A fuga

  • Iniciador do tópico Henrique
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Prólogo

Era ainda de madrugada quando Henrique, um jovem de 25 anos, relativamente alto de olhos e cabelo castanhos, saiu para o seu treino matinal diário. No entanto, como estava com pressa esqueceu-se de comer e foi levantar dinheiro ao banco para ir à taberna mais próxima.
Havia de ser bonito, se não comer nada ainda me dá alguma coisa durante o treino. Vou mas é ao banco levantar algum dinheiro para comer, pensou. E então pôs-se a caminho.
Tinha acordado de bom humor e estava relativamente calmo, no entanto tudo mudou quando chegou ao banco e descobriu que este estava a ser assaltado. Assaltado pelo próprio xerife local!
- Bom di…mas que…o que é que se passa aqui?!
- QUIETO! NÃO DÊS NEM MAIS UM PASSO! Gritou o xerife.
- Xe..xerife? Mas o que é que se passa? Porque é que está toda a gente no chão?! E porque é que me está a apontar a arma? Questionou-se Henrique, completamente apanhado de surpresa.
- Isso não te interessa para nada. O importante é que não chames a atenção. Não quero que isto se encha de forças policiais. TU ESTÁ QUIETO! E TU AÍ, DÁ-ME TODO O DINHEIRO QUE TÊM! Ordenou o xerife a dois empregados do banco.
. Es..está bem..p..por favor não me magoe. Disse um dos empregados.
Só depois de recuperar da sobressalto é que Henrique se deu conta que o próprio xerife estava a assaltar o banco da cidade. Por sorte tinha trazido a sua pistola já carregada consigo e o xerife estava virado de costas com a ideia que o tinha completamente sob o seu controlo.
E porque não? Pensou Henrique, se não fizer nada agora a situação só vai piorar e eu sou o único armado para além do xerife.
Decidido a salvar a situação, Henrique começa a sacar da sua pistola cuidadosamente. Infelizmente ouviu-se o barulho do ressoar da pistola na sua bolsa de couro que Henrique envergava à cintura, fazendo com que o xerife se virasse.
Oh não... pensou Henrique, tenho de agir depressa.
- Com que então queres-me fazer frente! Disse o xerife já de revólver na mão.
Henrique não teve tempo para pensar e teve de agir instintivamente, disparando quase às cegas e acertando no braço esquerdo do xerife.
- AArgh. Maldito!! Grunhiu o xerife, disparando de seguida.
Felizmente a bala passou apenas de raspão na sua cintura, ensopando-o a roupa e sujando a sua pistola de sangue. No entanto foi o suficiente para atordoá-lo.
O xerife viu que o pânico havia-se gerado no banco e sabia que se não saísse dali depressa, todo o plano ia por água abaixo, pois ouvira-se o barulho de disparos e os empresários estavam a gritar de medo.
- CALEM-SE! CALEM-SE *****! Gritou.
Movido por raiva e medo de ser apanhado, o xerife agiu quase sem pensar, disparando e matando um a um todos os trabalhadores que lá se encontravam.
Quando apontou o revólver para a cabeça de Henrique, este tão depressa arregalou os olhos de pânico como suspirou de alívio ao descobrir que o xerife já não tinha mais munições.
Henrique não pôde fazer nada em relação ao sucedido, pois ainda estava a recuperar do tiro.
- Maldito sejas. Estragaste tudo!! Disse o xerife, Mas eu hei-de sair daqui impune. Avaliando a situação, tu é que estás aí com arma empunhada e ensanguentada sem poder fugir devido à ferimento que te causei.
E dito isto, partiu a janela mais próxima com um embate da pistola, pegou no saco com o dinheiro fazendo um grunhido, devido ao braço ferido e fugiu.
Só depois de o xerife fugir é que Henrique recuperou do tiro. Ele tinha a certeza que as forças policiais já estavam a caminho e que se não saísse dali ia-se meter em sérios problemas, no entanto não fez absolutamente nada. Ficou exactamente no mesmo sítio em estado choque a observar a completa chacina que acabara de ocorrer. Estava num estado tal que não conseguia sequer raciocinar, não estava em si.
O banco encontrava-se completamente banhado de sangue das vítimas do xerife, agora corrupto. Havia balas espalhadas pelo chão, cofres abertos, janelas partidas... O banco tornara-se, numa questão de minutos, num completo caos.
Pouco tempo depois chegaram as forças policiais, um grupo de cinco homens, que estacaram à porta de surpresa ao ver o sucedido. Mal avistaram Henrique deduziram de imediato que tinha sido ele o causador de tal crueldade.
- Largue a pistola e meta as mãos no ar imediatamente! Ordenou um dos polícias.
Não fui eu... conseguiu Henrique por fim raciocinar, não fui eu.
- Não me ouviu? Largue imediatamente a pistola ou eu disparo! Ameaçou o polícia.
Não fui eu…foi o xerife... Ele sabia muito bem quem era o culpado, no entanto não achou que valeria a pena dizê-lo aos polícias, pois sabia que se fosse um deles, actuaria exactamente da mesma maneira.
Quando se virou, viu cinco homens, todos de espingarda na mão a mirar a sua cabeça. Nesse instante o pânico gerara-se na sua mente. Ele não reagira sequer às ordens do polícia, continuava de arma empunhada e com os braços estendidos.
- Se está disposto a mostrar resistência pode garantir que não chega vivo à prisão! Ameaçou mais uma vez. É o último aviso, largue a arma imediatamente e meta as mãos no ar.
Não, pensava Henrique, não, não, NÂO. EU NÃO SOU O CULPADO. EU NÃO QUERO SER CONDENADO!!
Vendo que a expressão de Henrique se começava a exaltar, os polícias preparam-se para disparar a qualquer instante.


Fim do prólogo
Então o que acharam?
Estou aberto a opiniões e sugestões :D
Amanhã devo escrever o 1º capítulo.
 
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Aqui está um pequeno resumo das personagens que apareceram até agora:
Henrique: um jovem de 25 anos, relativamente alto, de olhos e cabelo castanho.
Ele deseja que um dia se possa tornar oficialmente um soldado. Por isso treina arduamente todos os dias para aumentar constantemente as suas habilidades, tem a ânsia de se tornar cada vez mais forte de dia para dia.

O seu grande amigo, um ano mais velho que ele, encontra-se numa cidade distante, a sudoeste da sua, e também está na academia para se tornar um soldado. Eles partilham o mesmo sonho.

Xerife: um homem robusto, na casa dos 40. Ele é um pistoleiro bastante experiente e sempre pareceu ser um homem honesto e de confiança.
No entanto este xerife é corrupto e apenas Henrique o sabe. Ele tem um acordo com vários Ganges, acordo esse que envolve a oferta de uma variedade de recursos obtidos pelo xerife, como ouro, munições, armas, etc. e também os ajuda por vezes nos seus assaltos.
 

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Capítulo I - Fugitivo

Completamente em pânico e reagindo quase por instinto, numa questão de segundos, Henrique correu em direcção à janela pela qual o xerife fugira, saltando para fora do banco.
Nesse momento não pensava em mais nada se não simplesmente fugir. Não queria saber das consequências de tal acto, simplesmente não queria ser preso e, quem sabe, até condenado.
Por sorte deixara o seu fiel cavalo branco atado a uma árvore fora da cidade, pelo que pôde fugir mais rapidamente.
- BOLAS ELE FUGIU! - Gritou um dos polícias em frustração.
- Vamos. Pelas traseiras do banco ele vai directamente para fora da cidade, temos de ser rápidos. Peguem nos vossos cavalos! – Ordenou um polícia.
Dada a ordem, os polícias foram rapidamente buscar os seus cavalos de patrulha ao estábulo.
- Poças onde é que eu o deixei? Aah lá está ele – disse Henrique na sua corrida desvairada.
A velocidade a que foi ter com o cavalo assustou-o, fazendo com que os polícias, já montados e fora da cidade, ouvissem.
- Naquela direcção! Ele não pode escapar! – Ordenou o polícia da dianteira.
-SShh...calma. – Tentava Henrique acalmar o cavalo enquanto desatava desajeitadamente a corda que usou para o prender.
- Lá está ele. Apanhem-no! – Disse o polícia ao mesmo tempo que Henrique subira para o cavalo.
- Perfeito! Eles têm cavalos lusitanos. – Disse Henrique em frustração - Esses cavalos sempre foram conhecidos como os mais rápidos já alguma vez vistos.
- Não nos vais escapar maldito! – Gritou, desta vez, o polícia da retaguarda.
- Não posso simplesmente fugir. Se não fizer mais nada, eles vão acabar por me apanhar. – Disse Henrique para si próprio – Tenho de os despistar.
E então, ao avistar uns bosques a Sul, aproximadamente a 1km de distância de si, começou imediatamente a cavalgar na sua direcção.
- Se conseguir mudar de trajectória no instante em que entrar nos bosques, talvez seja capaz de os despistar. – Supôs. – Isto é, se eles não me apanharem primeiro.
Vendo que os polícias já se estavam a aproximar o suficiente para o poder mirar com os seus revólveres, começou a remexer desesperadamente a mala que tinha presa à sela do cavalo, na esperança de encontrar algo que os pudesse atrasar.
POWW!! Ouvira-se o primeiro disparo, este feito pelo polícia da dianteira, que, por pouco, não acertou na perna direita do cavalo.
Depois do primeiro tiro, já outros cinco estavam prontos para voar na sua direcção.
Para grande alívio dele, encontrara os alvos que usa regularmente nos seus treinos, pequenos discos de madeira, com um diâmetro de aproximadamente 15cm, no qual pintara um círculo vermelho no centro. Por sorte tinha suficientes para atirar aos polícias.
- Bem, cá vai desta. – Disse – Eeh vocês aí! Vejam se conseguem apanhar isto! – E atirou os alvos.
- Cuidado! Desviem-se, não o podemos perder de vista! – Disse um polícia.
Por sorte um dos alvos embateu em cheio no pescoço do polícia da dianteira, derrubando-o. Quanto aos restantes alvos, nem nos cavalos acertaram, mas foi o suficiente para atrapalhar, durante uns momentos, o grupo de agora quatro polícias.
- Boa! Menos um com que tenho de me preocupar. Talvez agora já consiga escapar mais facilmente. – Disse.
Com toda aquela distracção, Henrique esquecera-se por completo do caminho à sua frente e, ao virar-se, encontrou uma rocha no seu caminho. Numa questão de segundos, teve de obrigar o seu cavalo a saltar repentinamente para não embater na rocha.
Aterrou desajeitadamente, fazendo com que tropeçasse, o que permitiu aos polícias recuperarem a dianteira.
Henrique ainda ponderou a opção de disparar sobre os polícias, mas o tempo que levaria a recarregar a pistola, poderia fazer com que caísse do cavalo ou que se desviasse da trajectória.
- Amaldiçoadas sejam estas pistolas de carregar pela boca! Cada vez que disparo, tenho de a recarregar. – Vociferou Henrique para si mesmo. – Ainda se tivesse um revólver…
Nesse momento já os polícias se encontravam bastantes próximos dele e a mirá-lo.
- Agora não escapas! Vais pagar pelo que fizeste! – Gritaram vários polícias.
- Bolas, tenho de pensar em algo, senão já não saio daqui vivo…já sei, é capaz de resultar.
Mal acaba de compor o seu plano, começa de seguida a ouvir os polícias a preparem os revólveres e a aproximarem-se cada vez mais.
- Isso, continuem. – Disse sussurrando.
Já se encontravam a uns dois metros de distância de Henrique quando estavam prestes a disparar.
- Perfeito! É só esperar mais um pouco. – Continuou.
Ao ver pelo canto do seu olho os polícias a meterem o dedo no gatilho, ele sobe que era o momento certo.
- AGORA! – Disse no seu contínuo monólogo.
Nesse instante todos os polícias dispararam, enquanto que Henrique interrompeu, repentinamente, a correria do seu cavalo.
Deste modo, trocara de posições com os polícias, era agora ele quem se encontrava na retaguarda.
Aproveitou o efeito surpresa para retomar a cavalgada, a alta velocidade, com o braço esquerdo pronto a embater no primeiro polícia que se metesse no seu caminho.
- Maldito! – Gritou um dos polícias - Vou-te apanhar já a… POOWW!
E nesse momento levara com um braço em cheio na cara, fazendo com que caísse do cavalo, desmaiando.
- Vais-me apanhar já o quê? – Perguntou Henrique já mais confiante, retomando de seguida a sua cavalgada, desta vez, já praticamente nos densos bosques.
- O que é que estão a fazer aí especados? Atrás dele! – Disse o polícia que parecia ser o mais experiente entre os três, já com a perseguição retomada.
Aqueles poucos segundos de confusão, deu tempo a Henrique para ganhar uma boa distância dos polícias, permitindo que pudesse finalmente entrar nos bosques com segurança e alterando de imediato a sua trajectória, tal como planeado.
- Eehh, para onde é que ele foi? – Perguntou o polícia da direita.
- Foi para os bosques. – Disse o da dianteira – Sigam-me!
Quando alcançaram as primeiras árvores, pararam durante uns instantes para tentarem ver para que direcção havia fugido Henrique.
- Bolas! Não se consegue ver patavina. – Disse o mais velho – Fazemos o seguinte, tu segues para Noroeste, eu para Norte e tu para Nordeste – Ordenou aos companheiros que se encontravam ao seu lado. – Suponho que é a maneira mais eficaz de encontrar aquele maldito.
- Ao fim de uma hora encontra-mo-nos aqui neste local, para uma possível abordagem diferente, caso não o tenhamos capturado. – Disse o polícia por fim, retomando cada um a sua apressada cavalgada.

Fim do Capítulo I
Desculpem-me se o capítulo ficou muito grande..
Vá lá quero comentários =(. Quero saber o que acham, se está a ficar boa ou não.
 
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DeletedUser12049

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espectacular, boas tacticas do personagem principal, gostava de ver a continuaçao
 

DeletedUser

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História bem constituída com prologo...
Bom Trabalho.
 

DeletedUser11675

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Foi realmente uma pena :/ Alguém faça a continuação.
 

DeletedUser13530

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Eu concordo, qual é a vossa opinião acham que ele deve de continuar?

Editado:
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