Capítulo VII:
Os Gunfield estavam dentro do banco de Houston com as armas apontadas às cabeças dos reféns. Por azar, os Gunfield decidiram assaltar o banco numa má altura, só havia empregados lá dentro e ninguém sabia a combinação do cofre. Billy estava desesperado, tinham que sair dali antes que Charles explodisse com aquilo, claro que podiam ir avisa-lo mas estava a uma grande distância e explodia com aquilo antes de chegarem até ele e claro que podiam fugir, mas perder esta oportunidade de conseguir cem mil dólares...
- Ok, vamos começar a torturar. - disse Billy. - Vou matar um refém a cada trinta segundos se não disserem a combinação.
- Ninguém sabe! Somos apenas empregados! Eu limpo o chão! - gritava um dos reféns que, após dizer isto, levou com um tiro na cabeça.
Os outros desataram aos gritos e entraram em pânico. Billy não sabia o que fazer, pensava que aquilo não podia piorar quando de repente começam a ser disparados tiros de lá de fora. Era John Dunn e os seus companheiros. John começou a disparar e acertou na barriga de Steve que começou aos tiros enquanto se encostava na parede e deslizava deixando um rasto de sangue. Billy escondeu-se atrás da banca e todos os outros imitaram-no e esconderam-se. Os agentes da lei fizeram o mesmo e o silêncio depressa se instalou no famoso banco de Houston. Billy pegou na arma e conseguiu avistar o pé dum dos agentes, disparou e acertou no pé de Jimmy Carter que voltou a esconder-se. Agora John Dunn sabia onde estava Billy e, desatou a correr abaixo de fogo para se esconder na outra ponta. Daquela ponta conseguia mirar Billy e disparou quase atingindo o assassino na cabeça. Billy afastou-se de modo a que o Marechal não o conseguisse mirar, depois pegou na arma e disparou quase acertando no Marechal que teve que abandonar o esconderijo.
- Billy, está a fazer-se tarde, isto vai explodir temos que ir... - sussurrou Willy extremamente preocupado.
- Calma, temos cinco minutos... - respondeu Billy.
Davy Carter, farto daquilo, pegou numa espingarda e desatou a correr enquanto disparava. Acertou com um tiro na perna de Buck e voltou a esconder-se. Buck, fulo, atirou-se ao chão e atingiu Davy na anca, depois pôs-se atrás dum pilar. Davy caiu no chão e tentou recompor-se, era um ferimento limpo pois a bala tinha entrado e saído. Steve jazia sentado encostado à parede, mas bem escondido enquanto tentava limpar o sangue que lhe escorria pela enorme ferida que tinha barriga. Passaram-se assim quatro minutos e Charles, que estava no meio do deserto, estava pronto para rebentar com o banco.
- Temos trinta segundos... - disse Buck a Billy.
Billy, com um olhar de tristeza disse para o Marechal que não o via de lado nenhum.
- Bem John, parece que não vai ser desta que nos enfrentamos. O banco vai explodir, por isso vou-me embora! Encontrámo-nos em San Antonio daqui a cinco dias, combinado?
- Combinado, não serei mesericordioso! - disse John enquanto Billy se ria.
Cada uma das " equipas " saiu por cada um dos lados e mal isso aconteceu o banco explodiu e com ele cinquenta mil dólares Americanos. Era uma imensa tragédia que não iria ser esquecida. John esperou para ver se conseguia ver os criminosos sempre com a arma na mão. Quando, finalmente, a penumbra e o fumo permitiram que se visse o outro lado dos restos do banco os Gunfield já tinham desaparecido.
- Pai, pai! Diz-me que Billy está bem! - gritava Elizabeth que havia chegado à pouco.
- Sim, está bem, mas não por muito tempo. E já não sou teu pai, desaparece, volta para El Paso! - respondeu John que se continha para não dar uma chapada à filha.
Os Gunfield já estavam no deserto com Charles a cuidar de Steve.
- Billy, vamos mesmo a San Antonio? Vamos ser alvos fáceis, ele pode preparar uma emboscada muito facilmente... - perguntou Willy.
- Tenho cara de burro, Willy? - perguntou Billy sarcasticamente. - Daqui a cinco dias vamos interceptar um comboio em que vão passar imensos juízes e congressistas ricos perto de Austin...
Os outros quatro, menos Steve que estava desmaiado e a a ser tratado por Charles que tinha curso de Medicina, desataram a rir.
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Cinco dias depois John Dunn esperava Billy em San Antonio e já estava impaciente e com pouca esperança. Já se lamentava e pensava em como poderia ter sido tão estúpido ao ponto de ter caído no plano do assassino que devia estar agora a fazer algum crime.
John acertava pois, nesse preciso momento, os cinco pistoleiros estavam prontos para fazer uma emboscada ao comboio. Porém, tinham que o parar, o que iria ser bastante difícil visto que após o primeiro assalto dos Gunfield os maquinistas deixaram de ser autorizados a parar acontecesse o que acontecesse. Os Gunfield, antes do assalto, subornaram um xerife que tinha confiscada imensa dinamite. Explodiram com a ponte por onde o comboio ia passar que estava a dez quilómetros donde estavam os cinco.
Já conseguiam avistar o comboio e já conseguiam ouvir o grande barulho que a máquina fazia. Quando a grande máquina passou por eles Steve atirou-se para a carruagem principal e apontou com a arma para a cabeça do maquinista.
- Bom dia, sou Stevie Butterfield e o comboio está sob comando dos Gunfield, ninguém entra nem sai e quando eu mandar vai parar. Se fizer alguma coisa de errado o senhor e todos os passageiros serão mortos, se cumprir todas as horas, saem todos do comboio e serão libertados em Austin.
O maquinista nem respondeu, quase teve um ataque cardíaco com aquele grande susto.
Os outros quatro entraram pela parte de trás e foram ter à primeira carruagem onde estava imensa gente.
- Quietos se não disparamos! Somos os Gunfield, se não seguirem o que dizemos serão todos mortos, se cumprirem o que dizemos serão libertados em Austin. - disse Billy.
As mulheres agarraram nos filhos e depressa o pânico se instalou no comboio.
Cada vez se aproximavam mais da ponte partida onde iam travar. Steve mandou o maquinista parar e os Gunfield levaram todo o dinheiro. Libertaram, como de prometido, as pessoas em Austin e partiram para o deserto.
John Dunn, envergonhado, foi para o gabinete imensamente chateado e a sentir-se estúpido.
CONTINUA...