[História] Tequila com Limão

  • Iniciador do tópico John Munny
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TEQUILA COM LIMÃO​

Consegui! Recuperei a arma roubada de minha filha. Maldito cego, que queime no inferno, onde logo o encontrarei!

Carrego comigo duas cicatrizes no peito. Aquela que pode ser vista, foi causada por esta arma. Um tiro apenas. E ela tomou meu coração. Na época, eu era um soldado leal, comandante dos exércitos do Missouri durante a Guerra Civil. E foi lá que a encontrei pela primeira vez.

Myra Maybelle Shirley era uma jovem linda, bem educada em ecolas da região, e vivia ainda com os pais em uma velha fazenda de algodão quando cheguei à região. Nosso campo foi montado próximo à propriedade dos Shirley, nas proximidades de Carthage, e por vezes via ela, ainda criança, passar a galope montada numa égua tubiana.

Mas a proximidade das tropas trouxe medo e insegurança, e logo eles venderam a propriedade a um valor baixo demais. Por alguns anos, não tive mais notícias, e tão pouco elas me traziam algum interesse.

Era Natal de 1861, e resolvi dar aos oficiais algum presente. Liberei sua saída do campo, e fomos todos à Carthage, comemorar mais um ano longe de nossas famílias, longe de nossas esposas e filhos. Adentramos o Reed Saloon, compramos 6 garrafas da melhor tequila. Talvez tenha sido esta a decisão que trouxe o início da minha queda. Natal. Ótima data para vender sua alma ao inferno!

Eu estava bebado, mas não o bastante para justificar os atos que se seguiram.

Antes de o sol clarear os tons de azul negro do céu e ofuscar suas estrelas, uma jovem veio à mesa onde meu corpo estava junto às garrafas. Ofereceu-me um quarto. Ao erguer os olhos e ver sua beleza, eu já não pensava mais no sol, tampouco nas estrelas. A segui escadas acima, enquanto o perfume que exalava de seus cabelos fazia-me sentir o corpo em um campo de margaritas.

A jovem de cabelos negros abriu a porta de um grande quarto, e quase imediatamente joguei-me à cama e apaguei. Mas breves minutos depois, tendo como intervalo um estranho sonho com imagens de um campo de flores brancas tingidas de sangue humano, abri os olhos para tentar formar melhor a imagem da pessoa que se aproximava com um urinol e um jarro prateado. Era ela, e junto a seus negros cabelos havia uma linda trama de pequenas margaritas, daquelas litorâneas, que minha esposa adorava cultivar à frente de nossa casa à beira-mar.

Puxei-a com vigor para perto de mim. A prataria chocou-se contra o piso de madeira, a água molhou nossos corpos. Ela chorou, mas não emitiu um grito sequer.

A luz do nascente incendiava com seu forte brilho aquela praça diante do Saloon. Pelos vidros de uma ampla janela frontal, eu observava a poeira erguida pelos cavalos dum bando de criminosos fugidos que recém passara ali. Jesse James, provavelmente. Mas não cabia a mim tomar parte nisso. Minha preocupação estava voltada ao misto de paixão e medo que se alojara em meu peito, desde o momento que despertei, tendo nos braços uma mulher ainda menina, menina demais para proteger a si própria.

Já era tarde da manhã, meus oficiais desjejuavam quando cheguei no salão abaixo. Eu estava confuso, queria sair dali o quanto antes, mas o educado senhor Shirley estava à mesa com os homens, e depois de tudo, não poderia arriscar a levantar suspeitas, saindo de maneira ríspida daquele local.

Sentei-me, comi alguns figos com mel e pedaços de queijo mexido aos ovos. Aqueles figos trouxeram a lembrança dos lábios da jovem, doces e macios. Veio uma suave canção à mente, uma sonata romântica para piano, e imaginei estar louco. Talvez não devesse mais misturar figos com mel após beber tanta tequila, pensei.

Piadas surgiam à mesa. Eu permanecia sério. O austero Sr. Shirley gritou, fazendo com que seu grosso bigode criasse ondas. Dirigiu sua voz acima de meus ombros: "Myra! Larga do piano, minha filha, e traz-nos mais um pernil assado! Afinal, é Natal!"

Myra... Não estava louco, enfim. Não tanto como estava a imaginar. A jovem que estava nua em meus braços quando acordei. Era ela ao piano, era ela ali naquele instante, ao meu lado, com aquele mesmo perfume, porém algo mudara: seu olhar parecia perdido, triste e distante.

Dirigíamo-nos à saída, rumo aos estábulos, quando Myra veio a mim, cabisbaixa, e entregou-me uma flor. Sorri, e parti.

Depois daquele natal, todos os meses, por dois anos, eu retornei para encontrá-la às escondidas, naquele mesmo quarto.

Em meados de 1864 recebi ordens para atacar Carthage, após os Sulistas da Confederação tomarem os campos à leste da cidade. Tentei encontrá-la para que ela e sua família pudessem ficar em segurança, mas os Shirleys já haviam partido num trem para o extremo sul. Nunca mais a vi.

Na sangrenta batalha que se sucedeu, massacrei tantos homens que, ainda hoje, muitos vem gritar em meus sonhos: rostos jovens de rapazes que não haviam conseguido $300 para livrá-los dos horrores da Guerra, ou que foram loucos o bastante para aceitá-la.
E por quase quinze anos eu vi apenas sangue, eu busquei apenas sangue, tentando aplacar uma estranha ferida em meu coração.

Quando recebi telegrama do General George Armstrong Custer, em Abril de 1865, relatando o final da Guerra, não comemorei: devíamos mover nossas tropas ao sul, neste território texano onde me encontro agora, próximo à linha do território selvagem controlado por Sam Starr, um índio cherokee.

Eu dizia que passaria quinze anos, desde aquela data, a ver apenas sangue, não é mesmo? Pois foi lá, naquela fronteira selvagem, que conheci a jovem Pearl. Ela me fez lembrar Myra, porém possuía traços de uma beleza selvagem incomparável. Era, porém, minha prisioneira!

Em uma batalha nas florestas ao norte do Texas, dizimamos uma tribo Cherokee de forma cruel e covarde, e fizemos muitos prisioneiros, seguindo ordens do Comando Maior da União. Sabia, porém, ser trabalho tolo, pois a maioria seria fuzilada, e as mulheres sofreriam ainda mais, com estupros e humilhações que, à exceção daqueles do meu comando, os oficiais não costumavam punir.

A moça, chamada Pearl pelo velho ancião pele-vermelha, estava escondida sob uma rocha, coberta por um véu de água que descia de um riacho de águas geladas. Peguei-a enquanto examinava a floresta nos arredores da aldeia. Sabia que deveria entregá-la ao comando central, ou matá-la. Mas não o fiz. Tornei-me desertor, adentrei o território texano rumo ao sul. Não tinha mais sentido sair dali e rumar para a Califórnia, com o distante objetivo de rever a família que um dia deixei pra trás. E por fim, sem mais querer, reencontrei Myra.

Xerifes texanos, à época, tinham um nome em seus cartazes, cujo valor estava acima de criminosos como Jesse James: Belle Starr. Depois de tantos anos, Myra Maybelle juntou-se em matrimônio com aquele chefe índio contra quem por anos lutei, e tornou-se a criminosa mais procurada do Texas. Mas a grande tragédia da minha vida ainda estava por ocorrer.

Durante um passeio na cidade de Scyene, aonde íamos com frequência levar à venda tequila de nosso alambique, eu e Pearl participávamos de um grande leilão de cavalos aberto pelo governo para arrecadar dólares às custas de índios, Myra surgiu com seu bando. Entre tiros e poeira, ela focou seus olhos em nós. Jurou-me morte! Creio que após ver a barriga já crescida de Pearl.

A pouco tempo atrás, no final de 1888, Myra arrombou a porta de minha casa, num antigo rancho que comprei para criar cavalos (Pearl amava cavalos). Sem uma palavra, seu bando começou a atirar. Minha bala matou Myra "Belle Starr". Minha arma derrubou 5 atiradores. Um sexto, porém, entrou pelos fundos, executou minha mulher, e fugiu: Billy. Cheguei tarde demais, disparei com meu preciso rifle, imaginei ter acertado sua face. Mas ele fugiu.

Corri, após o disparo, para ver minha Pearl e nosso bebê que ainda nem havia nascido. Mortos! Enlouqueci. Andei lentamente até a sala, queria alguém ainda vivo para que eu pudesse torturar. Myra ainda vivia! Que presente dos Deuses, pensei eu naquele momento! Mas não foi um presente, aquilo foi como beber nitroglicerina.

Myra, enquanto seu sangue abandonava o corpo, olhou para a mulher que eu carregava nos braços, entre lágrimas e ódio, e disse:
"-- Ela... Ela era... Era nossa filha. Nossa Rosie... Nossa! Você... Você... Monstro!!!"
Myra, após usar seu último sopro de vida para falar, cerrou os olhos e morreu. E, junto com elas, de forma cruel, morri também.

Ontem, Henry, encontrei o assassino de meu pecado: Billy. Descobri que meu tiro adentrou a lateral de seu crânio, e o deixou cego. Descobri também que ele levara, do local do crime, um presente dado à Pearl pela mãe dela (que eu pensava desconhecer). Decidi cruelmente brincar com ele, até por fim o matar. Maldito "Billy Águia Cega"!

E hoje, Henry, sou apenas um mercenário sujo, cuja alma há muito foi perdida. Então, por favor, não questione mais meus atos e minhas bebedeiras. Quando eu debruçar meus ombros neste balcão ensanguentado, apenas larga diante de minha face uma dose a mais de tequila barata. E nunca - jamais! - esqueça do limão!

Créditos: Darth.Le
Português BR, não se enganem, não estou cometendo erros ortográficos horríveis.
 
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DeletedUser8159

Guest
muito bom

Esta mensagem é demasiado curta... Agora já não!
 

DeletedUser

Guest
É uma história diferente das que estamos habituados...muito boa:p
 

DeletedUser

Guest
TEQUILA COM LIMÃO​

Consegui! Recuperei a arma roubada de minha filha. Maldito cego, que queime no inferno, onde logo o encontrarei!

Carrego comigo duas cicatrizes no peito. Aquela que pode ser vista, foi causada por esta arma. Um tiro apenas. E ela tomou meu coração. Na época, eu era um soldado leal, comandante dos exércitos do Missouri durante a Guerra Civil. E foi lá que a encontrei pela primeira vez.

Myra Maybelle Shirley era uma jovem linda, bem educada em ecolas da região, e vivia ainda com os pais em uma velha fazenda de algodão quando cheguei à região. Nosso campo foi montado próximo à propriedade dos Shirley, nas proximidades de Carthage, e por vezes via ela, ainda criança, passar a galope montada numa égua tubiana.

Mas a proximidade das tropas trouxe medo e insegurança, e logo eles venderam a propriedade a um valor baixo demais. Por alguns anos, não tive mais notícias, e tão pouco elas me traziam algum interesse.

Era Natal de 1861, e resolvi dar aos oficiais algum presente. Liberei sua saída do campo, e fomos todos à Carthage, comemorar mais um ano longe de nossas famílias, longe de nossas esposas e filhos. Adentramos o Reed Saloon, compramos 6 garrafas da melhor tequila. Talvez tenha sido esta a decisão que trouxe o início da minha queda. Natal. Ótima data para vender sua alma ao inferno!

Eu estava bebado, mas não o bastante para justificar os atos que se seguiram.

Antes de o sol clarear os tons de azul negro do céu e ofuscar suas estrelas, uma jovem veio à mesa onde meu corpo estava junto às garrafas. Ofereceu-me um quarto. Ao erguer os olhos e ver sua beleza, eu já não pensava mais no sol, tampouco nas estrelas. A segui escadas acima, enquanto o perfume que exalava de seus cabelos fazia-me sentir o corpo em um campo de margaritas.

A jovem de cabelos negros abriu a porta de um grande quarto, e quase imediatamente joguei-me à cama e apaguei. Mas breves minutos depois, tendo como intervalo um estranho sonho com imagens de um campo de flores brancas tingidas de sangue humano, abri os olhos para tentar formar melhor a imagem da pessoa que se aproximava com um urinol e um jarro prateado. Era ela, e junto a seus negros cabelos havia uma linda trama de pequenas margaritas, daquelas litorâneas, que minha esposa adorava cultivar à frente de nossa casa à beira-mar.

Puxei-a com vigor para perto de mim. A prataria chocou-se contra o piso de madeira, a água molhou nossos corpos. Ela chorou, mas não emitiu um grito sequer.

A luz do nascente incendiava com seu forte brilho aquela praça diante do Saloon. Pelos vidros de uma ampla janela frontal, eu observava a poeira erguida pelos cavalos dum bando de criminosos fugidos que recém passara ali. Jesse James, provavelmente. Mas não cabia a mim tomar parte nisso. Minha preocupação estava voltada ao misto de paixão e medo que se alojara em meu peito, desde o momento que despertei, tendo nos braços uma mulher ainda menina, menina demais para proteger a si própria.

Já era tarde da manhã, meus oficiais desjejuavam quando cheguei no salão abaixo. Eu estava confuso, queria sair dali o quanto antes, mas o educado senhor Shirley estava à mesa com os homens, e depois de tudo, não poderia arriscar a levantar suspeitas, saindo de maneira ríspida daquele local.

Sentei-me, comi alguns figos com mel e pedaços de queijo mexido aos ovos. Aqueles figos trouxeram a lembrança dos lábios da jovem, doces e macios. Veio uma suave canção à mente, uma sonata romântica para piano, e imaginei estar louco. Talvez não devesse mais misturar figos com mel após beber tanta tequila, pensei.

Piadas surgiam à mesa. Eu permanecia sério. O austero Sr. Shirley gritou, fazendo com que seu grosso bigode criasse ondas. Dirigiu sua voz acima de meus ombros: "Myra! Larga do piano, minha filha, e traz-nos mais um pernil assado! Afinal, é Natal!"

Myra... Não estava louco, enfim. Não tanto como estava a imaginar. A jovem que estava nua em meus braços quando acordei. Era ela ao piano, era ela ali naquele instante, ao meu lado, com aquele mesmo perfume, porém algo mudara: seu olhar parecia perdido, triste e distante.

Dirigíamo-nos à saída, rumo aos estábulos, quando Myra veio a mim, cabisbaixa, e entregou-me uma flor. Sorri, e parti.

Depois daquele natal, todos os meses, por dois anos, eu retornei para encontrá-la às escondidas, naquele mesmo quarto.

Em meados de 1864 recebi ordens para atacar Carthage, após os Sulistas da Confederação tomarem os campos à leste da cidade. Tentei encontrá-la para que ela e sua família pudessem ficar em segurança, mas os Shirleys já haviam partido num trem para o extremo sul. Nunca mais a vi.

Na sangrenta batalha que se sucedeu, massacrei tantos homens que, ainda hoje, muitos vem gritar em meus sonhos: rostos jovens de rapazes que não haviam conseguido $300 para livrá-los dos horrores da Guerra, ou que foram loucos o bastante para aceitá-la.
E por quase quinze anos eu vi apenas sangue, eu busquei apenas sangue, tentando aplacar uma estranha ferida em meu coração.

Quando recebi telegrama do General George Armstrong Custer, em Abril de 1865, relatando o final da Guerra, não comemorei: devíamos mover nossas tropas ao sul, neste território texano onde me encontro agora, próximo à linha do território selvagem controlado por Sam Starr, um índio cherokee.

Eu dizia que passaria quinze anos, desde aquela data, a ver apenas sangue, não é mesmo? Pois foi lá, naquela fronteira selvagem, que conheci a jovem Pearl. Ela me fez lembrar Myra, porém possuía traços de uma beleza selvagem incomparável. Era, porém, minha prisioneira!

Em uma batalha nas florestas ao norte do Texas, dizimamos uma tribo Cherokee de forma cruel e covarde, e fizemos muitos prisioneiros, seguindo ordens do Comando Maior da União. Sabia, porém, ser trabalho tolo, pois a maioria seria fuzilada, e as mulheres sofreriam ainda mais, com estupros e humilhações que, à exceção daqueles do meu comando, os oficiais não costumavam punir.

A moça, chamada Pearl pelo velho ancião pele-vermelha, estava escondida sob uma rocha, coberta por um véu de água que descia de um riacho de águas geladas. Peguei-a enquanto examinava a floresta nos arredores da aldeia. Sabia que deveria entregá-la ao comando central, ou matá-la. Mas não o fiz. Tornei-me desertor, adentrei o território texano rumo ao sul. Não tinha mais sentido sair dali e rumar para a Califórnia, com o distante objetivo de rever a família que um dia deixei pra trás. E por fim, sem mais querer, reencontrei Myra.

Xerifes texanos, à época, tinham um nome em seus cartazes, cujo valor estava acima de criminosos como Jesse James: Belle Starr. Depois de tantos anos, Myra Maybelle juntou-se em matrimônio com aquele chefe índio contra quem por anos lutei, e tornou-se a criminosa mais procurada do Texas. Mas a grande tragédia da minha vida ainda estava por ocorrer.

Durante um passeio na cidade de Scyene, aonde íamos com frequência levar à venda tequila de nosso alambique, eu e Pearl participávamos de um grande leilão de cavalos aberto pelo governo para arrecadar dólares às custas de índios, Myra surgiu com seu bando. Entre tiros e poeira, ela focou seus olhos em nós. Jurou-me morte! Creio que após ver a barriga já crescida de Pearl.

A pouco tempo atrás, no final de 1888, Myra arrombou a porta de minha casa, num antigo rancho que comprei para criar cavalos (Pearl amava cavalos). Sem uma palavra, seu bando começou a atirar. Minha bala matou Myra "Belle Starr". Minha arma derrubou 5 atiradores. Um sexto, porém, entrou pelos fundos, executou minha mulher, e fugiu: Billy. Cheguei tarde demais, disparei com meu preciso rifle, imaginei ter acertado sua face. Mas ele fugiu.

Corri, após o disparo, para ver minha Pearl e nosso bebê que ainda nem havia nascido. Mortos! Enlouqueci. Andei lentamente até a sala, queria alguém ainda vivo para que eu pudesse torturar. Myra ainda vivia! Que presente dos Deuses, pensei eu naquele momento! Mas não foi um presente, aquilo foi como beber nitroglicerina.

Myra, enquanto seu sangue abandonava o corpo, olhou para a mulher que eu carregava nos braços, entre lágrimas e ódio, e disse:
"-- Ela... Ela era... Era nossa filha. Nossa Rosie... Nossa! Você... Você... Monstro!!!"
Myra, após usar seu último sopro de vida para falar, cerrou os olhos e morreu. E, junto com elas, de forma cruel, morri também.

Ontem, Henry, encontrei o assassino de meu pecado: Billy. Descobri que meu tiro adentrou a lateral de seu crânio, e o deixou cego. Descobri também que ele levara, do local do crime, um presente dado à Pearl pela mãe dela (que eu pensava desconhecer). Decidi cruelmente brincar com ele, até por fim o matar. Maldito "Billy Águia Cega"!

E hoje, Henry, sou apenas um mercenário sujo, cuja alma há muito foi perdida. Então, por favor, não questione mais meus atos e minhas bebedeiras. Quando eu debruçar meus ombros neste balcão ensanguentado, apenas larga diante de minha face uma dose a mais de tequila barata. E nunca - jamais! - esqueça do limão!

Créditos: Darth.Le
Português BR, não se enganem, não estou cometendo erros ortográficos horríveis.

Desculpa só estar a ler agora, pois já me pediste para a ler a muito.
Está espectacular! Excelente!
Apesar de ser Português do Brasil percebe-se muito bem pois tem uma capacidade de escrita muito boa.

A história está de acordo com a história Americana, adorei.
 
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