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Diário de um jovem qualquer
Caso venha a perder este livreto, ou que em algum momento de desgraça, eu parta e isto venha cair em suas mãos, fique sabendo, meu caro, de antemão meu nome, pois talvez encontre alguém que se importe com este simples viajante, ou não, dando minhas anotações a esta, ou queimando em uma lareira de alguma cidade.
Peço perdão por delongar-me. Deixe-me dizer logo quem sou. Meu nome é Richard, dado por minha mãe, pouco depois de me parir aos olhares de meu pai e a presença de um velho já cego, que seria meu avô. Apresentarei-os melhor em palavras à frente. Minha família teria outro sobrenome, porém, o mesmo velho sem visão teria o trocado por Hudson.
Sendo assim, somos uma família de apenas duas gerações fincadas nas terras americanas. Meu bisavô participara da guerra por independência, como membro dos ‘Homens-minutos’, lutando em Boston e depois se movendo para o sul, onde encontrou abrigo em uma fazenda sulista, vivendo nesta até morrer aos seus cento e alguma coisa anos, com uns vinte filhos, sendo ‘vovô’ o caçula, uma mulher viúva e poucas posses.
Esta viria a falecer algum tempo depois, enquanto seus filhos trabalhavam para o mesmo fazendeiro e assim fariam os filhos destes filhos e, por fim, os filhos dos filhos destes filhos.
Não fosse por uma vontade de participar da colonização do oeste, ainda estaria lá, plantando alguma coisa, cuidando do gado e indo algumas vezes a uma pequena cidade litorânea, vender o pouco que ganhávamos a um mercador qualquer por um preço mixuruca e uma garrafa de whisky para ambos os velhos lá de casa.
Mas pulemos isto, vamos logo ao dia que peguei um saco de feno, esvaziei-o e o enchi com algumas roupas e alguma comida roubada da dispensa do senhor daquelas terras.
Caso venha a perder este livreto, ou que em algum momento de desgraça, eu parta e isto venha cair em suas mãos, fique sabendo, meu caro, de antemão meu nome, pois talvez encontre alguém que se importe com este simples viajante, ou não, dando minhas anotações a esta, ou queimando em uma lareira de alguma cidade.
Peço perdão por delongar-me. Deixe-me dizer logo quem sou. Meu nome é Richard, dado por minha mãe, pouco depois de me parir aos olhares de meu pai e a presença de um velho já cego, que seria meu avô. Apresentarei-os melhor em palavras à frente. Minha família teria outro sobrenome, porém, o mesmo velho sem visão teria o trocado por Hudson.
Sendo assim, somos uma família de apenas duas gerações fincadas nas terras americanas. Meu bisavô participara da guerra por independência, como membro dos ‘Homens-minutos’, lutando em Boston e depois se movendo para o sul, onde encontrou abrigo em uma fazenda sulista, vivendo nesta até morrer aos seus cento e alguma coisa anos, com uns vinte filhos, sendo ‘vovô’ o caçula, uma mulher viúva e poucas posses.
Esta viria a falecer algum tempo depois, enquanto seus filhos trabalhavam para o mesmo fazendeiro e assim fariam os filhos destes filhos e, por fim, os filhos dos filhos destes filhos.
Não fosse por uma vontade de participar da colonização do oeste, ainda estaria lá, plantando alguma coisa, cuidando do gado e indo algumas vezes a uma pequena cidade litorânea, vender o pouco que ganhávamos a um mercador qualquer por um preço mixuruca e uma garrafa de whisky para ambos os velhos lá de casa.
Mas pulemos isto, vamos logo ao dia que peguei um saco de feno, esvaziei-o e o enchi com algumas roupas e alguma comida roubada da dispensa do senhor daquelas terras.