Patrick. - Chegou-me uma carta no outro dia a dizer que a minha filha morreu e vocês ainda se queixam?! Não admito... Não admito!
- Acalma-te Patrick. - disse Steve enquanto dava palmadinhas nas costas de Patrick.
Os outros dois sem palavras comeram o que restava dumas horríveis papas de aveia que era tudo o que havia e tentaram adormecer.
Quando já todos dormiam menos Patrick, este foi até à tenda do Major onde perguntou:
- Partimos para onde e quando meu Major?
- Para um forte em Wichita no Kansas, partimos amanhã de madrugada, devemos demorar umas três quatro semanas a chegar. - respondeu o Major enquanto apertava a testa com a mão e franzia a sobrancelha. - Agora vai dormir, amanhã vai ser um grande dia.
Patrick fez a continência e sem dizer uma única palavra foi-se deitar perto do irmão e dos amigos.

CONTINUA...
 

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muito fixe

não pares nem um dia ãh se não dou em doido sem história pa ler!
 

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Capítulo XVI: Wichita:





Passaram-se cerca de três semanas e meia de viagem longa pelos agrestes prados Norte Americanos, o exército do General Carlson tinha recebido dois dias antes outro exército de reforço liderado por um herói de guerra, o General Jackson. Estes dois exércitos encontravam-se agora a uns cem quilómetros de Wichita onde seria feito um ataque contra os Sulistas que tinham conquistado o forte uns dias antes. Um homem à frente dos dois exércitos empunhava a bandeira dos Estados Unidos enquanto passavam num vale com duas pequenas montanhas ao lado perto das margens dum riacho.
Passadas algumas horas já se via o fim do extenso vale que ia dar a um enorme campo aberto. Um batedor chegou e informou aos Generais:
- Aguarda-nos um exército numeroso talvez um pouco mais que nós, têm quatro canhões e atrás uma linha enorme de cavalaria. General, se me permite acho que é um pouco...
- Eu é que decido o que fazemos e ninguém te perguntou nada. Vamos avançar a passo enquanto eles disparam e quando chegarmos lá perto apontamos e disparamos, penso que uma rajada de tiros será suficiente. - retorquiu o General Carlson com a aprovação do General Jackson.
Patrick e Steve escutavam e olharam um para o outro com receio. Nunca tinham participado numa batalha organizada em que avançavam debaixo de fogo sem disparar enquanto os azarados iam morrendo... Contudo, eram patriotas, e participariam na batalha custasse o que custasse.
Pouco tempo depois já conseguiam avistar os Sulistas e os Generais ordenaram que avançassem. O som das trompetes e dos tambores soavam de ambos os lados, os do Norte avançavam a passo curto e os Sulistas estavam parados a apontar canhões e com as espingardas apostos para dispararem. Quando os canhões Sulistas já tinham alcance sobre as tropas do Norte dispararam o primeiro tiro que caiu a alguns metros das tropas do General Carlson mas falhou. Depois foi lançado o segundo tiro que caiu em cheio na ponta esquerda causando algumas baixas e muitos homens ficaram lá no chão. Outro tiro foi lançado e atingiu o capitão que ficou sem cabeça e a explosão causou bastantes baixas. As tropas do Norte continuaram a avançar sobre os Sulistas até que estavam a alguns metros. A cavalaria sulista estava a uns quinhentos metros a aguardar ordens dos Generais. Finalmente as tropas do Norte chegaram perto dos Sulistas.
- Carregar!
Steve, Patrick e os outros carregaram as espingardas.
- Apontar!
Uma a uma das espingardas do Norte foram apontadas aos Sulistas.
- Fogo!
Após este grito foi lançada uma rajada de balas que causou imensas baixas Sulistas. Depois foram lançados dois tiros de canhões que também mataram imensos Sulistas. Os Sulistas dispararam também, Patrick levou com um tiro de raspão na perna e Steve baixou-se para não ser alvejado na cabeça. O General Jackson e o General Carlson ao mesmo tempo gritaram " Fogo! " e as tropas do Norte mandaram uma rajada de tiros que matou imensos soldados Sulistas seguido de um tiro de canhão cuja a explosão matou o General Sulista. Os Sulistas içaram a bandeira branca e desataram a fugir.
- Não os deixem fugir! - gritou o General Jackson e o General Carlson repetiu o mesmo.
As tropas do Norte começaram a perseguir as do Sul que os levaram de volta até ao vale.
- Desapareceram? - perguntou Patrick ao Major que acenou com a cabeça a dizer que não.
Logo após isso os Sulistas, que estavam agora nos lados do vale começaram a disparar matando imensos soldados.
- Esconderam-se lá em cima! Corram, temos que sair do vale! - gritou o General Jackson e todas as tropas do Norte começaram a correr para fugir do vale. Após isso preparam-se para disparar uma rajada de tiro mal os Sulistas saíssem de lá pois estavam encurralados.


Passaram-se dois dias e os Sulistas não abandonavam o vale com medo dos Nortenhos que os esperavam fora do vale.
- Isto é de malucos! Eles vão ficar sem comida, quando saem eles? - perguntou Steve desesperado.
- Calma Steve... Eles hão de sair! - respondeu-lhe o irmão enquanto escondia o seu tremendo desespero.
Nesse mesmo instante os Sulistas saíram do vale com as mãos no ar e com a bandeira branca nas mãos sangrentas do General.
- Disparem! - gritou o General Jackson.
- Vamos dar misericórdia Jackson... - disse o General Carlson espantado com a atitude do outro General.
- Faça o que quiser com o seu exército, mas nós vamos matá-los. - disse o General Jackson e as suas tropas vergaram-se sobre os corpos Sulistas que estavam de joelhos no chão e dispararam matando todos.
- Não quero ter reforços assim! - gritou General Carlson.
- Ordens do presidente, temos que continuar juntos apesar das circunstâncias, amanhã avançamos sobre o forte e conquistamos a cidade.
Steve e Patrick puseram-se a andar juntamente com os outros plenamente zangados com a atitude de Jackson.

CONTINUA...
 

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Capítulo XVII: Uma desgraça e uma promoção:






Os exércitos Nortenhos fizeram um acampamento no meio de uma extensa vegetação para passarem mais ou menos despercebidos. Steve e Patrick estavam sentados um ao lado do outro e não podiam evitar ouvir a longa discussão dos dois Generais.
- Vá, não é da nossa conta, vamos mas é dormir. - disse Patrick enquanto um médico lhe tratava da ferida.
- Tens razão, vamos parar e descansar para o ataque ao forte amanhã. - respondeu Steve enquanto se deitava.
- És Patrick Stewart? - perguntou um carteiro que havia chegado ao acampamento à pouco tempo.
- Sim, sou, tem alguma carta para mim? - respondeu-lhe Patrick.
O carteiro entregou uma carta amarela com o carimbo do governo no envelope. Patrick já receava o pior, porém, com a mão no coração e a bufar imenso começou a ler enquanto cada vez lhe escorriam mais lágrimas pelos olhos.


" Os Sulistas tomaram a parte ocidental da Virgínia e pegaram fogo à casa do senhor Patrick Stewart, Becky Stewart foi morta a tiro, mas, pelo menos pouparam Tom Stewart que foi levado pela irmã para sua casa.
Mais uma vez dizemos que o governo lamenta muito a perda da sua mulher e não à mais nada que possamos fazer por si.

Atenciosamente,

O governo dos Estados Unidos da América. "


Patrick caiu de joelhos perante aquela carta, aquela mísera carta... Ele não podia acreditar que Becky morrera, ele tinha ido para a guerra com a intenção de salvar a família e acontecera o contrário. Steve dava-lhe palmadinhas nas costas e abraçou-o, Patrick empurrou o irmão pegou na carta e atirou-a à fogueira, após isso foi para a sua tenda. Deitou-se enquanto chorava e avistou uma corda em cima da secretária.
" - Se morrer agora não vou ter que sofrer mais... - pensou. "
Pegou na corda e atou-a a um pau que se estendia pelo "tecto" da tenda, depois pôs uma cadeira em baixo, subiu à cadeira e pendurou a corda no pescoço enquanto chorava. Nesse mesmo instante entrou Steve na tenda e ao ver o irmão naquele estado atirou-se a ele e tirou a corda do seu pescoço.
- O que pensas que estás a fazer?! - perguntou Steve.
- Estou farto de sofrer... - respondeu-lhe Patrick.
- Mas tens um filho para cuidar! Temos é que acabar a guerra depressa para veres o teu filho e tomares conta dele! - gritou Steve.
- Tens razão, foi estupidez minha... - confessou Patrick.
- Agora anda, o General quer falar contigo. - disse-lhe Steve.
Patrick cheio de lágrimas nos olhos foi ter com o General Carlson.
- Limpe-me esses olhos soldado! Todos passam por desgraças e não é por isso que vamos ficar assim. - disse o General mas Patrick não conseguia parar de chorar. - Pronto, eu chamei-o aqui porque foi promovido a coronel, é o melhor soldado deste exército, é inteligente e tem a formação necessária para fazer estratégias.
- Não... Não quero. - disse Patrick ainda a chorar.
- É uma ordem, vá vestir este uniforme e amanhã dará as ordens na batalha. Eu e o General Jackson vamos ficar bastante longe para nos podermos render se necessário. - ordenou o General.
Patrick pegou no uniforme e o General fez continência. Patrick, porém, não fez continência e foi para a tenda sem nenhuma palavra com uma cara capaz de matar um puma.

CONTINUA...
 

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bolas! lá estás tu a matar sempre os entes queridos! isso irrita sabes? :mad: xD

muito bem sim senhor a ficar coronel.

isso foi da outra vez quando me meti contigo no bar a chamar-te de tenente coronel e etc e tiveste esta ideia, nao foi? xD
 

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bolas! lá estás tu a matar sempre os entes queridos! isso irrita sabes? :mad: xD

muito bem sim senhor a ficar coronel.

isso foi da outra vez quando me meti contigo no bar a chamar-te de tenente coronel e etc e tiveste esta ideia, nao foi? xD

Lol, não xD
Ocorreu-me :p
 

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Capítulo XVIII: Os dez mil:


Dois anos depois...




" Querido Tom,

Há já anos que não te escrevo filho, mas só agora tive tal oportunidade. Lamento muito pela tua mãe, o choque foi muito grande para mim e imagino que para ti também tenha sido... Deves ter passado por muito nestes últimos dias, mas agora já és um rapaz crescido e deves portar-te como tal.
Se estás a pensar em alistar-te ao exército digo-te já que só te autorizo quando fizeres 17 anos, se não me engano tens uns 15, mas espero que a guerra não dure tanto.
Estou num forte em Wichita à dois anos, já sou coronel, todos os dias chegam reforços e se não me engano já defendemos o forte quinze vezes, ganhámos todas com muito esforço e sacrifício, mas o reforço que esperamos neste momento nunca mais vem e os Sulistas que vêm a caminho são imensos, de qualquer forma prometo-te que sobreviverei.
Logo que a guerra acabar vou para aí ter contigo e com a tua irmã, estou ansioso por ver os vossos rostos outra vez após tanto tempo. Já nem te deves lembrar bem de mim... Quando chegar aí faremos qualquer coisa juntos e vou ensinar-te a usar melhor a arma.

Os meus cumprimentos,

O teu pai Patrick. "
O teu querido pai.


- Anne! Anne! O pai escreveu uma carta! - gritava Tom alegremente enquanto corria pelos prados em direcção à casa da irmã.
- Tom, qual é o motivo de tanta correria? - perguntou a irmã enquanto limpava a sala de estar.
- O... O... O pai escreveu uma carta! - disse Tom exausto.
- Escreveu?! Finalmente, já pensava no pior... - disse Anne aliviada.
- Toma. - disse Tom que esticou a mão para dar a carta à irmã.
Anne leu atentamente e muito feliz entregou uma pena, tinta e uma folha para o irmão responder ao pai.
- Vá responde. - disse ela.
- Vou já escrever! - gritou Tom que subiu as escadas para ir ao escritório.
Tom tinha agora quase dezasseis anos, estava forte e era muitas vezes contratado para pastar vacas e coisas do género. Era já um ás com a arma e estava muito bem formado pois ia à escola cinco vezes por semana, o que era muito raro nos miúdos daquela altura.

" Querido pai,

Li a tua carta e acertas-te, tenho quinze anos, vou fazer dezasseis daqui a um mês. Gostava que pudesses estar aqui para ver isto, a Anne comprou uma bela casa com um prado enorme e eu já sei utilizar todo o tipo de armas e bem! Já participei em concursos de tiro e ganhei um! O Michael trata-me muito bem e vamos muitas vezes à cidade juntos.
Quanto à mãe, foi mesmo horrível, os Sulistas invadiram a casa e tentaram prender a mãe, o coronel violou-a e quando ela lhe deu um estalo ele mandou-lhe um tiro no peito, tudo à minha frente... Mas prefiro não falar mais disso.
Amanhã vou levar o pasto do vizinho até Nashville e voltar, vou receber cinquenta dólares por isso! Depois vou comprar a minha própria carabina e com o que me restar um cavalo.
Quanto a me alistar no exército, já tinha pensado nisso, e se a guerra não tiver acabado, mal faça dezassete anos alisto-me no exército, pede para ficar sob teu comando agora que és coronel, assim podíamos encontrar-nos.
Mas o melhor era mesmo que a guerra acaba-se rapidamente, para tu vires para cá.

Cumprimentos,

O teu filho Tom. "


- Tenho um bom filho. - disse Patrick ao ler a carta de Tom.
Foi guardar a carta numa mala onde guardava as cartas de Tom e depois enquanto caminhava até à parte central do forte para falar com o General avistaram-se cerca de dez mil tropas Sulistas todas alinhadas e prontas para atacar o forte.
- Meu Deus... - disse Patrick ao olhar para aquilo pois dentro do forte estavam apenas cerca de setecentos homens.
- Patrick, vai negociar. - disse o General Carlson que havia acabado de deixar cair o copo de whisky.
Patrick foi ter com os Sulistas juntamente com um homem a empunhar a bandeira e com dois armados ao lado.
- Por favor, vamos dar tréguas durante os próximos dias. - disse Patrick que estava frente a frente com o General Sulista.
- Queremos algo em troca das tréguas por uma semana no máximo. - disse o General Sulista.
- Cinquenta cavalos de raça chega? É só para provar que não vamos atacar. - disse Patrick.
- Feito, uma semana, e se virmos reforços, ou qualquer ser vivo que entre no forte atacámos. Ficarão uma semana sem comer.
Os dois apertaram as mãos e Patrick foi para dentro do forte.
- Estamos feitos, uma semana, ninguém entra do forte nem sai, e vamos ficar sem comer... E em troca oferecemos-lhes 50 cavalos de raça. - disse Patrick ao general.
- Ainda assim estamos feitos. - retorquiu o General. - Apenas estamos a adiar a nossa morte para uma ainda mais dolorosa. Amanhã à tarde abrimos fogo e que Deus esteja connosco.
- Sim, meu General. - disse Patrick.
Entretanto um soldado Sulista que estava fardado de Nortenho aproximava-se de Patrick e quando lá estava perto cravou-lhe uma faca na coxa pois Patrick apercebeu-se e desviou-se, o General Carlson sacou da pistola e quando ia disparar lembrou-se que um tiro podia significar aos Sulistas o ataque e teve que deixar os dois lutar.
Patrick mandou dois murros no homem e um pontapé na cara, o homem apressou-se a levantar-se e espetou a faca no braço de Patrick, Patrick com as forças que lhe restavam mandou mais um murro no homem, tirou-lhe a faca e espetou-lhe no peito matando-o.
- Levem o Coronel para o quarto com um médico! - gritou o General.
Dois homens levaram Patrick para um quarto onde começou a ser tratado.

CONTINUA...
 

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Capítulo XIX: Os tão esperados reforços:






No dia seguinte de manhã cedo Patrick acordou completamente ferido com o incidente do dia anterior. Sentia uma dor enorme na perna que o impedia de andar e não conseguia segurar a arma com o braço direito, o General Carlson estava pronto para acabar com as tréguas e para começar a batalha.
Steve entrou no quarto de Patrick e disse:
- Não saias da cama, não estás em estado de combater.
- Eu tenho que lutar! - gritou Patrick.
De repente ouviram-se tiros.
- Fica aí e não saias! - gritou Steve que pegou na espingarda e avançou.
Patrick estava completamente frustrado, estava a ouvir tiros e gritos de lá de fora, via fogo das janelas e homens a morrer mas não podia ir ajudar... Um tiro partiu a janela do quarto de Patrick e a bala passou-lhe rente ao nariz.
Patrick fechou a porta à chave e tapou a janela com uma tábua, pôs um armário em frente à porta para os tiros não passarem e pôs a cama longe das janelas e portas, mas depois repensou pois assim não conseguiria sair dali se necessário, voltou a abrir tudo e pôs-se aninhado com uma espingarda na mão.
Lá fora os Sulistas tentavam subir e içavam as escadas. Steve tinha um machado na mão e sempre que algum subia era morto. Estavam dez Sulistas a trepar, Steve atirou a escada para trás e eles caíram, porém começaram a admitir que era impossível escapar, e a moral dos soldados cada vez estava mais baixa. Havia Sulistas alinhados lá em baixo e disparavam para os que estavam em cima, Steve levou com um tiro no ombro e saiu de lá a correr pois mataram todos os que estavam lá em cima.
- Precisamos de gente ali! - gritou Steve e uns vinte foram lá alinhar-se. Mas dez mil contra vinte não era equilibrado, rapidamente morreram todos.
Os Sulistas começaram a fazer soar os canhões e com alguns tiros o forte ficou completamente danificado na parte da frente. Um tiro de canhão entrou no quarto de Patrick e furou a parede, Patrick foi-se esconder para trás de um móvel.
A batalha continuava muito intensa e já parecia perdida para os Nortenhos, os Sulistas começaram a subir e muitos conseguiram e quando não havia gente alinhada dentro do forte os Sulistas começaram a subir normalmente e poucos morriam.
De repente ouviu-se uma trompete Americana mais ou menos a quinhentos quilómetros dali, finalmente os reforços tinham chegado e eram muitos. Os Sulistas bateram em retirada e fugiram, os Nortenhos subiram todos para dentro do forte.
- Eles retiraram! Ganhámos... - disse Steve mas logo levou um tiro na anca pois os Sulistas começaram a subir do outro lado.

CONTINUA...
 

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muito bom como sempre...

qualquer dia não saberei como comentar xD
 

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Capítulo XX: " Não façam prisioneiros " :






Steve, aleijado, não desistiu e continuou a lutar, os reforços não eram assim tantos e os Sulistas continuavam a ser mais numerosos. Os Sulistas subiam agora com facilidade e a maior parte já estava dentro. Steve, sempre com a baioneta na espingarda e com a faca na cintura, matava todos os que lhe apareciam à frente, foi então que avistou um coronel a alguns metros dali e disparou duas vezes falhando as duas, o coronel atirou-se a ele com a espada na mão e fez um corte no braço de Steve que zangado sacou da faca e apunhalou o coronel na barriga. O coronel, como última coisa, tirou a espingarda a Steve e atirou-a do forte abaixo. Agora Steve tinha apenas uma faca e estava em plena batalha com uma bala na anca, uma no ombro, e um corte no braço, porém continuou.
Patrick estava no quarto quando começaram a entrar lá Sulistas, Patrick pôs-se atrás da porta e foi matando os que entravam. De repente ficou sem balas e os Sulistas entraram, Patrick escondeu-se atrás de um armário com uma faca na mão. Quando um deles estava perto Patrick atirou-lhe com a faca que acertou no peito do Sulista, depois atirou-se ao outro como o caçador se atira à presa e começou a asfixiar o Sulista até este morrer. Pegou na espingarda do Sulista e nas munições e, farto de estar no quarto, saiu e entrou no meio da batalha.
Logo que entrou no meio da confusão espetou a baioneta num Sulista e disparou a outro, outro Sulista apareceu por trás e disparou acertando no ombro de Patrick que caiu ao chão.
- Patrick, o herói de guerra! Vai ser morto por mim... - disse o Sulista.
O Sulista pegou na espingarda e mal ia espeta-la em Patrick, Steve mandou-lhe um tiro e este caiu para a frente morto.
- Devias estar no quarto! - gritou Steve enquanto disparava para uns quantos Sulistas.
- Fartei-me! Vamos mas é lutar! - respondeu-lhe Patrick.
Steve sorriu-lhe e nesse preciso momento levou com um tiro no peito e caiu ao chão.
- Steve! - gritou Patrick aflito que foi ajudar o irmão.
Patrick agarrou em Steve com toda a força.
- Acabou. Chegou o meu fim Patrick.
Após dizer isto deu o seu último suspiro e morreu. Patrick levantou-se com a espingarda na mão e retirou a estrela do exército como recordação, depois avançou com toda a força sobre os inimigos para obter a sua vingança tanto pela morte da mulher como pela do irmão.
Avançou, avançou e avançou até que ouviu o General Sulista gritar:
- O forte é nosso! Não façam prisioneiros!
Patrick ajoelhou-se no chão enquanto um Sulista se preparava para o fuzilar, Patrick levantou-se e espetou com a faca no peito do Sulista, outros três Sulistas começaram a disparar sobre Patrick que avançava sobre o General, quando lá chegou espetou a faca no peito do General e este morreu.
Um capitão Sulista ergueu a espingarda e atingiu Patrick na cabeça que morreu, mas não em vão...

FIM

" A Guerra Civil Americana acabou em 1865 ganha pelos dezanove estados confederados do Norte. Foi a guerra que causou mais mortes Americanas até ao momento. Todos os escravos foram libertados e as outras raças começaram a ser tratadas com mais respeito.
As zonas mais disputadas nesta guerra foram as de Wichita no Sul do Kansas.
Todas as guerras, datas e terras existiram e foi tudo conforme a história dos Estados Unidos. "
 

DeletedUser436

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:eek::eek:

desculpa mas eu não vou comentar... não vou mesmo... isto não se concebe desculpa lá... meu deus além dos entes queridos matas também os personagens principais?? :mad::mad:... enfim...

edit: (só não sei o que aconteceu ao joe)
 

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:eek::eek:

desculpa mas eu não vou comentar... não vou mesmo... isto não se concebe desculpa lá... meu deus além dos entes queridos matas também os personagens principais?? :mad::mad:... enfim...

edit: (só não sei o que aconteceu ao joe)

Comentaste xD

Vou abrir inscrições para outra história lol
 
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